Resenhas - Memórias Póstumas de Brás Cubas

Ju 27/10/2024

Umas baita viagem
Li esse livro quase sempre à noite, tive que recorrer ao dicionário on-line várias vezes e também ao Google pra pesquisar sobre as inúmeras citações, metáforas e afins presentes em cada capítulo, e são muitas; bíblicas, filosóficas, etc, uma verdadeira aula!! Caía no sono na maioria dos capítulos, principalmente no início, mas até que depois a história fluiu melhor, mas não negócio que a linguagem muito rebuscada fez a leitura ser cansativa e às vezes bastante maçante, tanto que li já meio que querendo acabar logo...

Bras Cubas, na infância, me lembrou um pouco o Leôncio, o vilão de A Escrava Isaura: mimado, burguês fútil, cruel , avarento e preconnceituoso: podia ter sido feliz com Eugênia, a mocinha coxa, mas não.Aliás, fiquei curiosa pra saber o que a levou a situação de miséria em que se encontrou no fim do livro, o fim da mãe dela, enfim. Os livros brasileiros dessa época geralamente têm final muito triste, como vi mais uma vez.

O escravo que sofreu na mão dele e que depois de liberto foi pego fazendo o mesmo com um escravo dele me lembrou a fala de Paulo Freire sobre " O sonho do oprimido é se tornar opressor". Ele só pode ter se inspirado nesse livro, não é possível! Têm bastante crítica social, como se vê nos personagens hipócritas: a irmã, o cunhado, o pai, etc. A ironia, a autocrítica, , a critica social, também se faz bastante presente, também é bacana a forma como o personagem fala diretamente conosco, leitores durante a leitura.

O ""romance" com a Virgílio não convenceu nem um pouco, repito que se ele tivesse dado uma chance a Eugênia, poderia ter sido feliz ao lado dela, ela parecia gostar dele de verdade, além de ser bonita, espirituosa, mas, enfim...

A parte de seu amigo Quintas Borba, com aquela filosofia meio louca, meio sábia foi um pouvo chatinha. Acho que faltou explicar também como ele criou, desenvolveu o tal emplastro, mas enfim. Não foi o melhor clássico da literatura brasileira que li até hoje ( O Cortiço é meu favorito), mas valeu a leitura, achei esse e outros livros clássicos no lixo e em boa hora, quando o vídeo da tal gringa sobre o livro viralizou.

Machado é genial, espero ler outros dele futuramente., mas espero, sinceramente, que a leitura seja um pouco menos rebuscada. Ah, , amei a frase final, não sabia que pertencia a esse livro, pra mim reflete muito do mundo atual em que vivemos: é preciso muita coragem ou loucura pra ter filho hoje em dia...

FabianaAOliveira 27/10/2024

Ah Brás Cubas.
Era um livro que eu tinha muita vontade de ler, mas que quando iniciei senti um pouco de dificuldade.
A julgar pela dedicatória, pensava que seria uma linguagem mais coloquial e de fácil entendimento, ao que estamos falando de Machado de Assis, né amigos?
Iludida fui eu ? o texto é de una linguagem um tanto mais rebuscada, tem um quê de crítica social entre as narrativas e por algumas vezes quase me fez desistir dele.
Mas conforme vamos lendo, a história vai se tornando interessante e com a necessidade de saber o que viria a seguir aos fatos que antecederam sua morte, lutamos bravamente até o último ponto final.
Recomendo á quem não se incomode em ler numa linguagem menos comum para os tempos de hoje.

Marinakg_ 26/10/2024

"Não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria"
Machado não é o autor que é atoa. Que livro sublime e que experiência! Infelizmente não acho que li essa obra em meu melhor momento e provavelmente irei reler no futuro. Mas que escrita fantástica, o modo como ele relata as divagações do personagem me lembra a minha propria linha de pensamento que muitas vezes não é linear. Foi minha primeira leitura do Machado de Assis, mas pretendo ler muitas outras!

CLModerno 26/10/2024

Brás Cubas
Um livro escrito por uma pessoa já morta, que escreve suas memórias quando ainda vivo. Muito interessante, uma história interessante e cheia de arrependimentos, incrivelmente executado

r.o.s.a 25/10/2024

O quincas borba morando no livro do bras cubas e tendo altos dialogos sobre a teoria do humanitismo.... esse foi o crossover do milenio

caetana_belar 24/10/2024

?nasceu aqui ó, branquinho, bonitinho, playboyzinho, nasceu com a vida no very easy e conseguiu ser um incompetente EM TUDO!!!!!!!!!?
Brás Cubas simplesmente o dono desse áudio, o cara era branco (no período do Brasil colonial), bonito, de família burguesa, tinha estudo e foi simplesmente um INCOMPETENTE COM UMA VIDA MONÓTONA E SEM IMPORTÂNCIA!?!!?!! Ele falhou EM TUDO

licia.bulhões 24/10/2024

Estava ansiosa para ler este livro e, sinceramente superou minhas expectativas. Em alguns momentos me intrigou, estressou e em outros nem entendi o que estava acontecendo, contudo, tais coisas me fizeram observar esta obra com maior atenção. Pensei que o fim seria totalmente diferente de como foi, e esse foi um dos aspectos que me fez amá-lo mais, a surpresa, visto que, nós, leitores, somos apaixonados pelo inesperado, pela quebra de expectativas. Com isso, nem preciso dizer que recomendo demais a leitura.

