Aline Teodosio @leituras.da.aline 19/01/2019
"De que serve afligir-se em meio de terrores, se o homem vive à lei do acaso, e se nada pode prever ou pressentir! O mais acertado é abandonar-se ao destino."
É exatamente desse tal destino que Édipo, o protagonista da maior tragédia da história da humanidade, tenta fugir desesperadamente. Ele, um então jovem crescido em uma abastada família, escuta de um oráculo que seu destino será matar seu pai e, posteriormente, se casará e terá filhos com a sua própria mãe. Para evitar essa triste sina, ele larga tudo e parte mundo afora para refazer a vida.
Fuga. Édipo acredita que estando longe, todos os infortúnios previstos serão anulados. Mas será mesmo possível evitar algumas desgraças na vida? Ou será que o nosso destino está traçado desde que nascemos? O que é destino? Será ele algo fechado ou podemos escrevê-lo ao longo de nossa jornada? Édipo, coitado, se retrata como um parricida inescrupuloso, culpado, imperdoável. Mas não será ele também uma vítima das circunstâncias?
Essa tragédia grega, crua e dolorosa, que atravessou séculos e mais séculos e continua a nos fazer refletir sobre os percalços da vida. Até que ponto somos protagonistas do nosso próprio destino?