Guerra e Paz

Guerra e Paz Leon Tolstói




Resenhas - Guerra e Paz


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Gustavo 30/10/2017

Guerra e paz
Guerra e paz- Liev Tolstói

Como descrever em palavras um livro de 2.536 páginas? Além disso, como relatar uma experiência de um dos melhores livros de cunho histórico?

Se eu pudesse dar um conselho sobre livros a ser lidos na vida, Guerra e paz estaria na lista. Muito bem escrito, com personagens bem elaborados e um contexto histórico sensacional. Ainda estou em júbilo sobre a jornada de 10 meses na visão de um russo sobre a invasão e derrotada napoleônica na Rússia.

Fica na lembrança personagens como: Natacha, Anatole, Andrei, Pétia, Rostov, Pierre, Nikolai, Boris. Ao Adentrar numa estória onde vemos o amadurecimento dos personagens e suas aflições é indescritível, torna-se a maior virtude desse romance. Por exemplo, Pierre, que junto a Natacha se tornam os personagens principais da estória.

Vemos como Pierre evoluiu no romance, um homem que no começo era desprezado em bailes e reuniões até se tornar herdeiro do conde Bezhukov, com uma das maiores fortunas de Moscou. Pierre é um homem sem respostas em busca da Fé, buscando o sentido da vida. O crescimento espiritual desse personagem é sensacional, passando por maçonaria e horrores da guerra. Mais tarde entende que é através da pureza que chegamos a fé, a pureza de um homem puro.

Poderia citar todos os personagens acima, mas não quero transformar em textão. Só acho necessário escrever uma breve impressão desse livro que merece. Sinto-me orgulhoso de finalizar um tijolo tão grande quanto esse.

Guerra e paz relata mais da paz do que a guerra e mostra acima de tudo que, apesar do terror de uma guerra, onde os interesses como; o egoísmo e o orgulho são enfatizados, observamos que os bons sempre prevalecem e que as pessoas estão sempre em busca do bem. Duvido que você saia desse livro com frieza ou angustia, mas sim com a esperança na humanidade, que vai deixando seu lado mais sombrio e aos poucos se redimindo.

Observação: Quero ressaltar a bela tradução feita direto do russo de Rubens Figueiredo, sensacional. E por fim, a ‘’Sofia Tolstói’’ que passou noites sob luz de velas reescrevendo manuscritos de Tolstói. Sofia simplesmente passou a limpo 7 vezes até chegar na versão final. Já dizia o velho ditado: ‘’Ao lado de um grande homem, sempre tem uma grande mulher’’. Então meu amigo não tenha medo, aventure-se em 2.536 páginas, serão muito bem aproveitadas.
Guerra e paz – liev Tolstói / capa dura: 2536 páginas
Editora Cosac & naify; Edição:1 (23 de fevereiro de 2012)
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Marcia 04/09/2017

