Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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Renan GM 24/07/2020

Genialidade com muitas referências.
Thomas Mann... Aaaaah!
Essa novela alemã é uma das mais chocantes e profundas que podem existir.

Primeiro pelo título. Segundo pelo enredo. Terceiro pela evolução do personagem. E quarto pelo desfecho.

Sobre o livro e minha opinião:
Aschenbach (protagonista) é um artista. Famoso por obras literárias e poemas. Estava passando por uma crise criativa e resolve passear um pouco. Se depara com um cemitério e junto dele vê caminhando um senhor magro (vulgo feio, pela descrição do autor).

Aschenbach era um senhor de 50 anos, e vendo a figura do senhor perto do cemitério, resolve viajar. Primeiro vai a um país e resolve mudar a rota para Veneza.

Em Veneza ele se depara com um garoto loiro, corpo perfeito, etc. de 14 anos. E se apaixona por ele. Sim!
Um senhor de 50 anos apaixonado por alguém mais novo.

Em nenhum momento da história eles chegam a trocar palavras, apenas Aschenbach o admira de longe.

O protagonista chega a mudar os planos de suas dicas férias para perseguir o menino na suja, porém linda Veneza.

O título do livro faz jus a algo que apenas lendo para descobrir...

Só não dei 5 estrelas pois sou chato. 4,5 é minha avaliação.
Recomendo e muito essa leitura.

Resenha simples porém direta. Um dia conseguirei fazer melhores.
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Marcelo 26/12/2022

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Um dos livros mais conhecidos de Thomas Mann, Morte em Veneza chocou na época do seu lançamento por ser uma novela que aborda a homossexualidade de seu protagonista, o escritor Gustav Aschenbach descrita na paixão que este sente pelo jovem Tadizio. Mas conforme a escrita avança, essa questão mostra-se secundária à análise da obra, uma vez que nem sequer houve contato físico entre os dois personagens, estando o amor de Aschenbach por Tadzio no âmbito da idealização. A verdadeira atração de Gustav mostra-se ser pela beleza e perfeição do menino, o que fica evidente para o leitor, dentre outros motivos, na medida em que Tadzio é apresentado como ?o belo?.

Assim como nos demais livros do autor, Thomas Mann apresenta uma escrita complexa, profunda e densa. Em contraponto, o enredo é praticamente inexistente: um homem de meia-idade viaja até Veneza, apaixona-se platonicamente por um jovem rapaz polaco extremamente atraente. Apesar dos sinais de uma epidemia de cólera, que é ocultada pelas autoridades para não prejudicar o turismo, mas que lhe é revelada por um agente de viagens britânico, Aschenbach permanece em Veneza, sacrificando sua dignidade e bem-estar pela experiência imediata da beleza corporificada por Tadzio. Aschenbach fica em Veneza e vê os hóspedes e moradores deixarem a cidade, e morre sem sequer ter trocado uma palavra com Tizio, apenas pela paixão platônica pela beleza e juventude do jovem Tadzio.

É uma leitura que, apesar de curta, é densa e exige atenção, pois cada personagem, cada cena, cada acontecimento nas obras de Mann apresentam um mundo de possibilidades. Apesar disso, vale a leitura como primeiro contato com a obra de Thomas Mann.
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Derso 09/05/2023

Beleza e Contemplação
Toda vez que me deparo com um autor prolifico, tendo a ler os livros menores em tamanho destes antes de escalar uma montanha, algumas vezes isso não é possível se tratamos de um autor de uma única obra cujo volume já nos indica o tempo que iremos dedicar. Não é o caso de Thomas Mann, sua prolificidade deixou a nós leitores um bom acervo a ser explorado em que podemos escolher por onde começar.

Em “a morte em Veneza”, lemos a estória de Gustav von Aschenbach, um escritor idoso que está passando por uma crise criativa. Num dia, decide viajar pra Veneza e lá se apaixona platonicamente por um adolescente de 14 anos com o nome de Tadzio.

O enredo é simples, em termos de estória não há o que ser acrescentado para não correr o risco de spoiler, mas quem se atentar ao título já vai saber seu desfecho, a graça mesmo está nas discussões que o autor levanta e na forma do texto... O título já merece uma atenção especial, algumas traduções (como a edição que li) trazem o título sem o “a”, olhando o título original e pesquisando sobre o assunto fui informado que o título carrega um artigo masculino “der”, mas nem sempre haverá uma correspondência desse artigo da língua alemã para a língua portuguesa brasileira, isso significa que nem sempre o que é masculino em alemão será masculino em português brasileiro, isso permite que apontemos nomes de pessoas, estações do ano, mês, etc. Isso faz todo sentido, na novela, estamos nos referindo a morte, pois no ano de escrita, Veneza estava enfrentando um surto de cólera vitimando nativos e turistas, então temos um personagem que está indo a Veneza, e com quem ele vai se encontrar? O que significa que logo de cara Thomas Mann deixa claro o tom melancólico e reflexivo que vai adotar na narrativa, quando a tradução não compõe essa característica, acaba passando a impressão errônea de um romance policial em que há uma fatalidade à ser investigada.

