Natália 15/03/2010Pode parecer loucura, mas desde o começo simpatizei com Lúcia. Apesar da situação em que se encontrava, a mulher nunca se deixou abater. Odiava seu corpo, odiava ser quem era, mas não se o odiava mais além do que não suportava seus amantes. E então, Paulo apareceu sem sua vida.
Durante toda a leitura, perguntei várias vezes a mim mesma porquê este é um clássico, porquê as pessoas o consideram tanto! E apenas nas últimas páginas entendi: não houve um final feliz. Pelo contrário, foi trágico, porém real.
Lúcia, como disse Paulo tantas vezes, foi um anjo! Carregou sua própria cruz sozinha, o tempo todo, e nem com seu amor dividiu. Como pôde suportar? Nem a própria entende como não enlouqueceu. Admiro-a, respeito-a. Tiro meu chapéu para esta mulher.