não é resenha, apenas o que achei do livro
Foi uma "viagem" fantástica à Rússia. Atenção: A leitura será muito melhor se acompanhada por mapas.
Vi como foi a interação de Napoleão com a Rússia , a desastrosa invasão de 1812,o desespero da guerra, a emoção da vitória, a tristeza de uma retirada, a perda de um filho...
Não é a toa que Guerra e Paz é o verdadeiro clássico da literatura universal.
Ao começar a leitura, no início do século XIX, a Rússia é devastada pelos exércitos de Napoleão . A vida das cidadesm é terrivelmente modificada pois a guerra se inicia.
Conhecemos um pouco da vida da alta sociedade russa, os bailes, as tramas políticas e os romances. Também vemos as violentas campanhas bélicas do Czar Alexandre, seus generais e todo exercito empenhado em salvar a Russia. Sofremos com as perdas...
Vemos as desigualdades sociais e os caprichos de uma aristocracia tão fútil.( infelizmente comum)
Esta é uma obra intemporal , um romance histórico, bélico e filosófico, e nos faz refletir sobre a vida, o sacrifício, a liberdade, a justiça, o amor e a honra. Quantos pontos colocados nessa obra e nenhum se perdeu. Tudo muito bem integrado.
E o grande Napoleão? Que homem grandioso! Senti muito por ele usado sua inteligência para guerra e poder.
Muitos perguntam: O livro é um romance ? O escritor escreveu uma nota intitulada «Algumas palavras sobre Guerra e Paz» na qual ele esclarece: «O que é Guerra e Paz? Não é um romance, muito menos um poema, e ainda menos uma crônica histórica. Guerra e Paz é aquilo que o autor desejou que fosse e conseguiu expressar na forma em que é expressa.»
Durante a leitura percebemos o cuidado que Tolstoi tem com a historia.Ele nos conta sobre os documentos históricos russos como de outros países da Europa. Nos fala sobre Napoleão, o que historiadores contam , o que a Russia conta e o que ele conta baseado nos documentos que analisou.Tolstoi se dedicou muito para escrever essa belíssima obra. Foi até o o sítio onde aconteceu a batalha de Borodino , mostrando os erros dos dados históricos.
Recomendo muito a leitura.
Quando coloquei em minha meta de leitura desse ano, não esperava apreciar tanto, Comecei a leitura meio como que uma obrigação, sem muito interesse.Que surpresa agradável.
Este é um livro que todos devem de ler.
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Pandora 15/08/2017

Comecei a gritar feito louca quando terminei a leitura: 7 meses!!! 7 meses ininterruptos!!! Foi o livro que eu mais demorei pra finalizar, levando-se em conta que eu não o abandonei em nenhum momento.

Não dá pra mensurar o grau de detalhamento e reflexão contidos neste livro. Tolstói é um gênio! E Pierre é meu personagem preferido ever. As esculhambadas em Napoleão são hilárias.

Só gostaria de ter lido a segunda parte do epílogo em qualquer outro momento que não no encerramento do livro... aquela divagação toda esfriou meus sentimentos, que estavam todos nos personagens e na narrativa. É o único senão.

Por fim, parabéns ao Rubens Figueiredo que abraçou a tarefa nada fácil de traduzir Tolstói.
Drikas Fernandes 15/08/2017minha estante
Esse livro é maravilhoso mesmo!!!!!
Agora que terminou, pensa em trocar??? rs
:-D


Pandora 15/08/2017minha estante
Háháháhá... não, Drikas!!! :D


Drikas Fernandes 16/08/2017minha estante
Kkkkkkk
Tentei :-P




rdszimiani 13/07/2017

Para ler uma vez na vida
Trata-se de uma obra densa e desafiadora.

Na primeira metade Tolstói parece apenas preparar o cenário, apresentando os personagens e seus universos particulares, que contemplam as ações de Napoleão à distância, deixando o leitor numa crescente expectativa.

Na segunda metade, com a invasão da Rússia, o autor aproxima seus personagens dos acontecimentos históricos, ao mesmo tempo em que os deixa mais perto do leitor, expondo todas as suas imperfeições, temores e expectativas, num esforço para identificar o espírito russo.

Guerra e Paz é uma verdadeira aula de história, viva e pulsante, contada por quem se recusa a reconhecer um grande homem em Bonaparte - a quem o tempo concedeu o status de lenda - denunciando a sua falta de humanidade e enaltecendo os representantes do povo russo, demasiadamente humanos, como Kutúzov, por vezes esquecido até pelo próprio povo.
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Lucas 24/05/2017

Vasto, magnífico e surpreendente, como a Rússia: faltam palavras, sobram emoções
É uma tarefa perturbadora tentar traduzir em palavras algo denso, profundo e que marca emocionalmente um ser humano. Diante de tal desafio, ficará sempre incutido no coração de um leitor a sensação de que a opinião de determinada obra literária jamais será plena e justamente avaliada por ele. Mas é aí que o amante de literatura chega ao dilema mais engrandecedor que pode sentir: como colocar em palavras as sensações provocadas por tamanha infinidade de ensinamentos, história e valores?

