Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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Jaguatirica 24/10/2018

Paixão desesperada e busca incessante
Uma história breve, envolvente, triste, que incomoda a todo instante, mas não nos permite larga-la. Nos será contado, em terceira pessoa, o fascínio do escritor Gustav von Aschenbach e seu declínio ao apaixonar-se platonicamente pelo jovem Tadzio. O "platonismo", aliás, será tema recorrente, além das diversas referências ligadas à mitologia grega.
Aschenbach é um escritor renomado, que trabalhou duro a vida inteira, sem se permitir descanso ou lazer. Não teve juventude. Não experimentou prazeres externos. Se dedicou apenas à escrita e à poesia. Mas quando envelheceu, e já alcançara um patamar de reconhecimento gigantesco, sonho de qualquer artista, Aschenbach se vê sem inspiração, travado na mesmice. Ele escreve sobre o belo, mas deseja mais. Deseja encontrar uma inspiração inédita.
Após algumas complicações ele está em Veneza e lá se depara com Tadzio. Para o homem, que carecia de inspiração, aquele moço carregava toda a beleza que nunca conseguira reproduzir em palavras; carregava a força da juventude e vigor que ele mesmo não tivera. Ali estava, segundo ele, o próprio Eros, o Belo, o Caos, a personificação de toda arte e beleza existente. O deus, o tudo. E Aschenbach rui aos poucos nessa paixão desesperadora. É capaz dos cenários mais ridículos para perseguir o Belo. O Narcisismo, o Ego e da busca de sentidos. Se seu ardor o consumia, então ele deixava-se queimar. O homem encontrara em Tadzio a perfeição que nunca tivera e a graça que sempre lhe foi privada desde a infância, devido a rotina de trabalho duro. Lembrando que, por diversas vezes, ele compara sua aparência velha ao do rapaz, jovial, como se sofresse pela decadência que o tempo lhe causou e lamentasse a própria feiura. Também pareceu sentir uma leve satisfação quando contemplou a saúde frágil do jovem. "Ele não chegará à velhice". Dizia isso como que tivesse medo de ser "superado" até mesmo nisso, na idade. Ego ferido? Talvez.

"Assim, o escritor perturbado não tinha outro pensamento ou desejo a não ser perseguir sem descanso o objeto que o inflamava, sonhar com ele em sua ausência e, à maneira dos amantes, dirigir palavras de ternura até mesmo à sua simples sombra."

Mas tudo tem um preço, e o fim da história me pegou de surpresa. Foi abrupto, embora não inesperado. Livro lindo. História para se extrair os mais diversos temas.
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Wenderson 02/03/2019

Razoavel.
Nesse livro vêmos como o amor/paixão deixar as pessoas idiotas e até impulsivas. Gostei. Mas n é algo q leria de novo.
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doc leão 18/12/2019

Pedofilia enrustida com disfarce erudito.
Dei 3 estrelas pela qualidade literária. Embora a história seja monótona e longamente descritiva, tem o mérito de esbanjar uma linguagem bem elaborada. Seu grande pecado é a descrição pormenorizada de um sentimento pedofílico. É grotesca a atração de um escritor de mais de 50 anos por um garoto que ainda brinca de fazer castelos na areia. Não há o que elogiar nesta temática e não adianta argumentos pseudo-intelectuais, justificando que a atração do adulto é pela beleza e não pelo corpo. Segmentos do texto em sua parte final evidenciam que há uma expectativa carnal em tudo isso. Na verdade, da beleza idealizada, para o ato sexual físico existe menos que uma tênue linha. Preferências tão abjetas talvez fossem aceitáveis para a cultura da época, entretanto uma obra como esta, se fosse lançada nos dias de hoje seria (muito apropriadamente) execrada... ou não. De 0 a 10 dei 10 pela forma literária e 0 para a temática. Assim: média 5.
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Patricia 18/02/2020

Meu primeiro livro do autor
Foi o primeiro livro que li do autor. No começo, estava achando a escrita um pouco complexa e estava quase desistindo. Porém, persisti e me surpreendi. Um livro com muitas frases para destacar. Pretendo reler, e recomendo!
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Rafaela 11/04/2020

Morte em Veneza é a história de Gustav von Aschenbach, um escritor de sucesso e sobre sua estadia na cidade de Veneza. Livro bem escrito, com belas frases, mas a obsesso de um adulto por um adolescente incomoda.
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Aline 13/01/2021

