Sonata em Auschwitz

Sonata em Auschwitz Luize Valente




Resenhas - Sonata em Auschwitz


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Thais 07/01/2018

Magnífico
Este livro conta um momento da história, a segunda guerra mundial e holocausto.
Nele conhecemos Amália, uma jovem portuguesa, que descobre que sua família guarda segredos, um passado nazista.
Na Sonata em Auschwitz temos um bebê que nasceu nas barracas de Auschwitz-Birkenau, em 1944. Também temos um jovem oficial  alemão de 24 anos que compôs uma sonata, no mesmo ano. ? Como pôde duas histórias se cruzarem? Como a vida de um se cruzou com a vida de outro?  Todos guardam um passado que querem esquecer, mas no fim tudo precisa ser revelado e encarado de frente.
Neste livro eu senti um misto de emoções, senti tristeza ao ler relatos dolorosos, senti alegria ao ver que no fim tudo deu certo. Eu gostei pois tudo foi contado com muitos detalhes, e isso foi essencial para a história.
 Nos campos de Auschwitz o que prevalecia era a esperança de um fim, e esperança de viver. A autora Luize conseguiu desenvolver muito bem o enredo da história, consegui me emocionar muito, e com certeza emocionou a todos que já leram.
A luize se inspirou em uma história real para escrever esse livro. Na história de Maria Yefremov, ela foi uma sobrevivente que teve um filho nas barracas de Auschwitz, mas infelizmente nunca soube o que aconteceu com ele. Parabéns, luize! Por escrever Sonata em Auschwitz.
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Luiza.Thereza 26/01/2018

Sonata em Auschwitz
Histórias da Segunda Guerra Mundial são sempre difíceis. Não importa qual seja o ponto de vista narrativo, sempre nos envolvemos (às vezes a tal ponto de não conseguir continuar com a leitura).

Conheci Luize Valente com Uma Praça em Antuérpia, e, por isso, quase surtei quando Sonata em Auschwitz chegou em minha casa. Apesar de saber que seria uma história cheia de sofrimentos, também sabia que teria a narração consoladora de Luize para me fazer aguentar até o final.

Amália é filha de um alemão que mora em Portugual desde os cinco anos. Passou sua passou parte de sua infância naquele país, e parte de sua adolescência em Moçambique, onde os pais foram exilados por se oporem ao regime de Salazar.

Em toda a sua vida, pouco (quase nada, na verdade) sabia da origem alemã do pai. Até então, ele nada falava, nem mesmo uma única palavra em alemão era proferida nas casas em que Amália e o irmão cresceram.

Isso muda quando, ao tirar o telefone do gancho para ligar para seu ginecologista ela escuta seu pai conversando, em alemão fluente, com a avó paterna que ela vira uma vez na vida, há muito tempo, e por um momento tão breve que ela mão se lembra de seu rosto.

Na conversa, ela escutou sobre Frida, a bisavó de quase cem anos que queria conversar com Hermann, seu pai, sobre o filho, avô paterno de Amália, oficial alemão que lutou na guerra pelo Reich.

É um choque de repente descobrir-se descendente de um nazista, uma ruptura em tudo o que ela conhecia até o momento sobre a família que a criou defendendo ferrenhamente o valor dos direitos humanos.

Assim mesmo, ela parte para Berlim e, em segredo, vai procurar a bisavó. A velha senhora desfia a história de sua família, do marido seguidor ferrenho de Hitler que se matou ao admitir que o sonho do império alemão estava extinto e de Friedrich, seu filho mais moço, o sensível e genial piloto que viu sua liberdade cair por terra após um acidente aéreo.

E, especialmente, Frida contou a Amália sobre a noite em que ele chegou em casa de madrugada carregando uma menininha recém nascida numa cesta. Haya, que nascera menos de dois dias antes no campo de concentração de Auschwitz.

Apesar de ter sido dado como morto, Frida tinha esperanças que Friedrich ainda estivesse vivo, no Brasil, após descobrir, nos pertences de seu pai (com quem tinha cortado relações antes da guerra), um cartão postal com a foto de Haya adolescente junto com sua mãe e, ao lado, uma partitura de piano com uma composição de Friedrich para a bebezinha resgatada.