Por mais que a tarefa seja árdua, a obra suplica, clama, em troca do fascínio que despertou, que seja recomendada, eternamente, a quem lê ou não. Assim, na contramão do sentimento de "impotência" em definir algo tão belo, surge a quase necessidade de que, de algum modo, a obra seja perpetuada, resenhada e indicada, registrando-se em algum lugar o encantamento que ela produziu. Afinal de contas, não tem grande valia ler algo tão marcante sem que o leitor compartilhe e até divague, se possível publicamente, sobre o fascínio despertado.

Todos estes dilemas combinados elucidam bem a mente de quem finaliza a leitura de Guerra e Paz, obra-prima do russo Liev Tolstói, publicada entre 1865 e 1869. É impossível que, ao falar do livro, não venha acompanhado desse relato o seu tamanho: são mais de 2.500 páginas na (belíssima) edição em dois volumes da "finada" editora Cosac Naify, que fazem de Guerra e Paz um dos maiores livros da história da literatura. Mas a narrativa, tão fascinante e rica em história, diálogos épicos e ensinamentos eternos, trás um percepção de que qualidade e quantidade podem sim andar de mãos dadas, desde que haja um gênio por trás disso.

Tal encantamento é melhor absorvido pelo leitor se ele entender, minimamente, o contexto histórico da Rússia nas duas primeiras décadas do século XIX, que é quando a história se passa (mais precisamente entre 1805 e 1820). Desigual e, porque não, feudal, o chamado Império Russo era um país imenso territorialmente (a Rússia sempre foi o maior país do Globo, em termos territoriais) e, por mais que houvesse uma nobreza que valorizava as artes, a religião e os costumes locais, ajudando a construir, assim, a imagem que a Rússia como pátria possui atualmente, havia nela uma influência enorme em termos sociais da Europa Ocidental, especialmente da França, a grande potência da época. Tolstói aponta isso em sua história, muitas vezes com ironias, por meio das centenas de frases em francês que os personagens falavam em seus diálogos (e que foram mantidos no texto original, mas traduzidos em notas de rodapé, num trabalho perfeito do tradutor Rubens Figueiredo), cujo uso seria o de "mostrar" à sociedade que tal personagem tinha uma cultura superior por entender o idioma francês. O autor também aponta os erros de pronúncia que ocorriam em algumas dessas falas, ressaltando assim que falar francês nestes meios sociais da Rússia servia apenas como uma mera futilidade, que muitos elementos da nobreza alimentavam e difundiam.

Esta mesma classe superior, da qual o próprio Tolstói era proveniente, tinha um apego gigante às monarquias, que ficaram ameaçadas com as vitórias do imperador Napoleão Bonaparte, que, após a Revolução Francesa, desafiou e venceu, na maioria dos casos, praticamente todos os regimes monárquicos da Europa. O possível fim da servidão, de um regime quase feudal de distribuição de terras e de um sistema político que era montado por poucos e comandado por menos indivíduos ainda, era o que transtornava a classe superior, contrária à mudanças profundas que poderiam dirimir o seu conforto e bem-estar. Todo esse contexto social, e com Bonaparte provocando e vencendo guerras cada vez mais ao leste europeu, deixava a realidade russa ainda mais tensa, cujo estado se intensificou ainda mais com a invasão do Exército Francês à Rússia, em 1812. Esta operação militar marcou o início da queda de Napoleão, cujo fracasso ocorreu, em parte, pelos mesmos motivos que fizeram um certo líder alemão sofrer uma derrota similar sob o mesmo solo quase 130 anos depois: menosprezo ao exército inimigo e a imensidade de um território, que tornava humanamente impossível o seu efetivo controle. O líder francês, apesar de representar uma ameaça à nobreza, não tinha interesse em uma maior igualdade social à Rússia, o que poderia rotulá-lo de "libertador dos oprimidos". A obra esclarece perfeitamente isso, colocando Bonaparte no centro da narrativa em diversos momentos (brilhantes, que expõem o seu caráter e suas ações).

