Vox

Vox Christina Dalcher




Resenhas - Vox


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Kate (@lendocomkate) 22/03/2021

O poder das mulheres
As mulheres usam um bracelete que controla suas palavras: só podem falar até 100 palavras por dia, se passar disso levam choques. Uma história de repressão feminina muito parecida com O conto da aia, mas que se aproxima mais do nosso mundo real.

Jean é uma doutora em neurolinguística, ou pelo menos era antes dos homens controlarem tudo e as mulheres serem obrigadas a ficar cuidando da casa. Mas quando acontece um acidente com o irmão do presidente, ela é chamada pra voltar a trabalhar e essa parece ser a sua chance pra mudar o mundo em que vive.

Ao longo do livro ela relembra várias coisas do passado, as lutas e protestos que ela ignorou achando que era bobagem, e como ela simplesmente deixou tudo acontecer sem fazer nada. Essas passagens podem ser um pouco confusas porque se misturam aos diálogos do presente, sem ter uma separação, mas dá pra entender tudo tranquilo.

O mais interessante dessa história é ver como cada personagem luta contra o sistema: às vezes é de modo mais claro, às vezes é fazendo coisas escondido e ninguém sabe. Isso acabou me surpreendendo no final, alguns personagens não eram o que pareciam, foi um plot twist muito bom!

Outra coisa bem legal foi ver como essa doutrinação começou nas escolas, de modo muito simples: introduzindo uma matéria relacionada a religião, falando como as mulheres deveriam ser, e isso acabou doutrinando todos os jovens e assim por diante. O país era comandado pelo presidente, mas principalmente pelo líder religioso que estava ao seu lado. É muito fácil relacionar esses acontecimentos ao mundo real.

O que deixou o livro um pouco chato foi o excesso de termos científicos, às vezes não sabia nem o que ela estava fazendo nem o que ia acontecer, me senti um pouco confusa mas consegui entender a ideia! Só por isso tirei uma estrela e a nota foi 4!

Recomendo a todos que gostam de uma boa distopia!
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Evy 23/03/2021

O livro todo: ???????????

O final: ?Xôxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsciente?
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papo_mary 24/03/2021

Livro super necessário
Primeiramente quem for ler esse hino de livro, pegue uma xícara de chá de camomila ou um copo de suco de maracujá e vamos a leitura. Que livro, comecei a ler em janeiro, li vários outros no meio porque não consegui ler ele corrido foi uma leitura muito forte pra mim. Inúmeras vezes tive que parar e tomar um ar, passei raiva, indignação, choro angustiei, torci pelas mulheres como nunca na vida, senti cada dor como se fosse comigo, não sei explicar como me conectei com a prota e com a história. Todos deveriam ler esse livro, foi a leitura mais necessária do meu 2021 com toda certeza. Me fez criticar e repensar tantas coisas. Leiam, sofram, passem raiva e gritem por cada vez que tentam nos calar.
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Juh 25/03/2021

Confesso que criei bastante expectativa durante a leitura mas não me surpreendeu tanto mas a leitura é muito boa e flui muito bem e a história também é incrível.
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Dandara63 26/03/2021

A realidade do livro é assustadora. Pensar e perceber o quanto nossa sociedade é próximo de algo assim é apavorante. Uma distopia muito bem escrita e muito real.

A história me prendeu muito, a personagem principal conta com seus defeitos e para ser sincera não gosto muito dela.

O livro surpreende em vários aspectos, nos mostrando coisas que são surpresa tanto para nós quando para a protagonista. A história é contada sob seu ponto de vista, desta forma sabemos apenas o que ela sabe e muitas surpresas aparecem ao longo do livro.

O final foi satisfatório, embora tenha me parecido um pouco fácil demais.
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Flah 27/03/2021

?Todas aquelas casas são pequenas prisões, penso, dentro delas existem celas na forma de cozinhas lavandeiras e quartos.?

Esse livro me lembrou muito o conto do aia.
Gostei muito da história, só não foi perfeita porque o desfecho ficou um pouco em aberto. Recomendo muito, traz muitas reflexões e acrescenta muito.
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nyc 28/03/2021

Vox
Esse livro tem uma temática bem pesada pra mim, realmente não consigo me ver vivendo em tal realidade, por isso demorei tanto para concluído. Se você curte O Conto da Aia vai adorar esse aqui.
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Thayza Fonseca 31/03/2021

Olá, povo lindo!