A história foi contada, mas as perguntas ficaram. Perguntas sobre Friedrich, sobre Haya, sobre as ações do pai... E é com elas que ela vem para o Brasil. É com elas que ela se encontra com Haya e Adele. E é assim que Adele rompe o silêncio dos anos e, pela primeira vez, conta para a filha sobre o local de seu nascimento, e sobre o soldado alemão que salvou sua filha da morte em Auschwitz.

Não é uma história fácil de se ler. A todo momento, um bolo se forma na garganta quando se presencia, mesmo que somente pela leitura, o horror e a desumanidade sendo distribuídos tão gratuitamente. Fiquei pensando também como seria ver uma pessoa boa tendo que desfigurar seu próprio caráter para não sofrer as consequências por ajudar os alvos de um ódio infundado. Como seria saber que seus avós e/ou pais fizeram parte, mesmo que a contra gosto, dessa carnificina. Só pensar é arrasador.

É aqui que me explico ao definir a narração de Luize Valente como "consoladora". Suave e humana, ela parece sabe como afagar os corações partidos e espremidos depois (e até antes) das partes mais sofríveis da narração. Os sofrimentos vividos se alternam entre momentos ternos que mostram a força de pessoas que foram dizimadas por não caberem em um "ideal" estúpido de um homem louco.

A leitura de Sonata em Auschwitz é muito mais que recomendada.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2018/01/sonata-em-auschwitz-luize-valente.html
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Luciane.Gunji 27/01/2018

Todos nós temos segredos e Sonata em Auschwitz tem um. Frida, a personagem centenária que aparece no início das primeiras páginas é quem dá o start para tudo, mostrando que o período da Segunda Guerra Mundial deixou severas sequelas e más lembranças nas pessoas. Amália, a personagem principal, é quem resolve descobrir suas origens para finalmente entender quem é o herói e o vilão.

Valente é uma montanha-russa e, apesar do desfecho ser revelado apenas nas últimas 30 páginas, sua narrativa faz valer toda a viagem. As violências que gostaríamos que não passassem de ficções infelizmente têm como base os relatos de uma sobrevivente do Holocausto, causando ainda mais comoção. Prepare o coração e boa sorte!

site: https://pitacosculturais.com.br/2018/01/21/sonata-em-auschwitz-valente-luize/
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Lê Golz 22/02/2018

Forte, chocante e comovente!
Esse é o tipo de livro que me chama atenção logo de cara. Tudo que remete o leitor à Segunda Guerra Mundial e, principalmente aos campos de extermínios como Auschwitz, é uma leitura válida. A sinopse já nos revela uma história forte, cheias de segredos, dores, más lembranças... e algo impossível de não associar: milhões de mortos. Portanto, vou partir diretamente para minha avaliação, pois a sinopse fala por si só.

"Assim como duas pessoas não ocupam um mesmo lugar ao mesmo tempo, é impossível sentir como o outro sente. E a gente sempre acaba achando que nossa dor é mais dolorida que a do outro." (p. 213)

Valente não polpa detalhes em sua narrativa. Detalhes esses de arrepiar e chocar. Não importa quantas histórias eu leia de Auschwitz, sempre vou sentir um frio na espinha e uma angústia inexplicável dentro de mim. Mas a autora foi além. Com uma narrativa totalmente envolvente, ela conseguiu me desestabilizar por completo, a ponto de ter que parar a leitura e continuar em outro momento. Uma narrativa sem meias verdades, nua, crua, que não esconde nenhum mísero detalhe.

Além dessa narrativa tão forte, as histórias que se entrelaçam foram muito bem desenvolvidas e se encaixaram perfeitamente. Desconhecidos que tiveram suas vidas unidas para sempre em meio a barbárie daquela época. A autora nos leva para o passado, volta para o presente e desmascara as feridas dos personagens. A Segunda Guerra Mundial traz inúmeros segredos na vida de quem a viveu. Valente vai revelando aos poucos o segredo que cada um guarda dentro de si, e isso torna o livro ainda mais tenso, pois como se não bastasse esse passado sombrio, as páginas também carregam um clima de suspense, especialmente sobre o que realmente aconteceu com o jovem oficial alemão que compôs a sonata. Essa foi uma revelação perto do desfecho e que terminou de unir a história de todos os personagens com uma maestria impressionante.