Tudo isso e muito mais é retratado em Guerra e Paz, um livro que pode ser definido como uma mistura ideal entre romance, ficção e história; é um épico que procura demonstrar uma Rússia que tenta sair de uma "bolha selvagem" para uma identidade mais independente e única, mas que é consolidada apenas na segunda década do século XX, com a queda do regime monárquico. Nesta tentativa de transformação, o lugar do romance e da ficção é valorizado por meio de uma história magnífica, com personagens eternos, que ficam amarrados a toda esta ebulição social em que viviam. É verdadeira a informação de que há centenas deles, mas a narrativa gira em torno de três: o príncipe Andrei Bolkónski, o recém-chegado Pierre Bezúkhov e a encantadora Natacha Rostóv. Cada um deles carrega consigo uma imensidade de outros personagens, que, felizmente, Tolstói desenvolve em muitas das suas complexidades. Um aspecto importante que une todos esses núcleos, além da ficção e da habilidade narrativa do autor, é a influência dos rumos da história da Rússia na época, com seus conflitos externos e algumas reformas internas, capazes de fortalecer ou enfraquecer os laços familiares e status social em que tais personagens se inseriam. E todos esses protagonistas trazem com a sua respectiva realidade um desenho perfeito da sociedade russa da época, com nuances decadentes, ambiciosos e promíscuos. A veneração que muitos tinham à monarquia (representada pelo grande tsar Alexandre I) chama a atenção para estes aspectos hoje rasos, mas que estavam muito em voga na época.

Dentre os protagonistas, não é sensato traçar em uma resenha os traços principais de cada um. Teoricamente, Pierre Bezúkhov é o personagem principal: tem mais "tempo" de páginas e sua personalidade é mais bem explorada. Ele trás para si esse ar (justo) de protagonismo até pela adaptação da BBC de 2016 (genial, aliás, apesar de alguns exageros em comparação com a obra original). Mas, além dele, o príncipe Andrei é, em poucas palavras, monstruosamente incrível. Sem dar spoiler, o futuro leitor pode ter a certeza de que quando o foco da narração está nele, em sua família e nos demais componentes do seu círculo, ensinamentos e momentos sublimes certamente ocorrerão. Andrei Bolkónski é a síntese de grande parte dos valores que Tolstói queria (e conseguiu) perpetuar. No lado feminino, Natacha também assume os vieses de uma mulher que evolui, em todos os sentidos, com o tempo, demonstrando o quanto as metamorfoses da vida aprimoram o ser humano.

Por mais que, de fato, a história seja fascinante da primeira (que é em francês) até a última frase, Guerra e Paz, assim como todo clássico, possui momentos de maior reflexão filosófica, que fazem a leitura ser "beneficamente cansativa" em alguns trechos, o que incluí as últimas páginas da obra. O interessante, no entanto, é que nestas horas mais reflexivas se tem uma ideia da história da Rússia (retratando fielmente algumas figuras reais, como o Comandante em Chefe Mikhail Kutúzov, brilhante general que comandou o Exército Russo na invasão francesa e que é pouco conhecido no Ocidente), do caráter do ser humano, da maneira com que se trata a história geral, entre outras dezenas de tópicos, que, todavia, nem sempre possuem relação com a ficção desenvolvida no livro. Essa falta de ligação trás sim, em alguns momentos, certo marasmo, mas são descrições que provocam uma alta carga de reflexão e, se forem apreciadas da forma que merecem, convidam o leitor a pensar.