Hoje é o dia da última resenha do ano e assim como 2020 de um modo geral o livro foi uma decepção, começou promissor, foi descendo a ladeira, deu uma melhorada e putz... o final foi sem salvação.

Eu ponderei muito se valia a pena trazer essa resenha para vocês, pois não será 100% positiva, mas o livro trata de uma questão de extrema importância, então decidi que era o melhor a ser feito. Algumas resenhas que eu li tratam a leitura como distopia, na minha concepção estamos vivendo em meio disso desde 2014 (aqui no Brasil) e parece que é uma onda que anda atingindo muitos lugares. Desde então nós mulheres estamos lutando por voz, lutando por justiça, lutando por direitos e o que eu ando reparando é que esse barulho anda incomodando, então Vox é uma leitura necessária para lembrar a parcela isenta que quando se cala uma, se cala todas.

“O Cinturão da Bíblia havia se expandido, espalhado e crescido até se transformar numa
Dama de Ferro, numa câmara de tortura.”

A protagonista Jean faz parte exatamente dessa parcela isenta, nunca imaginou que o governo poderia controlar a vida das mulheres de forma tão brutal. Tudo começa com a ideia de pureza, família tradicional, ensinam crianças nas escolas que existe um lugar no mundo para cada gênero e isso deve ser respeitado, blábláblá. Mesmo as lutas feministas não são suficientes a fim de parar essa empreitada conservadora autoritarista, mas assim como muitas, Jean não leva fé no que está acontecendo por trás dos panos até ser tarde de mais.

“Os monstros não nascem assim, nunca. Eles são feitos, pedaço por pedaço”

Jean me irritou por ser uma mulher extremamente inteligente, mas que só conseguia olhar para própria bolha, não estamos falando de uma protagonista satisfeita com a situação, mas com uma conformada e ressentida que outros não tenham lutado por ela. Tudo muda quando ela descobre umas coisas e decide que é hora de reagir, mas muito de suas atitudes são pensadas nela, com base nas questões e problemas dela e isso me levou ao limite, mesmo que eu tenha total consciência que o egoísmo é normal, que lutamos primeiro por nós e depois pelos outros, o problema me pareceu tão real e atual que esse egoísmo claro me incomodou e me fez sentir abandonada.

“Pense no que precisa fazer para continuar livre.”

Muito do livro acontece nas reflexões sobre o passado da Jean, mostrando os pontos onde ela “pecou”, as pequenas brechas que não enxergou claramente, onde o outro lado ganha força e nós deixamos passar por “não ser nada” ou “ninguém vai apoiar isso”. A narrativa deixa claro que pequenas atitudes fazem a diferença e que a hora é agora, se não lutarmos hoje, talvez precisaremos lutar o dobro amanhã, acho que perder o direito de expressão foi uma tacada forte da autora, e não apenas a voz, mas o direito de sermos independentes, de sermos únicos. Esse livro me fez enxergar o quão gracioso é o direito de comunicação, uma coisa tão comum hoje em dia, mas de total importância e se retirada de total isolamento.

A construção da história me pareceu bem fraca, a protagonista não tem uma grande expressão ou evolução durante a narrativa, assim como os demais personagens, a história oscila entre média e ruim todo o tempo e tirando o fator angustiante da situação e seu quadro de horror não é uma história instigante. A leitura poderia e tinha tudo para ser maçante, mas por milagre fluiu muito bem e eu consegui terminar bem rapidinho. As reviravoltas foram simples, algumas eu julgaria como desesperadas e o final é desastroso, feito de qualquer maneira, sem maiores explicações ou soluções concretas, a ideia é ótima, mas a execução é falha e não me agradou a ponto de indicar a leitura.

"Ultimamente tudo parece ser uma escolha entre o pior e o menos pior."

Eu tinha grandes expectativas e mesmo com os inúmeros “avisos” eu não levei fé que algo que tem uma premissa tão boa poderia ser bem ruim, acredito que podemos encontrar leituras com temas similares e mesma importância, então eu deixo com vocês duas dicas. Primeiro, não deixem calarem sua voz, porém quando for usa-la seja empática. Segundo, busque outras leituras com temas semelhantes, para mulheres é algo que choca e assusta, mas é bom enxergamos o que pode acontecer, por mais impossível que pareça hoje. Eu vou ficando por aqui, deixem sugestões de leituras nos comentários e obrigada pela visita.

