Gabs 16/07/2023
Eu sou burro
Eu sou burro e definitivamente não entendi o livro, e não tenho o problema nenhum em admitir isso, veja bem, eu captei cerca de cinquenta por cento da história, mas todo o resto foi um grande borrão na minha mente enquanto eu lia.
Agatha Christie é a Rainha do Crime e eu realmente entendo o motivo dela ter recebido esse título, já li outro livro da autora que adorei e não estou questionando a qualidade de suas obras, que muito provavelmente é a mais importante escritora para a história do gênero e para a literatura moderna em si, sendo até hoje uma base de inspiração para muitos escritores, roteiristas, diretores contemporâneos, entre outros, com seus livros seguindo em publicação, ganhando novas edições e se tornando atemporais.
Mas vejam bem, minha linha de raciocínio não foi o suficiente para penetrar na história e entender corretamente o que estava fazendo, o que atrapalhou minha experiência e me fez não gostar do livro. Eu sei que Poirot toma a decisão de entrevistar os cinco suspeitos do crime da vez e depois cada um deles tem a oportunidade de contar sua versão do ocorrido, o que é muito diferente dos outros livros da autora e o que deveria ter sido um diferencial que elevasse positivamente minha experiência com o livro, mas não foi o que aconteceu. Simplesmente não consigo absorver nenhuma outra informação enquanto eu lia, os cenários, as ambientações, os diálogos, o cerne da história, as nuances e a mensagem da história, não fui capaz de absorver nada.
Agatha certamente é mordaz e domina a arte da escrita, conduzindo sua história de forma ágil e rápido, mantendo leitor entretido, enquanto vai encontrando soluções e respostas para as perguntas e questionamentos que que levanta nos mínimos detalhes, seu vasto conhecimento sobre a arte de matar e os diferentes tipos de venenos, além da froma como retrata a aristocracia europeia do século vinte e os mais diversos indivíduos que a compõe, torna tudo muito verossímil, então, eu sei que se trata de um bom livro, mas não posso avaliar positivamente e muito menos gostar de algo que não fui capaz de compreender. Em suma o problema sou eu (Taylor Swift, fique orgulhosa de mim), e não o livro. E respondendo a pergunta que é o verdadeiro elefante na sala para toda vez que alguém lê um livro da Agatha Christie: Não, eu não adivinhei quem foi o assassino.