Milhares de páginas, centenas de personagens, as Guerras Napoleônicas, a história de um país que está a quase 15.000 km do Brasil, entre outros, são aspectos que assustam o futuro leitor e podem fazer com que quem se propõe à leitura passe por situações de dúvida quanto à utilidade real da obra. Para os que fazem esse tipo de questionamento, pobre por si só, Liev Tolstói pode elucidar isso com um dos seus maiores ensinamentos: "Há quem passe por um bosque e só veja lenha para a fogueira". Guerra e Paz é justamente isso: um bosque quase infinito, repleto de história, drama e valores perpétuos. E o futuro leitor (ou seria explorador?) pode estar ciente de que, ao entrar neste emaranhado de emoções, sairá de lá talvez cansado, mas inegavelmente fascinado e positivamente transformado.
meriam lazaro 02/02/2018minha estante
Resenha extraordinária para um livro extraordinário. Amei


Arthur Sayão 28/02/2018minha estante
Excelente resenha. Livro que já considero fantástico antes mesmo de lê-lo.




Adriano 18/02/2017

Uma grande jornada com um sábio
Após mais de um mês, finalmente acabei. Uma obra monumental.
O romance conta a história da invasão da Rússia pelos franceses e o impacto da era Napoleônica na sociedade russa, através do ponto de vista de cinco famílias aristocráticas. Foi publicada inteiramente em 1969. Pela data, é impressionante a composição da obra, não devendo nada para os grandes romances históricos atuais; na verdade, trata-se de uma escrita superior, saída da pena de um dos maiores escritores da humanidade.
A maneira como ele descreve batalhas e eventos deixa o leitor extasiado, pela escolha cuidadosa em cada palavra utilizada. Um exemplo:
“Da mesma maneira que no relógio o movimento distribuído por inúmeras e diferentes engrenagens e roldanas entra numa lenta deslocação, assim as múltiplas evoluções daqueles cento e sessenta mil russos e franceses, o amálgama de todas aquelas paixões, de todos aqueles desejos, de todos aqueles pesares, de todas aquelas humilhações, de todas aquelas dores, de todos aqueles acessos de orgulho, de medo, de entusiasmo, não vieram a ter por resultado senão o desastre de Austerlitz, aquela batalha que passou à história como a dos três imperadores, quer dizer, uma deslocação insensível da agulha da história universal no quadrante da história da humanidade.”
O livro é cheio de belas descrições de batalhas.
O título “guerra e paz” deve se referir ao intercalar de narrativas de guerras e da vida na corte russa. Também, algumas vezes Tolstói escreve umas intervenções de crítica historiográfica, apontando erros de interpretação dos historiadores de sua época.
Ao final da obra ele faz uma “nota histórica” comentando sua metodologia de pesquisa e suas fontes.
Enfim, uma obra obrigatória de um dos grandes mestras da literatura mundial, mas que deve-se ler com uma certa maturidade e saboreando cada palavra. Ao final, fica-se com a sensação de ter gasto um tempo precioso com um grande sábio.
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Diego 12/02/2017

Único defeito do livro é... Longo demais. Dica para quem quiser ler:
Não é uma leitura fácil, em virtude dos nomes russos.

Para tornar a leitura algo mais inteligível: primeiro leia o apêndice da vida de Tolstoi, depois leia a segunda parte do epílogo (não terá spoilers). Você verá o que Tolstoi tentou fazer na medida que vai lendo, não só depois que terminar de ler.

É um livro muito bom, Tolstoi era um rapaz muito inteligente. Considero ele uma pessoa...Pura demais. Não conseguia viver na "hipocrisia". Obviamente, ele enaltece os russos que detiveram Napoleão. Mas sempre busca o real retrato da guerra. Ao contrário de muitos, não achei o livro engraçado sem ser em duas partes, ambas envolvendo o niilista da história, o príncipe Andrei.

De fato, acredito que o livro podia ter (pelo menos) umas 500 páginas a menos, até o fim do tomo I a leitura se mostrou bem arrastada, mas depois ela fluiu razoavelmente bem.