Os fatos históricos estão bastante presentes também. Desde Berlim, na Alemanha, até Romênia, Hungria, Polônia... O desenrolar da Guerra e como tudo ia, ano a ano, transformando a vida dos personagens. Outros pontos interessantes são os mapas de parte da Europa para entendermos a ocupação alemã, bem como a trajetória dos personagens. Sem contar que antes de tudo temos um parágrafo escrito por Primo Levi, um sobrevivente real de Auschwitz, que também escreveu um livro que me marcou. São coisas que parecem simples, mas que ao se juntarem... o parágrafo, os mapas, a história em si, e posteriormente o fato de eu ouvir no site da autora a sonata fictícia dessa história, me destruíram por dentro. Dificilmente vou esquecer esse livro.

Sonata em Auschwitz é uma obra incrível, que choca e devasta qualquer coração. Uma história fictícia, mas que poderia muito bem ser real. Mesmo com personagens imaginários, o livro transmite o quanto aqueles tempos foram sombrios para todas as pessoas, judias ou não. Sobre os que precisam pedir perdão e os que precisam perdoar. Não é só mais um livro do Holocausto, não é mais do mesmo. Sem dúvida, um livro cinco estrelas e favoritado.

site: https://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2018/02/resenha-sonata-em-auschwitz-de-luize.html
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Quennick 18/03/2018

Perfeito!
Posso dizer que com este livro aprendi o verdadeiro sentido e valor da superação. Entrelaçado entre datas e lapsos temporais de estórias do passado e do presente, encontramos Amália, uma jovem descendente de alemão que não sabe nem a metade do passado de sua família até um certo dia em que ela intercepta uma ligação de seu pai com sua avó. O passado resurge e somos entregues a ruína da Segunda Grande Guerra e o Holocausto contra os Judeus. Uma linda sonata à piano é a única ligação viva entre esses dois pontos que fazem Amália querer cada vez mais saber sobre o passado de sua família e o por quê de seus pais jamais falarem sobre sua família na Alemanha. Tem mais no blog Eureka Mundo, obg @luizevalente pela oportunidade de conhecer essa belíssima história. #eurekamundo
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F. 25/10/2017

Apaixonante e transformador!
Sensacional - é a palavra! No sentido da qualidade literária e no sentido literal, da riqueza de sensações que experimentamos ao lê-lo. Literatura sensorial, eu diria - porque consegue nos fazer sentir cheiros, sabores, ver os lugares em três dimensões, cinematograficamente, ouvir melodias.

Extremamente envolvente da primeira à última linha (nenhuma sendo em excesso), raramente se viu na literatura ficcional um retrato tão magistral e rico do quadro histórico da Segunda Guerra Mundial relacionado à ascensão do nazismo e ao Holocausto, e ao mesmo tempo tão poderoso na forma como nos torna realmente presentes nesse passado recente, mexendo profundamente com nossas emoções e sentimentos, como se estivéssemos na pele das personagens.

Personagens, aliás, fascinantes, porque complexas, absolutamente humanas. O romance flui, denso e caudaloso, à margem de qualquer tipo de maniqueísmo. Fiquei definitivamente apaixonada pelos inesquecíveis, antológicos, Enoch, Eva, Friedrich. Mas cada um que passa por essa Sonata literária, mesmo que realmente "en passant", tem uma humanidade avassaladora, ficou comigo de alguma maneira.

Assim como pontuais cenas fortíssimas, que até hoje me assaltam e arrepiam os pensamentos: vejo e revejo a pequena Amália com seu irmão interrompidos no seu castelo de cartas, o velho Kurt naquela Noite dos Cristais, a reza noturna no gueto de Oradea, Adele e Eva pisando na plataforma iluminada a amarelo de Birkenau, o primeiro encontro de Adele e Enoch, os últimos minutos em Auschwitz...

