Vox

Vox Christina Dalcher




Resenhas - Vox


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Anelise Cristine 26/08/2020

Achei o plot no final muito interessante, mas infelizmente não compensou toda a parte do livro (quando ela começa a ir para o laboratório) em diante, pra mim, foi uma canseira.

A premissa é incrível e eu apostei todas as minhas fichas nela, mas senti que algo se perdeu.

Vale ressaltar que foi uma leitura fluida, com capítulos curtos que a gente ama, e apesar de ser uma distopia, não fugiu muito da nossa realidade, falo de fatos como fanáticos religiosos que acham que as mulheres nasceram para servir e apenas isso e fatos como machismo.

Na minha concepção, o final poderia ter sido explorado de uma forma melhor, cheguei a pensar que tinha pulado algumas partes, porque tudo aconteceu literalmente faltando menos de 5 páginas para finalizar. Mas sim, a escritora concluiu com sucesso o que queria, que era me fazer passar raiva e me fazer refletir um pouco mais.
Robs - @biblioteca.paralela 27/08/2020minha estante
Concordo com tudo que disse rs


Anelise Cristine 27/08/2020minha estante
A gente passou muita raiva lendo esse livro, e eu tenho diversos tópicos que não me desceram até agora! E olha que terminei ontem.




kamyz 31/07/2022

Gostei masss
eu gostei bastante da história em si, te deixa com raiva e com aquela indignação do começo ao fim com aquele pensamento de ?pior que isso poderia acontecer? mass o que me pegou um pouco foi o final, eu gostei mas eu queria um pouco mais detalhado como o patrick conseguiu, o que aconteceu depois (tudo bem que ela fala um pouco) mas eu queria me afundar mais nisso tbm pq ja não bastou o odio do começo precisava de algo pra me acalmar kkkk acheio meio vago o final mas muito bom ao todo
Andreza 07/08/2022minha estante
O livro inteiro se desenrola bem, mas o final foi bem corrido ?


kamyz 24/08/2022minha estante
simm, exatamente isso ?




Biaguedes1 15/10/2020

É bom , mais ...
Poderia ser melhor.

O começo é interessante, fiquei com raiva de tudo, como as mulheres são tratadas ( o pior é que não foge muito da realidade ) .

Mais acho que faltou alguma coisa, o final foi corrido .

Mais recomendo.
Anelise Cristine 15/10/2020minha estante
Tivemos a mesma percepção sobre ser corrido e sentir que faltava alguma coisa. Fora que, a nota foi a mesma hahahaha


Biaguedes1 15/10/2020minha estante
Sentimos a mesma coisa lendo esse livro kkkk . Coincidência.




Leo Biage 11/01/2022

VOX
Conforme a autora propõe, realmente é uma leitura que traz reflexões importantes, e possibilita compararmos com o contexto que vivenciamos de avanços de ideias reacionárias e conservadoras. O livro nos possibilita ver que muitos avanços conservadores não ocorrem da noite para o dia, mas é um processo que está passando por nós.
Gostaria que a autora tivesse desenvolvido determinados aspectos que eu fiquei curioso.
Mas isso não tira o brilho do livro e do objetivo da autora.
Thai.Campos 11/01/2022minha estante
Que bela resenha Leonardo


Leo Biage 11/01/2022minha estante
Obrigado, Ursinha.