Enfim, gosto é gosto, é um grande livro (não só pelo número de páginas). Esperava algo do nível de Os Miseráveis... Não encontrei, infelizmente. Mas não deixa de ser uma ótima história e que provoca profundas reflexões (assim como Os Maias).
Fernando Garcia 22/01/2018minha estante
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Fabio.Castilho 09/02/2017

Precursor do Romance Histórico.
Eis aqui o maior precursor do romance Histórico, ainda que datado de uma época onde nem se imaginava a existência do gênero. Tolstói combina uma trama envolvendo com fatos históricos minuciosamente estudados com descrições ricas das cenas de batalhas desse conflito entre Rússia e a França napoleônica.
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Sanoli 07/02/2017

http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/02/vol-1-e-2-guerra-e-paz-leon-tolstoi.html
http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/02/vol-1-e-2-guerra-e-paz-leon-tolstoi.html

site: http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/02/vol-1-e-2-guerra-e-paz-leon-tolstoi.html
Henrique 05/07/2017minha estante
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Daniel 01/02/2017

Um tratado sobre a humanidade
Esse é um daqueles livros que durante dias, meses após a leitura, ainda nos roubam o sono, enquanto ficamos horas a fio pensando no seu enredo surpreendente, grandioso.
Tudo em Guerra e Paz é colossal: mais de 2500 páginas, centenas de personagens, etc. Além da escrita genial de Tolstoi.
Guerra e Paz conta a história da invasão fracassada de Napoleão à Rússia em 1812, do ponto de vista de vários personagens que se cruzam naquele momento histórico, alguns reais, como o próprio Napoleão, o czar Alexandre I e uma série de comandantes militares, e outros fictícios, não menos cativantes.
Apesar de ser um livro MUITO grande, é uma obra de fácil leitura. Os capítulos relativamente curtos e a linguagem simples facilitam o entendimento e a interação do leitor com os personagens, possibilitando o envolvimento completo com o enredo.
Além disso, Tolstoi não se limita apenas a narrar o conflito, mas cria todo um quadro da sociedade russa no início do século XIX, com suas intrigas, traições, amores proibidos, disputas e hipocrisia.
Sendo assim, não há um único protagonista, mas vários. Obviamente, alguns personagens se sobressaem, como o príncipe Andrei Bolkonski, o valente Nicolai Rostov, o peculiar Pierre Bezukhov, a bondosa princesa Mária, a bela Natacha Rostova, a depravada Helene e tantos outros; personagens que nos cativam não por suas qualidades, mas por suas imperfeições e defeitos, que os tornam tão humanos e falhos quanto nós, leitores.
Tolstoi, desta forma, trata de temas como a guerra, a religião, a política, as questões familiares, questões espirituais, a morte, o amor e, principalmente, a necessidade da paz.
Mais que um simples livro, mais que um romance histórico, Guerra e Paz é um tratado sobre a humanidade.
Dica: Uma trilha sonora perfeita para Guerra e Paz é a Abertura 1812, de Tchaikovsky, disponível no YouTube.
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isa.dantas 15/01/2017

Apesar de ainda preferir Anna Kariênina, é inegável que Guerra e Paz faça jus à fama que tem: é um livrão em todos os sentidos!
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Hudson 20/11/2016

Neste primeiro volume, deste grande clássico, temos um retrato da sociedade russa à época, através de cinco ou seis famílias principais, ainda que no decorrer de todo o livro apareçam vários outros personagens, apenas estes são os principais e estão quase a todo momento em foco.

O livro é de fácil leitura, não exige muito do leitor, além de paciência é claro, narrativa linear sem muitas surpresas, a edição está bem cuidada e ao que parece bem traduzida também, a leitura é boa em grande parte, há momentos chatos, tal como o episódio da caçada dos nobres.

E mostrado um mundo, tal como no título original em Russo que é Guerra e Mundo, todavia veio até o mundo não russo com esta nomenclatura.