E tantas outras.

É instigante ainda a existência de várias vozes narrativas que se cruzam e se completam, como que formando um puzzle. A impressão é a de que estamos sendo sutilmente levados por um labirinto, onde, a qualquer "esquina", podemos ser (e somos) assaltados por um frio, ou um calor, uma falta de ar, um longo sorriso, ou lágrimas... e de onde saímos como se nascêssemos, com uma nova respiração.

Sonata em Auschwitz nos faz refletir também sobre os ciclos que historicamente se repetem, sobre a guerra e o amor, a resistência e a arte como condições humanas extremas e não excludentes. Um romance sobre o incompreensível, mas também sobre a esperança. Uma Sonata para a Humanidade - foi o que Luize Valente escreveu.

Belo, apaixonante, transformador, arrebatador. O melhor romance histórico que já li.
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garotadovlog 23/05/2018

RESENHA: Sonata Em Auschwitz (Luize Valente)
Olar pessoinhas, tudo belezinha?
A resenha de hoje é de um livrão que eu tenho certeza que vai te emocionar assim como me emocionou. Estou falando de "Sonata Em Auschwitz", escrito pela autora Luize Valente e lançado pelo Grupo Editorial Record.

Em Sonata Em Auschwitz nós vamos conhecer a história de muitos personagens, mas é através de Amália que todas esses personagens aparecem.
Depois de ouvir por acidente a conversa de seu pai com sua avó pelo telefone, Amália descobre que uma bisavó que está prestes a morrer mas que deseja muito contar algo a seu neto, Hermann Hafner. Percebendo que seu pai não vai ir atrás de sua bisavó, Frida, a garota decidi ir ao encontro dela no lugar de seu pai; mas a garota não sabia que ao fazer isso muitas revelações seriam feitas e segredos a muito tempo guardados seriam revelados.
Amália vai então em busca da verdade de seu passado já que seu pai sempre fez questão de esconder dela e deu seu irmão; é quando conhece Haya, Adele e Enoch, três sobreviventes da segunda guerra mundial.
Muitos segredos são revelados, mas será que todos eles estão preparados para voltar ao passado e viver com esse passado para o resto de suas vidas?

Cara, esse livro mexeu muito com as minhas emoções, sério!
É um livro que fala sobre a segunda guerra mundial de uma forma um tanto quanto crua, sem remendos e sem medo de mostrar as monstruosidades que acontecerão nos guetos e campos de concentrações.
A obra é bem detalhada e isso foi o ponto alto da narrativa da autora para mim, o que acabou me surpreendendo muito já que eu costumo não gostar tanto assim de livros com muitos detalhes, mas esse foi uma exceção muito boa.
Li o livro em muito pouco tempo e amei as sensações que ele me trouxe, umas muito reconfortantes e outras bem desconfortáveis. Apesar de ser um livro com muitos detalhes e com fatos históricos da guerra, a leitura fluiu muito rápido para mim e os personagens me cativaram muito, me fazendo torcer por todos eles de uma forma muito especial (sério, foi uma surpresa eu ter amado esse livro).

Em algumas partes da obra, a narrativa da autora oscila entre primeira e terceira pessoa mas, Luize faz isso com muita maestria, já que mesmo tendo essas oscilações não deixa os leitores confusos de forma alguma!
Mega recomendado, o livro recebeu uma classificação de 5.0 estrelas e foi favoritado sim lá no Skoob, vocês precisam ler essa obra maravilhosa. Se você já leu, me conta ai nos comentários como foi a experiência de vocês no decorrer da leitura.
Beijos da Cah ♥

site: http://garotabibliotecaria.blogspot.com.br/2018/05/resenha-15-sonata-em-auschwitz-luize.html
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Amanda.Nascimento 15/07/2018

Impactante
O livro tem como personagem a jovem Amália portuguesa e filha de um imigrante alemão cuja parte da família migrou para Portugal logo após a segunda guerra mundial, assunto este muito sensível para a família, principalmente para o pai, que rompera com todos os familiares pelo posicionamento contra o nazismo e todo o desenrolar da segunda guerra.
A história começa quando Amália conhece a bisavó paterna e esta conta parte do
passado da família, o que faz com que Amália vá ao Brasil e conheça Adele e Haya que são as peças fundamentais para que Amália tenha o passado da sua família durante a segunda guerra desvendado.

