xlittlebutterfly 11/11/2024
Você não é um homem... É um bicho!
Uma leitura que fala muito sobre a miséria e as dificuldades que uma família passa no sertão. Cada capítulo fala sobre cada membro daquela família.
O primeiro capítulo já fala sobre a "mudança" da família, onde eles encontram uma fazenda abandonada e a tomam pra si para sobreviverem. Essa família é composta por Fabiano, sinhá Vitória, o filho mais novo, o filho mais velho e a cachorra Baleia.
Eles tinham um papagaio, mas com a seca, ele se foi.
O segundo capítulo fala sobre "Fabiano" e onde é mencionado por ele "Fabiano, você é um homem", mas ele vivia numa posição tão precária que se comparava a um bicho. "Você é um bicho, Fabiano", "Sim, um bicho, capaz de vencer as dificuldades."
Terceiro capítulo, é sobre "cadeia", quando Fabiano foi levado de forma injusta por um policial amarelo, que não gostou da forma que Fabiano falou com ele. E nesse momento, Fabiano não entendia e não tinha o costume e o estudo para entender toda aquela situação. Imaginava que o governo era perfeito e justo e naquele momento percebeu a diferença de poder entre ele e o policial amarelo.
Quarto capítulo, temos "Sinhá Vitória", dona de casa, que apenas queria uma cama real, de couro e sucupira, igual a de seu Tomás da bolandeira, já que a cama que ela tinha era muito desconfortável para o casal. E nisso vemos o quão eles eram carentes de pequenas necessidades e conforto.
Quinto capítulo, fala sobre o "Menino mais novo", tenho a impressão que ele quer o orgulho de Fabiano e se tornar como ele, um homem. Muito curioso.
Sexto capítulo, "O menino mais velho", curioso com as novas palavras e muito apegado a cachorra Baleia.
Sétimo capítulo, "Inverno", onde a família passou por uma inundação na fazenda, se lembravam sempre do perigo de enfrentar a seca de novo e de voltarem a terem nada.
Oitavo capítulo, "Festa" de natal na cidade. Onde Fabiano bebeu demais e quis enfrentar as pessoas pela rua e lembrava daquele policial amarelo que o prendeu, torcendo para que ele aparecesse para que pudesse o enfrentar. Enquanto isso Sinhá Vitória namorava uma cama igualzinha de Tomás da bolandeira e as crianças sentadas na calçada observando as pessoas e quão diferentes eram, tinham medo do desconhecido mas eram curiosos, então se questionavam sobre tudo. Enquanto Baleia, odiava lugares barulhentos e não gostava de quê a família estivesse ali, mas ela era um animal, quem ouviria um animal?
Nono capítulo, "Baleia" estava a beira da morte... Fabiano tinha uma decisão a tomar e não foi uma decisão agradável. Ele resolveu mata-la. "Baleia queria dormir, Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes".
Décimo capítulo, "Contas", o dono da fazenda passava muito a perna em Fabiano. Dinheiro, imposto... Palavras difíceis e a prática ainda mais, Fabiano odiava se sentir assim, um tolo. Mas tinha medo de ser expulso da fazenda e obedecia.
Décimo primeiro, "Soldado amarelo" apareceu pela fazenda de Fabiano, perdido. Fabiano lembrou de quando ele esse soldado o tinha mandado para prisão, lembrou do insulto e da covardia. Fabiano tinha uma arma, poderia dar uma lição naquele soldado amarelo, mas não fez. Não tinha necessidade a se rebaixar ao nível daquele soldado, era inútil e não valia a pena. "Guardava sua força".