Um beijo e até a próxima!
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Valeria.Brusque 31/03/2021

Esse livro é fantástico, MEU DEUS. Impossível ler sem ficar agoniado. Simplesmente maravilhoso.
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Paulo Silas 01/04/2021

Vox é uma distopia ambientalizada em um país que foi tomado por um governo que busca um anunciado restabelecimento da moral, dos bons costumes e de um povo que viva sob os preceitos religiosos que determinam ser o homem que deve comandar enquanto a mulher deve apenas obedecer. Dentre as medidas tantas adotadas pelo governo, a limitação da fala das mulheres para até no máximo 100 palavras por dia está entre as mais drásticas, cujo controle é exercido por uma pulseira que contabiliza todas as palavras ditas ao longo do dia e dispara um choque quando o limite é ultrapassado. É nesse ambiente tenebroso que a história contada em Vox se desenrola.

A protagonista, que figura também como narradora, é Jean McClellan, uma neurolinguista que após a tomada do governo ultraconservador foi obrigada a abandonar a carreira e passar a tomar conta do lar, uma vez que essa é a imposição social no sentido de ser o lugar em que as mulheres deveriam estar. Jean McClellan vive assim sua vida cuidando da casa e dos quatro filhos, enquanto seu marido funciona como o provedor do lar trabalhando. Na visão do governo, tudo conforme deve ser, mas essa imposição social é constantemente questionada pela protagonista, que acaba correndo vários riscos por sua inconformidade. Um acontecimento no âmbito familiar do presidente do país em que se passa a história, porém, pode significar uma virada na coisa toda, pois Jean McClellan é convocada pelo governo para utilizar o seu conhecimento como cientista para auxiliar na resolução de um problema que pode repercutir na vida de todos. É a partir disso que realmente a história se desenvolve, dando o impulso para a trama de Vox.

"Vox" é um livro bem escrito e que chama a atenção tanto por sua história contagiante quanto pelo incômodo que a trama causa no leitor. Por mais seja uma distopia, há várias semelhanças e aproximações da sociedade apresentada no livro com a sociedade contemporânea em que se situa o leitor. O pensamento que orienta as ações do governo de Vox se faz presente em muitas pessoas da sociedade atual - talvez por isso o livro assuste um pouco gerando desconforto, tornando-o bastante reflexivo. A narrativa flui a contento, em que pese o excesso da divisão em capítulos. A história toda também é ótima, mas o final pode decepcionar alguns por ser muito abrupto, deixar algumas pontas soltas e caminhar para uma direção contrária daquela que serviu como mote para toda a obra. Um livro atual cuja leitura é devida e necessária por servir também como alerta.

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DayaneKelvia 02/04/2021

O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.
Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.
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Vânia 04/04/2021

Para quem assistiu ou leu o conto da Aia, vai se lembrar muito da história. Mais uma vez, os Estados Unidos menosprezam a mulher com palavras de fé e pureza, alegando que as mulheres devem ser perfeitas donas de casa, e o pior: falando apenas 100 palavras por dia. Quem passa dessa cota, leva um choque de uma pulseira colocada em todas as mulheres, sejam adultas ou crianças.

?Como mulher, é muito frustrando ler e imaginar que tem muita gente que tem pensamentos assim, como mulheres ganharem menos pois engravidam, ou de não serem competentes para cargos altos.

?Uma coisa que me incomodou na narrativa, foi quando os personagens deduzem alguma situação na história, porém o leitor não tem informações suficiente para descobrir da mesma forma. Não é algo que atrapalha muito no desenrolar da história, mas me frustrou um pouco.

?Os capítulos são bem curtos, o que faz a leitura ser muito fluída e rápida. A história não esfria em momento algum, sempre com alguma surpresa ou descoberta.
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Karol 04/04/2021

Uma bela crítica social mas achei que o final poderia ter sido mais aprofundado! Fiquei com vontade de ler ?O conto da Aia? que também é nessa pegada. Bom livro!
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