Thayana.Pinho 24/10/2024

Clássico
Dispensa comentários, Machado é perfeito, eu li e dei risada, fiquei revoltada e reflexiva hahaha. Nota mil

Fernando Savian 23/10/2024

Genial
Ao dedo que primeiro apertou o botão de curtir na tela de seu celular dedico como modesto relato esta resenha.

Custei 34 anos e uns bons dias para ler a obra prima de Machado de Assis. Já a obra - atemporal - percorreu um período um pouco maior até chegar às minhas vistas: quase 150 anos.

Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma obra genial feita por um escritor genial. Machado de Assis incorpora o defunto autor (e não o autor defundo) Brás Cubas, que decide contar sua vida após a morte.

A narrativa não é totalmente linear. Brás Cubas fala sobre sua vida desviando aqui e ali, fazendo pequenas pausas para contar suas memórias. Essas partes, em geral, valem muito a pena. O autor quebra a "quarta parede" seguidamente, conversando diretamente com o leitor. Uma técnica primorosa de Machado.

Ainda, o autor flutua entre o humor, o romance, a sátira e a filosofia de maneira leve e corriqueira. É brilhante!

Por fim, não poderia deixar de registrar a magnífica edição da Antofágica, com capa dura e ilustrações de Cândido Portinari.

Um livro que marcou minha breve vida de leitor. Leia Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Richard Sueo 23/10/2024

"Entre a vida e a morte"
"Memórias póstumas de Brás Cubas", dê machado de Assis, um dos maiores escritores da literatura brasileira.Traz ao leitor uma sensação de confusão por conta das transições de tempo durante a história, ao mesmo tempo que desperta curiosidade diante dos acontecimentos. Essa obra-prima da literatura me trouxe diversos sentimentos durante essa grande aventura. É uma obra que desafia as expectativas desde a primeira página. Brás Cubas nos conta sua vida após a morte através de uma mistura de ironia e filosofia. O que mais me impressionou foi a crítica velada que o autor faz à sociedade, às vaidades humanas e à hipocrisia das relações sociais.

Brás Cubas, um homem com muitas posses e de personalidade egoísta, revela ao longo da obra seus fracassos amorosos, suas ambições políticas mal-sucedidas e a sensação de vazio que permeia sua vida, sem esconder suas fraquezas e limitações. Apesar desses temas aparentemente sombrios, o livro não tem um tom pesado; ao contrário, o uso inteligente da ironia e o ritmo da narrativa tornam a leitura atrativa e, em muitos momentos, até divertida. As reflexões de Brás sobre a vida, o amor e a morte nos levam a questionar nossas próprias escolhas e o sentido da existência, convidando o leitor a uma jornada de autoconhecimento e crítica social.

suzana.psouza 23/10/2024

?(?) não alonguemos este capítulo. Às vezes, esqueço-me a escrever, e a pena vai comendo papel, com grave prejuízo meu, que sou autor. Capítulos compridos quadram melhor a leitores pesadões; e nós não somos um público in-folio, mas in-12, pouco texto, larga margem, tipo elegante, corte dourado e vinhetas? principalmente vinhetas? Não, não alonguemos o capítulo.?

Gostei bastante, mas gosto ainda mais de Dom Casmurro.

Felps.felp 23/10/2024

Nessa obra que faz ponte entre a vida e a morte somos apresentados a um medíocre burguês que já não é matéria viva, mas vive nas palavras de sua biografia.
Durante o texto, Brás Cubas não sofre do limitante pudor que nós vivos padecemos com a verdade, aquela que não temos coragem de admitir. Aqui a morte o presenteou com a franqueza e esse instrumento permite a nós, telespectadores, grande interesse e admiração.
Depois de sua morte Brás cubas decide escrever um diário biográfico para manter viva sua memória, uma vez que a morte deu
luz as suas repressões. Nos capítulos que seguem viajamos por sua vida sem as máscaras do ego e conhecemos em essência Cubas.
Amei o tom irônico sobre a alta sociedade que o autor deu no livro (hahaha).
Sem falar que o narrador quebra a ?quarta parede? e se comunica direto com o leitor, incrementando muito na dinâmica da leitura, o que eu achei sensacional.
Eu tenho muito a falar sobre esse livro, e sinto que preciso fazer um releitura, por que sei que não compreendi 100%.
Só leiam esse maravilhoso livro.

Daniela..Abreu 23/10/2024

Mais um livro do Machado lido pensando em ENEM. Gostei da escrita, realmente não acho que é uma leitura pra adolescente de 8° ou 9° ano, mas é bom pra entender de vez a ironia tão presente na obra machadiana

Clariar 22/10/2024

A leitura é cansativa, mas o livro é genial.
Creio que o que torna cansativa é a linguagem da época, mas vale a pena o esforço.
Protagonista imperfeito, irônico e contraditório. Várias referências a outras obras de Machado.

Maria15781 22/10/2024

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Impressionada, mas não surpresa. Estou começando na minha jornada de aprender a ler clássicos, e Machado de Assis era minha maior vontade e maior medo. Li Dom Casmurro na escola(pretendo reler), não tinha idade e nem a vontade necessária pra gostar, mal me lembro da história. As leituras obrigatórias me travaram com clássicos.
Mas eu amei a história, e principalmente a escrita, difícil no começo mas que me conquistou. Apenas um homem contando a história da sua vida, sem reviravoltas elaboradas, apenas ad escolha, vivências, e a iminente solidão de Brás Cubas.