Diane 30/12/2021Promissor, mas se perdeu na metade do livro100 palavras por dia. O decreto do governo anuncia que as mulheres só poderão falar esse número de palavras, mais do que isso e elas poderão sofrer penalidades. Mas a Dra. Jean McClellan não aceita esse decreto de jeito nenhum, não acredito que isso esteja acontecendo e vai lutar para que as mulheres possam ter novamente o direito de trabalhar, ser independente e ter voz na sociedade.
"Você pode tirar muitas coisas de uma pessoa: dinheiro, emprego, estímulo intelectual, qualquer coisa. Pode tirar até suas palavras, mas isso não vai mudar sua essência."
O silêncio pode ser ensurdecedor. Essa distopia atual mostra a importância da luta feminina, da busca das mulheres por seu direito a ter voz na sociedade. É assustador pensar em viver num cenário assim, onde temos que conter nossas palavras, um mundo onde não temos direito a ler e escrever, e tudo que vemos e ouvimos é moldado pelos homens. O livro começa nessa pegada interessante, com uma protagonista que luta para que esse decreto absurdo seja extinto, mas infelizmente, da metade pro final a trama se perde totalmente. O foco maior no caso amoroso de Jean com Lorenzo e toda a missão que ela assume são desnecessárias em uma trama que prometia tanto, que tinha tanto pra explorar. E uma história que fala sobre empoderamento feminino ter a solução dos problemas nas mãos dos homens soa meio contraditório.
Sorte que a leitura e a escrita da autora é bem fluida, então dá pra ler bem rapidinho.