Larissa.Manucci 28/12/2021

Vox foi escrito por Christina Dalcher em 2018, a autora é linguista e professora universitária, doutora pela universidade de Georgetown. Seus contos são conhecidos pelo mundo e já foram indicados a diversos prêmios.
A premissa do livro é um novo decreto do governo dos EUA que limita a 100 palavras o permitido por dia para cada mulher. Imaginem só, nós, seres humanos, falamos cerca de 16mil palavras por dia e elas foram limitadas a 100. Como forma de controle, cada uma recebeu um contador que fica preso ao pulso e que emite um choque elétrico quando o limite é ultrapassado.
Ao calar essa parcela da população, um governo ditatorial, disfarçado de democracia, impõe uma dominação fácil e efetiva. Paralelo a isso, as mulheres são impedidas de aprender a ler, escrever e trabalhar, tendo a sua educação baseada no aprendizado de tarefas domésticas. Para completar o processo de dominação, há uma doutrinação dos meninos dentro das escolas, levando-os a se tornarem fiscais dentro das próprias casas. Colocando a visão do governo como a única verdade a ser seguida.
O livro tem como protagonista a Dra. Jean McClellan, uma linguista renomada que conduzia uma pesquisa muito importante nos tempos antes do contador. A história gira em torno das relações dentro da casa de Jean, seu relacionamento com o marido, com o filho mais velho e a filha mais nova.
Em alguns momentos, somos conduzidos a memórias de Jean, quando ela estava na universidade e uma de suas amigas começa a alertá-la sobre a possibilidade de uma reviravolta no governo, ela tenta convencer Jean a ir a protestos e lutar contra algumas coisas como a diminuição do número de mulheres no congresso e alguns outros assuntos. Fatos que na época Jean considerava paranoia da amiga e que não a preocupavam. Porém as coisas mudaram... E Jena se arrepende de não ter dado ouvido à amiga.
Jean se mostra alguém que não consegue aceitar as coisas da maneira que são, à sua maneira, ela tenta lutar contra as imposições do governo, aproveitando-se de uma situação em que ela é necessária, para começar a se rebelar contra o sistema.
A história é intensa, forte e pesada. Temos temas como opressão, submissão, tirania, autoritarismo, preconceito, luta e feminismo muito bem explorados ao longo do texto. Acabamos sendo totalmente envolvidos na escrita, é muito fácil se colocar no lugar dos personagens e, muitas vezes, me peguei completamente irritada com certas situações e me envolvendo com os personagens.
Christina vai contra a corrente das distopias juvenis e traz um livro muito mais pesado e que me lembrou muito (de forma positiva) O Conto da Aia, com a temática e a sua escrita dura e objetiva. Apesar de ser uma fantasia, me peguei várias vezes pensando no quão longe isso está da realidade e se seria possível que algo assim acontecesse algum dia...
Jaque 28/12/2021minha estante
que resenha maravilhosa, deu muita vontade de ler. Eu já li o conto de aia e achei muito bom


Larissa.Manucci 28/12/2021minha estante
Aaaah!! Que bom que você curtiu!! Se gostou de o Conto da Aia, vale a pena ler Vox também!!




ana beatriz 05/06/2021

bem ruim
Mal escrito, mal desenvolvido, crítica de twitteira, final corrido e mal feito. Agregou nada na minha vida e distorceu um monte de coisa. Muitos ocorridos penso que podem muito bem se tornar realidade, mas, no final, se tornou apenas um ataque sem fundamento à religião, passando uma ideia, no meu ponto de vista, bem distorcida sobre feminismo.
silvnics 06/06/2021minha estante
Twitteira akdjsjkajdjwksjsjjs


ana beatriz 06/06/2021minha estante
fatos!




Lirieudo 05/02/2020

De tirar o fôlego
Essa foi a primeira vez que eu li um livro e fiquei sufocado. A história é muito bem contada, possui uma proposta bem interessante na pegada dos governos totalitários, tem uma linguagem simples e de quebra uma boa reflexão acerca da sociedade.
Badlagirl 05/02/2020minha estante
Coloquei na lista, interessante


Lirieudo 05/02/2020minha estante
Vale muito a pena a leitura.




Patricia.Souza 25/02/2020

Não rolou
Vox

Gente... O que dizer desse livro?
Tinha tudo para ser bom, mas infelizmente pra mim, não rolou...
Estou aqui pensando no q dizer sem dar spoiler.

O livro é uma distopia, mas que fala de temas muito atuais como machismo, preconceito e fanatismo religioso.
A história conta sobre um país, onde as mulheres perderam sua voz e seus direitos. Toda mulher ou menina, recebe uma pulseira onde só podem falar até 100 palavras por dia, e ao ultrapassar esse número recebem choques, que podem levar até a morte. Assim, como a voz, as mulheres perderam também todos os seus direitos, assim como trabalhar e ter acesso a leitura.

Qdo li a sinopse achei um tema super interessante e fiquei super curiosa para ler, mas a protagonista não me conquistou e achei que o final foi mal explicado. E ainda teve uma outra situação que aconteceu com um dos personagens, que também não gostei... Rsrs...
Enfim, tinha tudo para ser um excelente livro, mas não deu certo comigo.

3/5 ???
25/02/2020minha estante
Tbm achei ruim.


Patricia.Souza 25/02/2020minha estante
Né? Tinha tudo para ser um bom livro... Mas fiquei dececionada.. E o final? Super mal explicado




Ggisele 03/03/2023

Cara é assustador e desesperador ver como a sociedade é para as mulheres nesse livro. Uma leitura muito boa e fluida, terminei tão rápido sem nem perceber. Todos deveriam ler.

