Brino 28/06/2015
Resenha sem spoilers.
A jovem Carla Lemarchant recentemente recebeu uma carta escrita pela sua mãe, Caroline Crale, 16 anos antes, quando Carla tinha apenas 5 anos de idade.
Na carta, Caroline conta que foi julgada, condenada e presa pela morte do marido, Amyas Crale, um pintor bem-sucedido. Mas garante à filha que não cometeu o crime. Carla acredita nas palavras da mãe e procura o auxílio do detetive Hercule Poirot, para incumbí-lo de uma missão: descobrir se as palavras de Caroline são realmente verdadeiras, e se o forem, que ele chegue ao verdadeiro culpado.
Poirot vai atrás dos envolvidos no julgamento e limita sua lista de suspeitos a cinco pessoas, que ele associa aos cinco porquinhos de uma cantiga infantil:
- Philip Blake, o melhor amigo de Amyas;
- Meredith Blake, irmão mais velho de Philip, amigo do casal Crale e devotado à Caroline;
- Elsa Greer, atualmente Elsa Dittisham, amante de Amyas e muito mais jovem que ele;
- Cecilia Williams, preceptora da irmã mais nova de Caroline, Angela;
- Angela Warren, meia-irmã mais nova de Caroline, com 15 anos na época do crime.
A história é dividida em três partes:
Na primeira, Poirot faz entrevistas com os "cinco porquinhos", um a um.
Na segunda, ele recebe os relatos particulares dos momentos que antecederam e sucederam o crime, que ele havia pedido previamente a todos os cinco.
Na terceira, Poirot reúne os cinco suspeitos e Carla, e anuncia as conclusões que tirou com base em todas as informações às quais teve acesso.
O livro tem um ritmo linear e em nenhum momento fica maçante, mas gira apenas em torno desses relatos e diálogos sobre os momentos que podem ter tido alguma relação com a morte do Amyas, de modo que quem quiser uma leitura cheia de ação e reviravoltas vai ficar insatisfeito. Sugiro outros livros da autora.
Para quem quiser uma boa história com um mistério interessante e personagens bem caracterizados, é uma ótima pedida. Sem dúvida um dos livros mais bem construídos da Rainha do Crime, recomendo muito.
Nota: 10.