Érica | @aquelacomlivros 16/10/2019
Um conto para o Halloween
Albert Wilmart é professor universitário de Literatura e também se dedica ao estudo do folclore da Nova Inglaterra, que é onde a história se passa. Ele entra em um debate com outros estudiosos quando moradores de Vermont relatam ter visto criaturas estranhas boiando nos rios, mas Wilmart permanece cético até que uma carta contando as situações bizarras que estavam acontecendo com um fazendeiro local, fará com que o protagonista repense suas convicções.
Henry Akeley faz relatos perturbadores e manda fotos de pegadas não-humanas na sua propriedade, além de gravação dos sussurros das criaturas. Os dois passam a se corresponder e Akeley vai mostrando suas descobertas, cada vez mais convencido de que há uma invasão de seres de outro planeta.
A cada carta, o perigo parece crescer e a escrita vai ficando ainda mais horripilante, mostrando um Henry a beira da loucura e correndo um grande risco de morte. Wilmart se desespera e acaba se envolvendo mais nessa história sinistra.
Esse é um conto publicado em 1930, o que chama a atenção por ser um Sci-fi muito instigante, com detalhes mirabolantes sobre as criaturas e uma teoria interessante de que elas vinham de um novo planeta que havia acabado de ser descoberto, Plutão.
O livro é bem curtinho, mas devo dizer que a ausência de diálogo deixou a narrativa monótona. Praticamente toda a história é através das cartas e os pensamentos do protagonista, que é muito prolixo e deixou a leitura cansativa.
Os dois tomam decisões bem idiotas, como o Henry que está sendo atacado, mas não vai embora porque "não era fácil deixar o único lugar que se sentia em casa" Amado? FOGE DAÍ!
Wilmart é o típico personagem de filme de terror, sabe quando a pessoa vai em direção ao porão escuro com barulho estranho? Então, é ele!
Foi o meu primeiro contato com o autor e, apesar das ressalvas, gostei da leitura. Não há um grande mistério, ao contrário, é bem previsível, ainda assim é um conto bem escrito, que nos dá certa tensão e que vale a pena ser lido.