Reflexivo
Leitura muito agradável. A escrita não é simples, mas é fluida. O enredo em si não é o ponto alto do livro e sim as reflexões (que gostei muito) sobre arte, ócio, beleza e o caminho de vida dos artistas. Quero ler outros livros do autor. Ele parece captar muitos pontos de congruência da natureza/comportamento humano que a princípio pareciam ser individuais, mas aparentemente são universais. Recomendo esse livro.
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Tony 14/01/2021

É um bom livro, cria-se expectativas mas (quem leu sabe)...
Para o ano que foi lançado, eu chamaria esse livro de audacioso. Eu nem posso falar muito aqui pois posso dar margem pra idéias erradas, portanto, prefiro me limitar a dizer que é um livro realmente corajoso pra época.
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Igor.Porfirio 22/04/2021

A história é narrada de uma forma muito lenta e com linguagem rebuscada. A trama não é muito instigante e um pouco confusa, o narrador por vezes é arrogante e tem episódios de reificar o seu redor. Não gostei do protagonista querer ter uma criança daquela forma para si e também não gostei do final abrupto, por mais que tenha entendido o significado.
2 estrelas pela idoneidade do autor em detalhar a forma que trata o amante e pela riqueza de detalhes da cidade que se passa.
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viawnexz 15/06/2021

Romances clássicos têm seus charmes
Morte em Veneza foi um livro curto que demorei um pouco pra ler por conta da linguagem sofisticada utilizada pelo autor, o que eu amo muito pois transparece uma arte e uma beleza terrível nos dilemas de Gustav, e, vamos ser sinceros, a linguagem sofisticada deixa a narrativa muito linda. Mesmo que retrate uma história trágica.

Eu gostei do livro, é perfeito para ler em viagens ou até mesmo quando se está apaixonado(a) por alguém. Pois representa a pior consequência de amar alguém e não demonstrá-lo enquanto há tempo.

Ame e demonstre antes que seja tarde.
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Julio.Argibay 17/08/2021

Siroco
Morte em Veneza ? Thomas Mann, autor de: A montanha mágica. Começamos nossa resenha descrevendo nosso protagonista, Gustav Aschenbach, ou von Aschenbach, é um sujeito normal de meia idade, já grisalho, escritor, que teve uma criação solicitaria, pois estudou em casa desde criança. Em seguida temos um relato sobre a vida do protagonista e outros aspectos sobre suas interações sociais. Num dado momento ele decide sair de férias. Então, ele viaja para a Grécia, não gosta muito de onde estava, ele segue para Veneza. Assim que ele chega ao seu destino, Aschenbach aluga uma gôndola e não teve uma boa relação com o gondoleiro, mas afinal de contas conseguiu chegar ao hotel. No saguão ele acompanha um grupo de jovens e uma governanta. Ele fica ali analisando os modos deles e se interessa pela aparência de um dos jovens. Aschenbach desce para a praia, lá ele responde algumas correspondências, ler um livro, admira o mar e percebe a presença do jovem que brinca com os seus amigos na areia e contempla o rapaz. Ele decide ir a Praça de São Marcos, mas não gostou do passeio, das pessoas, dos odores e do calor que o deixa doente, então ele decide voltar para o hotel e procurar um lugar melhor para curtir suas férias. Há outros lugares para ver o mar, ele pensa. O senhor grisalho de testa alta, no caminho para a estação de trem, já se encontrava arrependido de sua decisão, pois pela segunda vez desiste da cidade, devido ao seu estado físico frágil. Já na estação ele eh informado de que sua bagagem já tinha sido despachada, mas ele é informado de que foi enviada para o destino errado. Então, ele se vê contente por ter que voltar ao hotel, até ter de volta seus pertences. O jovem, Tadzio, depois de alguns dias, começa a passar muito próximo dele na praia, desnecessariamente até. Houve algumas trocas de olhares  e até um sorriso entre eles. Em certo dia, o escritor persegue o jovem pelas vielas e becos de Veneza. Paralelo a paixão do escritor, temos uma pandemia em curso na cidade, a quase revelia dos estrangeiros na cidade, mas o escritor suspeita, contudo seu amor pelo jovem não permite deixar Veneza. Ele consegue informações de que a pandemia é o cólera indiano. Enquanto o pânico fazia com que os estrangeiros deixassem a cidade, ele apaixonado, só tinha olhos para o jovem. Num dia qualquer, ele persegue a turma de poloneses pelos becos e praças de Veneza. O jovem consciente de sua presença o procura entre os transeuntes. Na praia, num dia comum, ele observa o jovem na praia, mas esse dia foi um diferente... Considerações: eu achei um livro interessante e fora do senso comum. Um tema bastante controverso, eh claro. Como pano de fundo, o autor novamente escreve sobre algum tipo de mal, pandêmico, que atinge a localidade.
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