Fato interessante é o conde Tolstoi que aparece no livro, que ao que dizem ser um tio do escritor que tinha mais ligação com a nobreza, ele aparece umas duas ou três vezes, neste primeiro volume em cenas onde é citado o Estado-Maior do Exército Russo.

O príncipe Andrei Bolkonski, é talvez o próprio alter ego do escritor, há quem sustente tal posição, tal fato leva em conta, a princesa Bolkonskaia, de Anna Karenina que nada mais é o sobrenome de solteiro de sua mãe, enfim não se sabe se é verdade, mas é uma boa teoria.

Sem dúvidas vale a leitura, há momentos de muita reflexão, e outros de muita futilidade onde os personagens têm lampejos reflexivos, surpreendendo assim a linearidade da leitura, gostei bastante da leitura, misturando história acontecimentos personagens fatos e ficção, não há razão para se discutir o porquê desta ser a obra que é.
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Joao Felipe 26/10/2016

Em Casa
Esta tarde, ao término da leitura de "Guerra e Paz" - "Liev Tolstói", senti uma dose anestésica, não de alívio por ser uma leitura longa, e sim pela carga cultural que é ler grandes escritores. Principalmente da literatura russa, que é a mais profunda pra mim, tanto em estilos narrativos quanto em espelho da sociedade de época.

Depois de 39 dias de uma rotina literária muito prazerosa, encerra hoje minha pequena jornada, com alguns planos para as próximas obras do autor, que vou implementar em minha rotina futura.

Guerra e paz descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia ao mesmo tempo em que acompanha os amores e aventuras de Natacha, Andrei, Pierre, Nikolai, Sônia e centenas de coadjuvantes, não menos marcantes. Com este trabalho, que lhe tomou três anos de dedicação, o também escritor Rubens Figueiredo ganhou o prêmio da APCA de melhor tradução do ano.
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DIRCE18 27/08/2016

Uma obra na qual superlativos são meros eufemismos
Concluí a leitura da obra tão, por mim, temida – Guerra e Paz. Mal sabia eu que estava me privando de uma leitura de uma abrangência surpreendente. Mas eu usei a palavra leitura? Que inapropriado! Sim, pois como já disse em comentários anteriores a narrativa de Tolstói é nada mais nada menos que cinematográfica e revolucionária, uma vez que, já no século XIX, ele fez uso da “tecnologia 3D” o que me tirou da condição de mera leitora. Sequer uma espectadora, fui. Guerra e Paz trata-se de uma obra de cunho histórico , com o aparente intuito de contradizer a visão dos historiadores franceses acerca da Campanha Russa , de mostrar seu inconformismo diante das atrocidades que são os Conflitos Armados, de desmerecer ( não sem razão) os louros que cobriu Napoleão Bonaparte e de questionar a importância deste na Guerra e também do imperador Nicolau I . Para alcançar seu objetivo Tolstói mescla personagens reais com fictícios ( e não são poucos) com genialidade, de forma que, sem que eu percebesse, fui levada a “participar ativamente” da trama. Vivenciei momentos de horrores: vi soldados desaparecerem nos lagos congelados, soldados sendo fuzilados, e o fim trágicos de crianças como o menino Pétia. Quis dar uma sacudida na frívola e narcisista Natacha, desejo que se esvaiu acompanhando sua transformação. O curioso é que a transformação não se restringe à Natacha: a maioria das personagens sofrem transformações no decorrer do romance e a mais notória é a transformação ocorrida no Pierre – na juventude foi um tanto quanto doidivano, mas a medida que o tempo passa se transforma em um questionador e , a menos que eu tenha entendido erradinho, em um possível revolucionário - não só em pensamento mas também em ações. Penso que a posicionamento do Pierre diante da necessidade do povo russo influenciou sobremaneira o jovem Nikólienka (filho do Andrei) a ponto de eu perceber uma mensagem subliminar: o jovem seguiria as pegadas de Pierre ?. Por falar em Andrei, ele também foi um dos que sofreram transformações significativas - não ficou imune às desilusões com a política o que o levou a optar pelo exército , lá, desconfia das estratégias e, em sua constante busca, foi parar na frente das batalhas.
Outro sentimento que tomou conta de mim foi a compaixão pelas mulheres: não pensavam por si mesmas – as opiniões dos seus maridos passam a ser as suas-, vivem exclusivamente para o marido e filhos , abrem mão de um simples esboço de vaidade .
Bem, uma obra de 2.482 ( estou considerando apenas as que encerram o romance) teria muito a discorrer , só que não é minha intenção ser mais prolixa neste meu comentário, mas preciso fazer um registro : o título Guerra e Paz . A Paz estaria na “calmaria” existente nos frívolos salões ou quando Tolstói se fixa nas famílias Karaguin, Mikailovna, Bolkonski, Bezukhov, Rostov ( com ênfase nas três últimas)? Recuso-me a crer nessa hipótese. Uma obra tão abrangente...Atrevo-me a dizer que existe nessa obra um “ensinamento”sobre a ética tanto na Guerra como na Paz. Uma ética intrínseca à existência não só do século XIX como a dos nossos dias.
Finalizo dizendo que a leitura de Guerra e Paz também teve seus senões: as excessivas frases francesas ditas pelos russos que ocupavam enormes rodapés muito me desagradaram ( mea culpa – quem me mandou ficar restrita a uma tupiniquim que mal fala o português?), e também as reflexões filosóficas constantes na segunda parte do epílogo (também não me eximo da culpa) , que provocou um certo fastio. Entretanto, contudo, todavia, não obstante, etc, etc, qualquer superlativo atribuído a essa obra não passará de mero eufemismo.
Quero mais, muito mais Tolstói .