De longe o melhor livro sobre a segunda guerra mundial que li até o momento, a autora Luize Valente misturou a ficção com fatos históricos e verdadeiros dos horrores que aconteceram na Alemanha e em muitos campos de concentração como Auschwitz. História linda, tocante, assim como todas as histórias daqueles que conseguiram sobreviver diante dos horrores desta guerra sangrenta.
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Delirium Nerd 21/08/2018

Por que “Sonata em Auschwitz” é mais necessário do que nunca?
No início da leitura de Uma Sonata em Auschwitz, o mundo era de determinada maneira. Era um mundo em que o holocausto era um fantasma constante e assustador, o qual nos certificava que a memória de tal acontecimento sombrio da história da humanidade estava viva nas mentes das pessoas, de forma que não poderia – ou pelo menos seria difícil – de se repetir.


Esse pensamento, infelizmente, caiu por terra com a divulgação de uma pesquisa da empresa de pesquisa Schoen Consulting, encomendada pela Conferência em Alegações Materiais Judaicas contra a Alemanha, em que foi constatado que:

2/3 dos jovens de 18-34 anos (millenials) não sabem o que é Auschwitz;
22% não tem certeza do que seja o holocausto e;
41% acreditam que 2 milhões ou menos de judeus foram mortos nos campos de concentração ao longo do regime nazista.

Saber dessa notícia após ler um livro, na verdade, após ler um relato sobre as atrocidades (especialmente psicológicas) efetuadas dentro e com o aval do regime nazista, é extremamente perturbador. Isso ainda se acirra se pensarmos na época de crescimento nacionalista, xenófobo, racista e imperialista que – mais uma vez – vivemos, com o aparecimento de figuras públicas abertamente fascistas e contrárias a plena igualdade étnica-racial, social e econômica.

A obra de Luize Valente, escritora e documentarista brasileira, consegue nos levar perigosamente para dentro da história, não apenas de Auschwitz, mas também de tudo aquilo vivido pelos judeus – sem contar negros, homossexuais, ciganos e etc – decorrente do regime nazista que maculou a história recente, europeia e mundial.

Com uma proposta de romance, a trama inicial do livro se mistura e se transforma em uma história que trata, na verdade, de umma mistura entre descobrimento (tanto particular quanto coletivo) e identificação universal. Uma busca de plenitude pessoal e familiar, em meio a assuntos tão intensos e necessários quanto a discussão do holocausto, nos transporta a um igual reconhecimento da importância do relato.

Adele, a vítima protagonista da história em questão, não escolhe esconder nenhum dos sofrimentos que ela, seus amigos e semelhantes vivenciaram ao longo das páginas do livro, o que torna a vivência através de suas experiências ainda mais direta e intensa, de forma que, por vezes, é preciso interromper a leitura para nos recuperarmos do que acabou de ser lido e, por conseguinte, sentido.

Apesar disso, Sonata em Auschwitz ainda consegue nos entregar uma história de esperança e amor, na qual até mesmo aqueles que a primeira vista seriam os vilões, se mostram como, mesmo que em pequena medida e na determinada situação, heróis. Afinal, é um oficial nazista alemão que salva a vida de uma bebê judia de Auschwitz e permite que ela tenha, ao mínimo, uma chance.

A trama ainda nos dá um incrível exemplo de representação feminina, conseguindo apresentar uma gama incrível de personagens, tanto no passado quanto no presente. Adele, Amália, Frida, as Hayas e as demais, foram todas belas e profundamente apresentadas e representadas pela autora, de maneira que não apenas conseguimos visualizar perfeitamente o que transcrevem, mas também sentir o que nos contam – seja direta ou indiretamente.

