Resenhas - Úrsula

Queridolivro0 18/11/2024

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Um romance triste porém real.
O livro nos apresenta uma época onde a escravidão e crueldade dos senhores de terra era dura realidade.A liberdade era um sonho à se realizar.

Tamara Ferraz.As3Artes 17/11/2024

Um livro necessário e importante
Quando comecei Úrsula não esperava muito da história, mas ao final da leitura percebi o quanto tinha gostado. Um ótimo livro, um romance que tem como pano de fundo a história do amor de Úrsula e Tancredo, mas que fala da escravidão e do povo escravizado. Os personagens negros ganham mais complexidade que os brancos, com falas em primeira pessoa, diferenciando da fala dos demais. Um livro necessário e importante para refletirmos as feridas profundas deixadas pela escravidão. O livro apresenta estratégias de folhetins, amor impossível, coincidências e incesto, como convinha à época. Vale a pena a leitura!

Naine 14/11/2024

Recomendo
Nossa que livro, me tocou de várias formas, gostei da edição que li foi muito bom a experiência fiquei muito curiosa ao longo da leitura

Jeane.Zardo 14/11/2024

Um livro que todo brasileiro deveria ler, o primeiro romance que trata da escravidão e escrito pela primeira romancista mulher brasileira negra. Há uma certa dificuldade em ler o livro por ser antigo e estar num português já não usado. Os personagens são bem desenvolvidos e os personagens negros da história são descritos com valores e virtudes, fugindo de estereótipos. O livro traz como pano de fundo o horror escravidão, as dores e sofrimentos dos escravizados.

Marcelle.TAcita 12/11/2024

Minha vontade é de correr doida como ela
Não consegui parar de ler. Romance próprio da geração romântica, regado de idealismo romântico, mas que perpassa também pela realidade escravocrata brasileira e e é isso, sem dúvidas, que dá profundidade a esse livro, e nos faz ficar grudados na leitura, além do suspense, claro. Que honra poder ler esse livro, da primeira romancista mulher e negra e ainda nordestina! Sem dúvida recomendo a leitura!

Josi 11/11/2024

?"Oh, a mente! Isso sim ninguém a pode escravizar!"?

Após descobrir uma terrível traição por parte da mulher amada e do pai, o jovem Tancredo, sofre um grave acidente e tem sua vida salva por Túlio, um rapaz escravizado, que o leva para ser tratado na casa de sua senhora, Luísa, uma mulher paralítica.

É lá que Tancredo conhece a doce e dedicada Úrsula, filha de Luísa, que passa a cuidar do jovem desconhecido com o mesmo desvelo que o faz com a mãe. Um amor puro e intenso surge entre os dois, o que desperta a ira do cruel e inescrupuloso comendador Fernando, tio da moça, que desenvolve um sentimento incestuoso pela sobrinha e usa de todos os meios para afastá-la de seu amado e tomá-la como esposa.

Com um sentimentalismo exacerbado e personagens idealizados, o enredo contém os exageros típicos do romantismo. O grande diferencial da obra está na abordagem sobre a escravidão. Ainda que os negros desempenhem papéis secundários ? embora fundamentais ? na trama, a autora tece críticas contundentes à escravidão em vários momentos da narrativa, problematizando a situação dos escravizados e dando voz a essas figuras, que verbalizam suas experiências e as injustiças de que são vítimas.

O texto acentua a lealdade e nobreza de caráter dos dois principais personagens negros, Túlio e Susana, o que serve para despertar a empatia do leitor, aproximando-o da dor e sofrimento dos cativos.

Assim, mesmo que o ponto central da trama esteja nos conflitos envolvendo personagens brancos, a narrativa traz a ousadia e o pioneirismo da autora em abordar em forma de denúncia o horror da escravidão, na época ainda vigente no país ? provável razão para o livro ter se mantido invisibilizado por mais de um século.

Apesar desse apagamento histórico, hoje Maria Firmina dos Reis é reconhecida como a primeira autora negra de que se tem notícia no país e sua principal obra é considerada uma das primeiras de teor abolicionista.

É uma história curta, bastante trágica e de uma forte e inesperada carga dramática. Mas, para um clássico, é relativamente fácil de ler. Vale muito a pena conhecer!