Patrick merece mais ????
Isa 12/03/2023minha estante
Foram 300 páginas de mulheres se fodendo e o que te tocou foi pensar que o Patrick merecia mais???!!!!! Amiga não!!!!!!!!


Ggisele 28/03/2023minha estante
Acho que todo mundo ja comentou sobre isso n tem pq eu comentar kkkkkkkjj óbvio que eh triste mas sla o Patrick tava lá apoiando e se fodendo querendo ou n




July 20/01/2021

Tinha tudo para ser um espetáculo mas...
pense na minha tristeza ao falar de "Vox". A premissa é absolutamente espetacular. Infelizmente, não se pode dizer o mesmo da execução. Devorei o livro, mas passado pouco mais da metade, na minha opinião, a história começou a se perder. É um livro ruim? Não. É bom? Não necessariamente. É frustrante. É daquelas obras que tinha tudo para ser um sucesso estrondoso, com direito a adaptação para cinema e tudo mais, porém se resolve de modo raso e preguiçoso até. Uma pena! A partir do que li na primeira metade, eu realmente queria ter amado esse livro, mas... ?
Isabella Freire 22/01/2021minha estante
Cara, fiquei muito frustrada. Até a metade o livro é excelente. Parece que a autora deu uma pausa, e começou a escrever a segunda metade só pra cumprir algum prazo. Se perde demais!! E no fim tudo se resolve com uma falta de realismo absurda, o jeito que ela comenta algumas coisas tão irrelevantes e fúteis ou traz uma tirada sarcástica quando obviamente não era crível. Nossa, tô muito decepcionada com o desfecho e a escrita principalmente no último quarto do livro.




Ana 05/01/2019

Eu não me interessei por Vox logo de cara, tanto que só fui solicitar um tempo depois do lançamento. Eu vi a Denise do Seja Cult falando do livro no Instagram e me bateu uma curiosidade enorme, afinal, é uma distopia que pode realmente acontecer: as mulheres, uma minoria social declarada, irem perdendo os direitos até poderem falar apenas 100 palavras por dia. É assustador, não é? Mas essa é a premissa da história criada por Christina Dalcher, onde o governo dos Estados Unidos lança esse decreto macabro logo após as eleições democráticas.

Tudo aconteceu de maneira rápida e inimaginável. Quando a população dos Estados Unidos elegeu um governo de extrema-direita super conservador, ninguém imaginava que as minorias — mulheres, homossexuais, negros... — perderiam seus direitos (ou pelo menos fingiam que não imaginavam, rs). Todas as mulheres estão em negação e não podem fazer muita coisa, então, quando a Dra. Jean McClellan, uma neurologista de sucesso na época em que podia trabalhar, é convocada pelo governo para trabalhar em um projeto para curar o irmão do presidente que tem afasia (um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação da pessoa), ela vê uma oportunidade de voltar a dar voz à todas as mulheres que foram silenciadas.

Preciso ser sincera com vocês: eu senti muito, muito ódio enquanto lia esse livro. Primeiro porque me doeu demais ver todas as mulheres sem um pingo de direito e apoio, vivendo em um ambiente tão misógino e machista. O filho mais velho de Jean, por exemplo, é o desenho do homem hétero machista da atualidade — e eu só fiquei pensando que deve ser muito triste criar um filho com tanto amor pra toda vez que ele abrir a boca sair tanta merda, com o perdão da palavra. E segundo porque, apesar de extremista, não é uma realidade distante. Quer dizer, quantos pontos em comum entre a ficção e a realidade vocês conseguem listar só de ler essa resenha? Então Vox não é uma leitura fácil, principalmente para uma mulher com os ideais como os meus.

Leia o restante no blog Roendo Livros!

site: http://www.roendolivros.com.br/2018/12/resenha-vox.html
Rafa Fiori 06/01/2019minha estante
Maravilhosa a resenha! Senti o mesmooo... uma agonia e denúncia também a desunião das mulheres e o ponto que chegou é de arrepiar (mas não impossivel). E o filho dela da vontade de chacoalhar, Deus me livre




Gramatura Alta 10/01/2019

http://gettub.com.br/2019/01/10/vox/
Incentivado por um fanático religioso, a população dos EUA elegem um presidente de extrema direita conservadora, que muda de forma totalitária a sociedade do país. Como sua principal medida, ele obriga as mulheres a portarem uma pulseira que as obriga a proferir apenas 100 palavras por dia. Caso excedam esse número, recebem choques no pulso a cada 10 palavras a mais.


