biagvent 30/10/2024
Que dó
Patrícia Galvão é um dos nomes mais conhecidos da década de 30, e com razão, por que a mulher tinha personalidade e acreditava bravamente na causa pela qual lutava.
Sei que a obra tem o seu destaque e a sua importância, mas o tempo todo eu só consegui sentir pena da moça que confiou no papo do tiozão barbudo que gosta de vermelho, e acabou por esgotar a vida inteira diante disso.
Pagu lutou por uma causa perdida, passou anos na prisão por uma luta fracassada.
Pra mim tem 2 tipos de livro que são escritos para retratar a realidade da desigualdade: um que realmente mostra o cotidiano de forma que comove e sensibiliza, e outro que joga um tanto de informação de forma vulgarizada para assustar e chamar atenção.
Parque Industrial infelizmente foi como o segundo exemplo? não sou fã de livros assim, recentemente li ?O sol na cabeça? e tive a mesma sensação.
Com toda certeza a leitura é válida (pra quem tem paciência), é um livro curtinho, que retrata um dos momentos mais importantes do nosso país, mas no geral achei meio cansativo, e não consegui me importar com nada do que estava acontecendo no meio da narrativa.