O texto é narrado em terceira pessoa, mas notamos como que Thomas Mann dá um enfoque apenas no Aschenbach, como se fosse uma entidade a par dos pensamentos e emoções do protagonista atento a qualquer movimento brusco, o autor testemunha suas atitudes e as registra para que o leitor julgue por si as ações do personagem. Aschenbach fica obcecado com a beleza de Tadzio, chega á segui-lo, sabe onde o jovem vai estar e em qual horário estará. Olhando com um olhar contemporâneo, ficamos incomodados com tal atitude e de fato temos vontade de proteger Tadzio, afinal, ele está perto de um possível predador, não podemos descartar essa possibilidade, pois a pedofilia é uma discussão recorrente quando se fala na obra de Mann. Nos atendo ao tema, ele incita uma reflexão sobre a beleza artística, o autor concebe o protagonista com uma beleza apolínea, adepto da harmonia, ordem e disciplina; Veneza é dionísica, embora bela, cheiral mal e está contaminada por uma epidemia; já Tadzio é platônico, pois está sendo contemplado.

O livro tem parágrafos longos, isso pode assustar o leitor, mas aproveite cada palavra constantes nessas linhas, vemos ali a habilidade narrativa que Mann possuía, a erudição até dificulta avançarmos na leitura, mas não é nada de outro mundo, quando compreendemos o que está dito temos a oportunidade de apreciar a escrita do autor. Justamente nos parágrafos longo que reside as qualidades do texto, como a sabedoria de usar símbolos pra compor sua obra sempre lembrando ao leitor da forma como vai dirigir a narrativa sem interrompê-la, como os constantes prenúncios de morte que encontramos em vários trechos.

No final, ficamos com a impressão de que Mann mostrou do que ele é capaz e o que sua habilidade ainda faria, estou louco pra ler mias.

Precisei de ajuda pra escrever essa resenha, eis o que consultei:

INSTITUTO LING texto de Camila Salvá

NICOLAS NEVES do canal LAS HOJAS Y OTRAS HOJAS

BIBLIOTECA JOSÉ DE ALENCAR UFRJ texto de Victor da Hora e Edgard Corteletti

A EPIDEMIA DE CÓLERA EM “A MORTE EM VENEZA” DE THOMAS MANN de Denise Rocha

VER VENEZA E MORRER: BELEZA E DECADENCIA SOB OS ASPECTOS NARRATIVOS DE MORTE EM VENEZA DE THOMAS MANN de Wélica Cristina Duarte de Oliveira
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Walamo 18/06/2024

Cacura alemã obcecada por twink polaco culpa suposto deus grego Eros por pensamentos intrusivos e inapropriados.
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j.oao 04/08/2023

Facilmente entraria na categoria terror/ histórias de fantasmas. Lindo e assustador. Peguei nenhuma referência por não ter bagagem, mas cheguei no final atônito de boca aberta. Amei.
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Lucianalg 28/02/2021

Solidão
Um escritor de meia idade sofre de amor platônico por um jovem de 14 anos, entre o horror da imagem de um jovem ser seguido por esse homem e a descrição de uma linda Veneza ainda estou confusa.
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Jerba 05/04/2021

Tônio Kroeger e A morte em Veneza de Thomas Mann, ?????
morte em Veneza (1912), aqui na tradução de Herbert Caro, é uma das novelas exemplares da moderna literatura ocidental. A história do escritor Gustav von Aschenbach, que viaja a Veneza para descansar e lá se vê hipnotizado pela beleza do jovem polonês Tadzio, mais tarde daria origem ao notável filme homônimo do diretor italiano Luchino Visconti, de 1971. O volume traz ainda Tonio Kröger, narrativa de 1903 que Thomas Mann declarava ser uma de suas favoritas. A novela tem diversos traços autobiográficos e está centrada na relação entre artista e sociedade, um tema muito caro à obra de ficção do escritor, sobretudo nos primeiros trabalhos.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/07/2018

Rebuscado e prolixo, Thomas Mann é considerado um escritor difícil, porém, é inegável sua genialidade, premiada com o Nobel de Literatura.

Publicada em 1912, essa novela é um bom passaporte para conhecê-lo. Com cerca de cem páginas, ela gira em torno da forte atração que um famoso escritor, Gustave Aschenbach, desenvolve por um belo jovem, Tadzio, enquanto está se recuperando de uma estafa em Veneza.

Apesar da simplicidade do enredo, sua leitura permite diversas interpretações. A mais frequente, concerne ao conteúdo homoerótico. Nas páginas finais, o protagonista chega a evocar um pretenso diálogo à maneira socrática para justificar seu desejo, aliás, esse é um dos trechos mais conhecidos do autor.