Leia na íntegra:

site: http://deliriumnerd.com/2018/04/30/sonata-em-auschwitz-resenha/
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Tamara 12/09/2018

Meu primeiro contato com Luize Valente foi no ano passado, quando li e me encantei com o romance sobre segunda guerra mundial Uma praça em Antuérpia. Assim, com muita vontade de ler outro livro da autora, assim que pude resolvi pegar o seu lançamento mais recente, que chegou às livrarias no final de 2017. Assim que comecei, constatei, não surpresa, que a autora mais uma vez se superou com Sonata em Auschwitz e criou uma história sobre a segunda guerra das mais densas e mais belas, e durante boa parte da narrativa me vi com um nó na garganta e com lágrimas que vez ou outra ameaçavam surgir, devido a tanto realismo, emoção e verdade que Luize passa nas suas histórias. Uma das coisas que mais admirei no primeiro livro que li dela, e ocorreu novamente com essa história, foi a pesquisa apurada que a autora faz, pois aqui, ela não passa uma narrativa vazia ou superficial, e sim nos insere dentro dos campos de concentração, nos leva a sentir os cheiros, os gostos e os horrores descritos, e nos faz dar vida aos personagens presentes nas páginas da história. Além disso, gosto muito da mescla de passado e presente que a autora usa, que vem sendo uma das coisas que mais tenho gostado nos romances históricos que tenho lido, e embora a protagonista do presente, Amália, que é quem busca juntar os pedaços e as peças do passado não tenha tanto brilho e tenha sido para mim só uma pessoa para trazer os fatos escondidos à tona, ainda assim eu adoro o tipo de narrativa pois nos incentiva a continuar lendo e lendo, para descobrir logo o desfecho. Além disso, achei especialmente interessantes dois personagens que a autora nos apresenta: uma criança, e eu fico muito tocada por histórias que envolvem-nas, e também um oficial alemão que foge do estereótipo de homem cruel que na maioria das vezes encontramos nos livros, e demonstra um lado humano que o leva além de uma generalização de qual povo ele pertencia ou qual lado da guerra ele defendia, e foi em muitos momentos apenas um homem tentando salvar outro ser humano. É claro que para quem não gosta das pesadas histórias de segunda guerra essa pode ser uma história bem incômoda, mas para mim que gosto de ler sobre o período foi um livro triste mas muito bem construído.
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Ludy @emalgumlugarnoslivros 13/09/2018

Quando a vida vence os horrores da guerra
Sonata em Auschwitz - Luize Valente.
378 páginas/Grupo Editorial Record.


"Vou ao encontro do passado. E o passado não se pode mudar."

É preciso conhecer o passado para não repetir erros e para criar um futuro diferente, mas Amália desconhece o passado de sua família.
Até que ela escuta uma ligação entre seu pai e sua bisavó, e percebe que há muito a ser contado.
Amália vai ao encontro de Frida na Alemanha, e lá ela conhece a história de Friedrich, o avô que nunca conheceu.

Friedrich foi um Capitão nazista, mas teve a bondade necessária para salvar a pequena Haya.
Mas o que aconteceu com ele? Quem é Haya?
São estas as perguntas de Amália, mas para obter as respostas do passado de sua família, ela vai precisar conhecer o passado da família de Adele; e daqui em diante os relatos não serão fáceis.

A história é intercalada entre 1939/1945 e 1999, e há muitos narradores.
O início segue o ritmo de Frida, é como se fosse difícil contar tudo o que está a muito adormecido.
Me senti envolvida depois das 100 primeiras páginas; apesar dos relatos fortes, os capítulos curtos conseguiram trazer fluidez para a história.
A narrativa de Luize é detalhista, sem pressa, ela segue o ritmo das personagens, e eu segui junto.

Sonata em Auschwitz é sobre os horrores da guerra, do Holocausto.
É sobre duas famílias que estão em lados opostos, mas que acabam se aproximando. Destino? Talvez.
Luize traz uma história intensa, forte e real.
Este período aconteceu.
Pessoas foram cruéis, amigos se tornaram inimigos... Por quê? É difícil entender a brutalidade dessas pessoas.
Mas então encontrei pessoas que se doaram, que foram amigas e que me consolaram.
Seus gestos de bondade se tornaram grandiosos.