A Dra. Jean McClean é uma neurolinguista especializada e com estudos avançados em Afasia de Wernicke, que é uma alteração na linguagem oral e escrita, tornando a comunicação sem muita precisão, que é ocasionada por uma lesão neurológica. Pode ser causado por um transtorno primário (inflamação no conduto auditivo interno), lesão neurológica em decorrências de traumatismo crânio encefálico e/ou problema vasculares como acidente vascular encefálico. Quando o irmão do presidente sofre um acidente que lhe impede a expressão de palavras como símbolos de pensamentos, ou seja, a Afasia de Wernicke, o presidente e o reverendo pedem auxílio à Dra. McClean. Então, ela inicia um plano para conseguir depor esse governo e voltar com a liberdade para o país.

VOX é uma versão simplista, mais leve, mais fantasiosa, direcionada para um público mais jovem, de O CONTO DA AIA, de Margaret Atwood. Existem vários elementos na obra de Christina Dalcher que remetem ao de Atwood, principalmente no primeiro um terço do livro. O discurso de intolerância, a vigilância do governo, a violência no tratamento das mulheres, a desconfiança dentro do lar de cada família, a passividade dos homens, a paranóia de ser denunciado por qualquer deslize, os sequestros à luz do dia sem qualquer explicação, as prisões distantes para mulheres ou pessoas contrárias ao governo, entre outros detalhes. Tudo causa o mesmo tipo de revolta que você sente ao ler a obra de Atwood. E mesmo sendo uma cópia das ideias, tudo é muito bom e surte um efeito de raiva no leitor que o faz ter vontade de fazer algo para ajudar.

Jean é a personagem principal e é a narradora, intercalando os capítulos curtos entre o presente e o passado, exatamente como acontece em O CONTO DA AIA. A grande diferença dessa primeira parte, é que o tom da história é amenizado. Jean mora com seu marido, Patrick, um assessor direto do presidente, e seus quatro filhos, uma menina e três meninos. Apesar do regime ditatorial, ela pode andar pelas ruas, pode fazer compras, pode conviver com a família, pode se comunicar com os pais que moram na Europa. É um regime menos fechado, mesmo que intolerante. Quem leu O CONTO DA AIA, sabe que todo o livro é muito pesado, com trechos de estupro, de abandono familiar, com limitações até para se andar na rua, e onde a família das aias é dispersada ou presa. Mas como disse, mesmo assim, a narrativa é eficiente e importante na mensagem que entrega. Afinal, nos últimos anos, vimos dois governos de extrema direita emergirem: um nos EUA, e outro aqui mesmo no Brasil. E o discurso de ambos, bem como nos dois livros referidos acima, é muito semelhante, praticamente igual. A diferença é que ainda não aconteceu a supressão da liberdade, dos direitos civis. Pelo menos por enquanto.

Nesse primeiro um terço de VOX, existe um embate que consegue fazer o leitor mais calmo ter vontade de socar um determinado personagem. No caso, Steven, o filho adolescente de Jean. Ele é o personagem que representa os jovens que sofrem lavagem cerebral pelos discursos de ódio e fogem da racionalidade. Ele acha que as mulheres, realmente, devem ser controladas, que o país está melhor dessa forma, que a paz é conseguida assim, com uma mão de ferro, independentemente que isso signifique uma prisão verbal. Os diálogos entre Steve e Jean são contundentes, importantes, e demonstram como é fácil corromper um jovem mais imaturo, que não tem vivência, que viveu sempre sob as asas de pais ausentes por causa da falta de tempo.

Ainda nessa primeira parte, o relacionamento de Jean com Patrick também é muito importante. Ele demonstra carinho com a esposa, mas é óbvio o afastamento dos dois devido à situação do país e das mulheres. O comportamento de Patrick, apesar dele não poder fazer nada para mudar a situação, é passivo de certa forma, e isso, somado ao fato dele frequentar a Casa Branca, faz crescer em Jean uma repulsa e um ódio que, embora não seja culpa dele, é direcionado para ele. Mesmo sem querer, ela deseja que ele seja mais revoltado com a situação, que não se habitue a ela, apenas por ser homem e por não sofrer represálias ou ter sua voz silenciada. Ela quer que ele grite as palavras que ela não pode dizer. Apesar dela saber que isso só o faria perder o emprego e ser preso.

Entretanto, toda essa qualidade desaparece no segundo terço da obra, e despenca completamente na sua conclusão. Quando Jean é “convidada” a fazer parte da equipe médica e científica que irá procurar uma cura para a Afasia de Wernicke, e assim salvar o irmão do presidente, o tom do livro muda drasticamente. A discussão sobre a supressão de liberdade é praticamente abandonada, e a narrativa se concentra entre o relacionamento extraconjugal de Jean com um outro cientista italiano, enquanto ela investiga atos suspeitos do governo, que indicam que existem outras equipes em busca de algo mais eficiente do que as pulseiras.

