Camila Felicio 27/10/2023
O livro gótico que revolucionou a cultura pop!
Sem Stocker não existiria mil fábulas, lendas e atributos que hoje são impostos aos vampiros: força de 20 homens, pavor a alho e óstia, ser queimado no crucifixo o evitar a luz do sol, tudo existe graças ao sucesso de Stocker.
Se Drácula não foi o primeiro vampiro literário (Carmilla é anterior) sendo escrito quase ao apagar das luzes do período vitoriano, foi a obra que cultura pop abraçou e chamou de seu, graças à ele tivemos mil filmes, muitos jogos de rpg, séries, animes (Castlevania que junta Dracula e Carmilla com seu harém).. Se dia 31/10 muitos estarão vestidos com seus dentes de protase, sangue na boca e uma capa preta, agradeçam a Stocker.
O livro trata o monstro pelo monstro, ainda que nos conte seu passado guerreiro ,de forma breve, sabemos que o Conde provinha da família Drakul (Dracula), voivodas (uma forma de príncipe) da Valáquia (sul da atual Romênia) e que havia guerreado contra os turcos durante as intensas incursões turcas no leste europeu, sendo um herói nacional, ainda que extremamente cruel e sanguinário, sem citar nomes (até por saber que Vlad era herói em seu país) Stocker cria a lenda!! Se antes o povo romeno ficou chateado e ofendido hoje deve festejar, lembro-me de uma bio sobre Vlad Tepes que mencionava a obra de Stocker e que se antes existia ofensa ao roubo do herói, hoje deveria imperar o agradecimento pelo ressurgimento da imagem da personalidade histórica e o incremento de turismo em seu castelo, que gera boa quantidade de dinheiro a um país com imensos problemas sociais.
Sem tempo para romance, diferente da versão de Coppola, vemos através de cartas, entradas de diários e reportagens, o pavor que o Conde seja através de névoa, seja usando lobos, seja como morcego ou transpassando ambientes causa em Londres, e o desfecho raivoso que ocorre em terras romenas, onde 4 homens vão em defesa de Mina, bem ao estilo de um resgate do cavaleirismo medieval, a pobre Wilhemina, que mesmo sendo doce, esconde uma força importante e uma energia linda!
Ponto positivo para Van Helsing, se ninguém tem nada a ver com o filme do Coppola, digo que ao meu ver, Anthony Hopkins deu a vida no filme, porque literalmente até aquele humorzinho temperado, o tragicômico de Van Helsing esteve muito bem presentado por ele!
Vale super a leitura!! Atemporal!