spoiler visualizarthapark 20/10/2020
Este livro foi escrito por Viktor E. Frankl, sobrevivente de campos de concentração, e considerado pai da logoterapia - a terceira escola de doutrina terapêutica da psique humana -.
Dividido em duas partes, na primeira ele vai narrar características das três fases da psicologia de um homem no contexto da Segunda Guerra Mundial, ou seja, sobre a psicologia do homem quando da sua recepção no campo de concentração (primeira fase), durante seu aprisionamento (segunda fase) e quando recém liberto (terceira fase). Ele traz relatos surpreendentes de questões como: é possível se manter apático perante o horror e a barbárie vividos no campo de concentração; e como o amor pode ressignificar a vida de um prisioneiro.
Na segunda parte do livro, o autor explica a logoterapia, que parte do pressuposto de que a motivação primária do indivíduo é a busca de sentido, e não a busca pelo prazer ou prevenção à dor. Também vai esclarecer que este sentido pode se revelar a partir de três experiências: através do trabalho (criando um trabalho ou praticando um ato); através do amor (experimentando algo ou encontrando alguém), ou através do sofrimento (pela atitude que tomamos em relação ao sofrimento inevitável). Esta doutrina atribui ao próprio individuo a responsabilidade de suas ações, pontuando que diante da dor, culpa ou morte cabe apenas à própria pessoa transformar a dor numa conquista ou realização humana, retirar da culpa a oportunidade de mudar a si mesmo para melhor, ou fazer da transitoriedade da vida um incentivo para ações responsáveis.
Repleto de ensinamentos, destaco dois que me chamaram atenção:
1. Cada indivíduo é único e exclusivo, e não pode ser substituído ou representado, razão pela qual o que dá sentido à sua existência (e o que confere sua responsabilidade perante algo ou alguém) também é único.
2. Sobre a terra, só existem duas raças humanas. A raça das pessoas direitas e a das pessoas torpes. Ambas estão amplamente difundidas, e infiltradas em vários grupos.
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