O romance de Jean com Lorenzo, o tal cientista italiano, é deslocado e desvia totalmente a atenção do enredo principal. Em certos momentos, a sensação que me passou, é de estar lendo um Young Adult leve ao invés de uma distopia calcada na luta contra o machismo, a opressão e o totalitarismo religioso. Pior que isso: ele acaba transformando Jean de uma mulher revoltada pela situação que ela e a filha mais nova vivem, impedidas de falar, de serem livres, para uma mulher rancorosa, que coloca em risco sua família, ela mesma, os amigos cientistas, e tudo que ela tem, para ter uma relação com um homem bonito. É a tal mania de colocar personagens femininas dependendo da presença de alguém do sexo masculino para se sentirem mais mulheres. Beira o ridículo.

Entretanto, nessa segunda parte tem uma pequena parte que precisa ser mencionada, porque é a única parte que se salva: Steven, o filho de Jean, faz algo que prejudica um outro personagem, e isso faz com que ele perceba como o regime é intolerante e violento, mudando sua linha de pensamento e conseguindo perceber o absurdo da realidade que a mãe, a irmã mais nova e todas as mulheres são obrigadas a viver. É uma parte tocante e que consegue salvar o personagem.

Já na sua conclusão, a autora opta por algo que, mesmo com supressão de descrença, fica difícil, muito difícil de acreditar. A solução para tudo é absurda, totalmente impossível de acontecer. Não porque o que acontece não pudesse ser realizado, mas porque o resultado do que ela faz, jamais surtiria o efeito que o livro descreve. Uma regime totalitário não é mantido por uma, duas, ou uma dúzia de pessoas, mas por líderes e uma massa que compartilham as mesmas ideias, as mesmas convicções. Todos os ditadores mundiais possuíam seguidores tão loucos quanto eles.

Mas nem foi isso que me incomodou mais. E a seguir eu preciso comentar sobre isso, o que é um SPOILER. Então só leia o restante deste parágrafo se já tiver lido o livro. O que me incomodou, é que no final, a autora mostra que Patrick, na verdade, não era um homem passivo, ele fazia, secretamente, parte de uma resistência que cujos membros lutavam e morriam para conseguirem depor o atual governo. Inclusive, ele perdoa Jean pela traição com Lorenzo, ele demonstra sua virtude e seu amor pela esposa. E se sacrifica para que ela, e todas as mulheres, sejam livres. E Jean aceita isso e fica feliz ao lado de Lorenzo. Ou seja, a autora não só coloca a salvação nas mãos de um homem, que se mostra moralmente melhor que a mulher, como transforma a sua personagem feminina em alguém que trai sem remorso, e que não é a responsável direta por sua liberdade.

VOX possui uma mensagem importante sobre liberdade e supressão da liberdade, sobre totalitarismo, sobre machismo, sobre empoderamento feminino, sobre extremismo religioso, mas apenas em sua parte inicial. Depois, infelizmente, a história se perde conceitualmente e corrompe o que deveria transmitir. É uma pena. Mesmo assim, recomendo a leitura, porque essa parte inicial é muito boa e muito importante. Ainda mais no atual governo brasileiro.

site: http://gettub.com.br/2019/01/10/vox/
12/02/2019minha estante
A melhor resenha até agora e mais justa do livro, analisada numa visão menos simplista do público.
Um livro raso. Divertido, mas raso.




Daniela Vicente 12/04/2021

Poderia ser melhor desenvolvido
A premissa do livro é incrível, no entanto não gostei muito da escrita, nem da forma como a história se desenvolveu. O final foi extremamente corrido e mal feito, poderia ter sido muito mais bem trabalhado. No geral, é um livro assustador e atual que mostra como o fanatismo religioso pode ser perigoso. Por diversos momentos fiquei agoniada com a humilhação que as mulheres foram impostas e me imaginei nesse mundo cruel e distópico, mas que não é tão distante da nossa realidade.
shamil.le 18/04/2021minha estante
Você entendeu o que realmente aconteceu com o Patrick? Eu n entendi, socorro kkkk




Thai 29/03/2021

É um livro ótimo, porem o final deixou varias lacunas e aparentava que a autora teve uma certa pressa para escrever as últimas páginas pois de repente virou uma história super corrida.
Rê Lima 29/03/2021minha estante
Exatamente o que senti!




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