Descrever Sonata em Auschwitz é um tanto complicado; é preciso ler, sentir, refletir.
É preciso ser diferente das personagens que estão imersas em culpas e temores, é preciso falar.

"Uma coisa que aprendi em Auschwitz é que a gente até vive só, mas sobreviver? A gente precisa ter pelo menos um amigo, um verdadeiro amigo. Ninguém que sobreviveu aos campos sobreviveu sozinho. E verdadeiros amigos morreram para que sobrevivêssemos."

#resenhaemalgumlugar


site: @emalgumlugarnoslivros
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Juliana.Boleti 18/11/2018

Maravilhoso
Esse livro foi o primeiro que li da Luize Valente e achei simplesmente sensacional. Adoro livros com a temática da Segunda Guerra, já li vários e com certeza esse entrou para a minha lista dos favoritos. A história é envolvente e muito rica em detalhes. É maravilhoso!
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Mariana.Santoro 25/12/2018

Esse livro foi mais do que um conto de amor, é um livro de história. História do passado. Contado com detalhes tudo do que foi Auschwitz e toda a Segunda Guerra.
Adorei !
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Dayenne Machado 19/02/2019

Mesmo trazendo o tema que trás o livro é belo
Sonata em Auschwitz, e um romance que ao mesmo tempo fala sobre o holocausto. O livro não tem um personagem Central, todos os personagens são principais, pois retrata a vida de cada um deles. No começo do livro conhecemos a doce Amélia uma jovem que sai em busca da verdade sobre o passado de sua família, ao qual ela não conhecia. Em sua busca através de respostas, Amélia ouve relatos verdadeiros do que aconteceu no holocausto através dos olhos e alma de quem passou por ele.

A história é surpreendente, não irei omitir, a cada relato sobre a época que o máximos predominava na Alemanha, eu senti cada uma das emoções. A escrita da autora é maravilhosa, nos faz pensar que estamos dentro da história vivendo o que se passa.

Sonata em Auschwitz é um livro que merece ser lido por todos no mundo inteiro. A história nos faz olhar as pessoas com outros olhos, nos faz perceber que por pura ganância nos faz pensar que somos superiores aos outros, mais ninguém e superior a ninguém. Raça nenhuma tem importância, todos somos seres humanos e merecemos reconhecimento.

Falar sobre um livro que o tema principal e o Nazimos é difícil, mais a autora Luize Valente soube muito bem escrever e nos fazer sentir. Recomendo este livro a todos os amantes da literatura. Leia esse livro com o coração e a alma.


site: https://palavrasseletas3.blogspot.com/2018/04/resenha-sonata-em-auschwitz-luize.html
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manias_de_leitora 29/03/2019

Sonata em Auschwitz
?Não são as coisas que poderiam ter sido diferentes, são as pessoas!?

Amália é uma jovem portuguesa com descendência alemã, mas nada sabe sobre seu passado, pois seu pai faz questão de fingir que não existiu. Um dia ao ouvir secretamente uma conversa no telefone entre seu pai e sua avó paterna, Amália vai até a Alemanha em busca de respostas.

As informações que recebe de Frida (sua bisavó) são tão surpreendentes e arrebatadoras, que Amália parte para o Brasil, para conhecer Adele, uma senhora que sobreviveu ao Holocausto, assim como sua filha, Haya, que nasceu em meio ao horror e carnificina nos campos de concentração em Auschwitz.
Mas qual a relação entre Amália e essas mulheres? A resposta você encontra lendo esse livro incrível!


Esse livro é fantástico! Luize mescla trechos do presente e do passado, de modo que possamos vivenciar o que cada personagem viveu e pensou. Basicamente o livro relata a conversa entre Amália e Adele. Sobre o que foi o Holocausto, como sobreviveram e qual a participação de alunas pessoas da família de Amália.


Um livro denso, rico, repleto de informações reais misturadas com personagens fictícios, mas construídos a partir de relatos reais. E mostra em em meio ao caos e terror, pessoas boas fizeram a diferença.


?Afinal por que aquilo tudo aconteceu? O mundo continuava do mesmo jeito. Injustiças, opressão, racismo, antissemitismo existiriam para sempre.?
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