Outra interpretação possível trata dos dilemas filosóficos de Aschenbach sob a influência do pensamento apolíneo-dionisíaco de Nietzsche, de quem Mann era confesso admirador. No entanto, o desenrolar dos acontecimentos também aponta para a decadência e morte, dois temas constantes em seus livros. Aliás, como o próprio título indica, a novela é o canto do cisne do protagonista em sua jornada rumo ao autoconhecimento.

Dois pontos merecem destaque: a preciosa descrição da cidade e o caráter autobiográfico da narrativa. Mann, filho de uma brasileira, escreveu a novela enquanto estava em Veneza e Tadzio foi inspirado numa pessoa real, hospedada no mesmo hotel que ele.

Não deixe de assistir ao filme homônimo, realizado em 1971 e dirigido por Luchino Visconti. Com pequenas diferenças, Aschenbach é músico, além de muito bem realizado, a trilha sonora de Gustav Mahler cai sob medida.
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Catharina 29/03/2023

Obsessão
Um escritor cansado e sem criatividade para sua nova obra decide dar um tempo de tudo para viajar para Veneza, onde encontra um belo garoto jovem que chama sua atenção por conta de suas atitudes despreocupadas de adolescente que admiravam-no pois sempre fora um homem muito rígido consigo mesmo. Essa admiração rapidamente vira uma obsessão doentia que começa a inspira-lo a escrever novamente, mas a história não fica por aí - ele começa a seguir o garoto na rua, ir na missa para vê-lo, ir na praia, no restaurante? fazia tudo que podia. A escrita é repetitiva e a história seria muito melhor se fosse um conto.
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Cdmm 11/04/2020

Elegante
A escrita é completamente de acordo com o personagem principal. Um belo retrato de época e de classe social, no entanto, perturbador.
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Filippe 23/01/2022

Necessita de atenção para que seja digerido bem
Logo na introdução do livro é notado o tipo de linguagem rebuscada e extremamente prolixa, que mesmo se tratando de uma obra tão curta pode eventualmente gerar cansaço em sua leitura. Contudo o personagem principal tem tantas ideias sobre o mundo, a vida e especialmente a beleza e o desejo que faz com que, por mais prolixo que o autor seja, o resultado é um campo fértil.

Recomendo a leitura para leitores mais experientes e apesar de curto, não indico como uma leitura rápida e de forma despropositada e sim para quem está disposto a pensar sobre estética, desejo e obsessão.
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Pedro 20/05/2020

Burrice?
Tive uma péssima experiência com o livro. Achei a leitura muito complexa em demasiados momentos, com detalhes em exacerbação, e talvez tenha sido um dos poucos livros que tive a sensação de ser burro, ao terminar. Hahaha

Após terminar o livro fui me aventurar em uns vídeos no YouTube sobre o mesmo e descobri que várias pessoas que o leram notaram simbolismos diversos, conexões freudianas a respeito da sua relação com o seu desejo profundo e eu não consegui ter essa relação em nem 1% com o livro.

Não sei se fui eu que li errado e fui burro, ou se o livro realmente não é do meu feitio. Hahahahah
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Felipe 24/01/2011

Um clássico, com uma história de amor particular
Thomas Mann é desconhecido para a maioria dos leitores brasileiros do século XXI, no entanto, ele é considerado por muitos um dos maiores escritores do século XX. Tanto que em 1921 recebeu o Nobel de Literatura. O que mais nos liga a ele é o fato de sua mãe ser brasileira, o que já justificaria para nós, brasileiros, a leitura de sua obra. Apesar de sua literatura ter muito de autobiografia, ele não cita suas raízes brasileira em nenhum momento.
Segundo alguns, Mann tinha orientação homossexual que era fortemente reprimida devido a época em que vivia, e tentava por meio de sua literatura lidar com isto. Não é diferente em “Morte em Veneza”. A trama é uma história de amor, platônico, mas amor em essência. O personagem principal é Gustav von Aschenbach um escritor alemão, como Mann, muito aclamado, como Mann, que decide passar as férias em Veneza. Lá ele se apaixona por um rapaz polonês mesmo sem nunca ter falado com ele, e decide escrever um livro neste tempo em que passa em Veneza e está apaixonado.
As coincidências com a vida real não podem ser ignoradas, Mann escreveu “Morte em Veneza” justamente em um período de férias na cidade italiana, no mesmo hotel em que o personagem de sua novela se hospeda. Mas a literatura supera a realidade, na novela de Mann Veneza passa por um surto de cólera, e Aschenbach sabe que o governo italiano tenta esconder os fatos dos turistas. Porém, ele decide ficar em Veneza, mesmo sabendo do risco que isto significava, apenas para ficar perto de seu amado com quem nunca trocou uma palavra.
Apesar do livro ser uma linda história de amor, em um dos melhores cenários possíveis para isto, ele parece datado da primeira metade do século XX em sua linguagem, ao contrário de outros clássicos que não tem este viés. É um pouco difícil e cansativo acompanhar a narrativa de Mann, e apesar de o livro ser curto, a sua leitura é num pouco demorada e árdua, mas vale a pena conhecer a literatura de Mann, apesar de tudo.
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