Biby007 09/11/2024

Úrsula - impressões
Li para realizar o vestibular, achei um livro leve e de grande importância social!!
Um dos primeiros livros publicados por uma autora negra, sendo um romance abolicionista, entretanto ao meu ver não tem enfoque nesse tema racial, traz apenas algumas falas sobre ambos serem iguais e humanos. Para mim foi um romance água com açúcar (que aliás gosto) mas não era o que esperava!
Os personagens negros (apenas 2) são coadjuvantes e objetos de socorro do salvador branco, no caso Tancredo que alforria um deles, tornando-se "amigos"
A culpa é minha de fazer projeções, tendo que levar em conta a época de lançamento e o escândalo que a obra proporcionaria
O livro também traz algumas pautas feminista, mas a protagonista ainda é uma menininha idealizada
A linguagem do livro e cheia de florações e descrições detalhadas

Desculpe qualquer erro gramatical :D

marcellinhaswift 07/11/2024

Opinião sobre úrsula
Eu achei que iria odiar mas até que gostei.. é um romance muito necessário e reflete os nuances da época em que foi escrita, contém um linguajar difícil mas dá para entender, na verdade só li porque preciso para uma prova de ensino técnico.

Não sou a maior fã de clássicos mas o que me capturou mesmo no livro foi o por trás da história e como a autora foi genial em abordar questões do Brasil colonial numa época tão machista e escravocrata. Ela teve muita coragem e não é à toa que é considerada a autora pioneira da causa.

No geral, 3.5 estrelas é a média de avaliação que consigo dar. ????

Nico 05/11/2024

Se é para ler livro antigo nas escolas, que o livro seja este.
Maria Firmina dos Reis, escritora injustiçada pelo mundo racista e machista em que viveu, finalmente começou a ter o reconhecimento que lhe foi negado por muito tempo.

>>Úrsula, seu romance e obra principal deste livro, traz de maneira muito interessante os ideia abolicionistas da autora. Por trás de uma história beeem clássica, daquelas que a gente se cansa no Ensino Médio, de um cara que se apaixona perdidamente por uma mocinha e estes ficam 237034927 horas declamando seu amor da forma mais chata possível, Firmina dos Reis consegue carregar as personagens negras de subjetividade e profundidade, colocando-os sob um olhar humano e sem normalizar a condição de escravidão, como era comum em sua época.

Além do personagem Túlio, que mostra nobreza e lealdade em todas as suas ações, temos também mãe Susana, que não só conta explicitamente como foi arrancada de sua terra natal e separada de sua família, também me lança essa aqui:

"É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos!"

Vamos ser justos. Para ter coragem de lançar essa em 1859, tem que ser braba.

O romance não é "uau, mudou minha vida" e sim, é bem chatinho em vários momentos. Toda a declaração de amor de 2 horas de Tancredo para Úrsula, os devaneios completamente aleatórios, além do próprio vocabulário antigo, é bem cansativo, mas para quem leu Senhora, Iracema e outros clássicos, o que é mais um, né?

Digo com gosto: se é para ler livro antigo nas escolas, que o livro seja este. Um livro de uma mulher negra (possivelmente a primeira da américa latina e, com certeza, a primeira do Brasil) que no século 19 teve coragem de escrever um romance dando voz a personagens negros complexos e interessantes.

>> Gupeva, que também vem nessa edição, inserido no "outras obras", não ganhou tanto meu carinho, porque além de tedioso, me pareceu muito confuso em alguns momentos. Ao contrário d'A Escrava, que me pareceu mais organizado e interessante de ler.

>> Agora, vamos às poesias, que me despertaram questionamentos. Algumas das poesias não me apeteceram. Carregadas de romantismo Brasileiro, um enaltecimento chato e exagerado do Brasil (porém, com um carinho específico pelo Nordeste, o que me alegrou um pouco) e tudo aquilo que o movimento literário pede... até começar a parte interessante.

Alguns de seus poemas, carregados de subjetividade, traziam desabafos, momentos de angústia, questionamentos sobre a vida e desejos proibidos.

Me perguntei, muitas vezes, se ali não estava uma história confessa de que Reis era uma pessoa queer. Por horas o eu lírico fazia confissões de amores proibidos, e declamava quase que explicitamente seu amor por pessoas do gênero feminino. Há uma passagem, em uma de suas poesias em que o eu lírico declara que dos homens "não os amo a nenhum". Cheguei a pesquisar sobre o assunto, mas não achei nada falando sobre o tema.