Nanci 29/08/2016minha estante
Legal, Dirce. Vamos ler mais Tolstói.


DIRCE18 29/08/2016minha estante
Sim, sim.


Athena24601 29/08/2016minha estante
Ótima resenha! :) Tolstói realmente é um dos maiores romancistas de todos os tempos.


DIRCE18 30/08/2016minha estante
Obrigada, Athena.
Quanto a Tolstói concordo plenamente com você.


Ana Karina 31/08/2016minha estante
Que bom, Dirce!
Estou lendo Ana Karenina e estou gostando bastante. Quem sabe me animo para Guerra e paz.


DIRCE18 31/08/2016minha estante
Quem lhe deu o nome tinha lido Ana Karenina, A, Karina? Sabia que minha filha ia se chamar Karina por causa do romance, mas mudei de ideia no momento que meu marido saía para registrá-la? Claro que você não sabia (risos)


Ana Karina 31/08/2016minha estante
Dirce, a minha mãe me deu o nome , mas não foi inspirado na Ana Karenina de Tólstoi não. Que interessante sobre sua filha! O meu também era para ser carolina.


Keila Cavalcante 02/09/2016minha estante
Dirce, parabéns! bela resenha! Ainda não me sinto uma leitora preparada para conhecer Tolstói, mas depois de sua resenha fiquei muito inspirada.


DIRCE18 06/09/2016minha estante
Que bom, Keila.
É muito envolvente. Tomara você goste.


NaV 03/08/2017minha estante
Sou fã de Tolstói, aliás, fã de (quase) todos os Russos da literatura, tenho até uma parte da estante dedicada apenas a esses. No que diz respeito à Guerra e Paz, li aos 14 anos, para um trabalho em sala de aula. Existem livros que mudam nossas vidas, não? Ou será que existem livros que não mudam? Um ano depois li Os Miseráveis, e foi assim que percebi as mãos da vida em volta do meu pescoço, viver é sufocar. Só tenho agradecimentos a essa incrível professora que fez de mim uma amante dos livros, mas não recomendaria tais obras, assim tão cedo. A melancolia e a desilusão (com a humanidade, talvez) tiram toda a idiotice (sim, idiotice) tão necessária entre a infância e a adolescência.




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