Acredito que, por ter ficado tanto tempo na obscuridade e tão recentemente seu trabalho ter sido reconhecido como uma obra abolicionista importante, talvez não tenha existido tempo para que outros aspectos da escrita de Reis fossem analisados com profundidade.

Não sou um acadêmico de literatura, sou apenas um leitor que, por ser queer, tem uma tendência a encontrar nuances que às vezes passam despercebidas ao olhar de quem não é. Mas gostaria muito de ver mais trabalhos, pesquisas e estudos sobre essas obras.

Para quem gosta de literatura nacional e gosta de conhecer clássicos, eu recomendo muito a leitura. É um livro necessário e um reconhecimento que custou a vir, de um dos nomes que eu espero que se torne cada vez mais conhecido no meio literário.

Max ð¤ 05/11/2024

Clássico né
Comecei com um tapa na cara de descrições e personagens e um romantismo ABSURDAMENTE explícito, mas o final... Ai, o final foi--- foi algo.
Não me leve a mal, não que eu tenha odiado o final, mas eu não sei, me pareceu mais uma remenda do que um final realmente (por mais que tenha sido bem servido)
enfim, não recomendo pra quem tá começando a ler clássicos, mas ainda assim recomendo só pela escrita deslumbrante

anneentrelivros 04/11/2024

Muitos não conhecem Maria Firmina dos Reis e sua obra pelo apagamento que esta sofreu ao longo da história da literatura nacional. Maria Firmina foi a primeira mulher negra a publicar um romance abolicionista. Este fato já conta bastante importância e relevância dela e de seu romance Úrsula para a literatura brasileira.

A narrativa vai contar duas narrativas que se cruzam, em primeiro plano, o romance entre Úrsula e Tancredo que é atravessado pelo vilão, o Comendador Fernando P. E a segunda narrativa que vai ilustrar as vidas de Túlio, preta Susana e Antero, escravizados que trabalham nas fazendas de Úrsula e Fernando.

Maria Firmina deu voz aos personagens negros, os tirando da invisibilidade e legando à eles o poder de contar suas próprias histórias e à partir destas, traçar uma crítica à barbárie cometida pelos colonizadores e escravagistas - principalmente na figura do cruel Fernando.

A grande importância dessa obra vem na ideia de ilustrar as consequências desse período tão cruel que resultou no racismo estrutural a qual tentamos erradicar nos dias atuais.

O Romance possui elementos reais e foi o primeiro do gênero que deu voz à pessoas negras, fazendo com que estas sejam vistas, ouvidas e enxergadas como seres humanos.

Explanando que os verdadeiros bárbaros foram os europeus que tiraram a liberdade e a humanidade dos negros apagando suas culturas e expropriando-lhes sua pátria.
Uma obra atemporal e necessária.

Jdelmanto 04/11/2024

Uma leitura essencial e obrigatória para qualquer brasileiro
O livro de Maria Firmina dos Reis é incrível por diversos motivos: ser o primeiro romance escrito por uma mulher (e negra) no Brasil império de 1859/60, ser um romance percursor do pensamento abolicionistas, alterar as lógicas da sociedade e criticá-las, dar voz e destaque para personagens negros até então (propositalmente) esquecidos pela literatura e história de nosso país.
O livro é lindíssimo e extremamente triste.
Única coisa que não me agradou muito (e por gosto pessoal) foram as interações românticas características (imagino) da literatura do período, pessoal se via e já morria de amores e afins.
Mas a obra como um todo é lindíssima e deveria ser mais lida e discutida.

Miriam172 03/11/2024

No início, parecia um romancezinho água com açúcar, mas depois que apareceu um certo vilão, as coisas me pareceram mais interessantes. O vilão me lembrou um pouco o Heathcliff, apesar de nesse livro ter uma redenção no final.

xxvvot12loona 30/10/2024

Babado
É uma obra que trata sobre amor, ódio, racismo, religião e questões sociais. O final e bem infeliz, mas nem todas as histórias terminam bem, né. Foi uma das primeiras obras a tratar sobre a questão escravagista no Brasil pela visão de uma pessoa negra, mas não qualquer uma, sim a (provável) primeira escritora negra brasileira. Maria Firmana dos Reis é a rainha da nossa literatura!

julinha1921 28/10/2024

Mais um livro que li e não me prendeu muito. Não é exatamente o tema que mais gosto de ler, acabei lendo por um trabalho de escola e, apesar da nota baixa, gostei mais do que esperava