O Devorador de Sonhos

O Devorador de Sonhos Gordon Dahlquist




Resenhas - O Devorador de Sonhos


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Coruja 23/07/2014

Como esse mês é de férias (não para mim, mas...), o tema do meu desafio corujesco é (háhá) um livro grande. É, eu sei, eu sou hilariante... Enfim, diante desse tema, escolhi tirar da minha estante as 650 páginas de O Devorador de Sonhos, que consegui através de alguma troca e que peguei mais por causa do título – que me chamou a atenção – que por saber qualquer coisa da história.

Os três primeiros capítulos apresentam cada um dos heróis da trama – a ingênua senhorita Temple, o Cardeal Chang e o médico Albert Svenson – cada qual numa linha paralela de acontecimentos que se centram em torno de uma misteriosa festa, até convergirem no Hotel Boniface e na grande intriga que pode bem resultar em dominação mundial que é o cerne de toda a história.

A primeira coisa que tenho a dizer é que toda a galeria de personagens desse livro – dos mocinhos aos vilões – é fascinante. Confesso que não gostei muito de Celeste Temple porque algumas atitudes dela me parecem forçadas e um bocado contraditórias, mas Chang e Svenson são diferentes e extremamente interessantes. Da longa galeria de vilões, você tem com que se servir à vontade: cientistas malucos, lordes depravados, condessas maquiavélicas...

A idéia da história é muito boa, com experimentos científicos em torno de uma substância e processo capazes de controlar totalmente a vontade de qualquer pessoa – o que leva a uma tentativa de golpe no melhor estilo Pink e Cérebro, com um duque irmão da Rainha Vitória pronto a assumir o Conselho de Estado, mais um príncipe de ascendência alemã que seria o primeiro passo no controle de todas as casas reais européias.

O grande problema de O Devorador de Sonhos é que ele é longo... longuíssimo. Há muita coisa que podia ter sido cortada, que podia ter sido enxuta – da forma como a coisa está, tudo acontece ao mesmo tempo, a narrativa é manobrada por uma demasia de coincidências que não apenas soam forçadas, como acabam por criar uma série de contradições.

Eu cheguei ao final do livro sem entender como depois de tudo aquilo o autor ainda precisava de mais dois volumes para continuar a história, especialmente a se considerar a forma como o livro acaba. Que mais outros conflitos à altura daquele confronto final o cara ainda conseguiria escrever???

De uma forma geral, eu gostei da idéia do livro, mas tenho a impressão de que ela perdeu o rumo em algum ponto. Existe um punhado de personagens bastante carismáticos e cheios de presença (eu realmente, REALMENTE adorei o Chang e o Svenson) e uma série de boas idéias; mas em vez de se prender a um caminho e desenvolvê-lo bem, o autor juntou tudo de uma forma tão convoluta que você acaba por se perder – você tem um romance gótico, uma aventura detetivesca, uma ficção científica, uma intriga política, uma boa dose de erotismo e de misticismo e mais um sem número de sub-gêneros soltos pelo meio.

É realmente uma pena. Uma boa revisão teria enxugado uma parte das tramas e deixaria o livro muito mais acessível. Da forma como está, contudo, ele só consegue ser extremamente cansativo...

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2014/07/desafio-corujesco-o-devorador-de-sonhos.html
Helder 09/09/2018minha estante
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Léia Saturno 04/01/2023minha estante
Poxa, eu acabei comprando a segunda edição do livro (que o autor frisou funcionar como independente) mas fiquei perdida e com vontade de ler o primeiro. Agora desanimei kkk


Coruja 08/01/2023minha estante
Acontece? mas, assim, cada gosto é um gosto; eu daria pelo menos uma folheada no primeiro - veja se não tem amostra gratuita do ebook, e assim você tira por si a prova dos nove e vê se quer enfrentar o tamanho pelo entender a história. Como você já leu o segundo volume, talvez ajude na compreensão




Stephanie 03/07/2013

“Uma emocionante aventura vitoriana!”

Foi isso o que eu pensei, pelo menos, lendo a contracapa de O Devorador de Sonhos.

Apesar dos famosos “Valores Vitorianos”, da miséria e da podridão de Londres durante o reinado da Rainha Vitória, essa era consegue exercer um fascínio muito grande nas pessoas. Foi uma época de mudanças, especialmente tecnológicas, de uma literatura envolvente, da opressão de uma moral tão severa que uma cultura de valores totalmente opostos se solidificou, escondida – e de vestidos tãoooo lindinhos.

O Devorador de Sonhos tem de tudo isso um pouco.

A srta. Temple é nossa intrépida dama vitoriana que, depois da rejeição do noivo, resolve bancar a detetive e segui-lo até uma festa que a deixa em contato, eventualmente (umas 170 páginas adentro) com outros dois tipos exóticos: Cardeal Chang, um assassino de aluguel que descobre que seu alvo morreu antes mesmo dele chegar lá; e Dr. Svenson, médico de um príncipe germânico que tenta – mas falha miseravelmente – manter seu protegido longe de problemas. Unidos por uma conspiração que persegue ao trio, esse grupo precisa desvendar uma conspiração e muitos crimes.


O steampunk fica por conta de uns dos vários mistérios do livro, sob o qual eu não vou falar mais porque a história é do tipo que, se contar mais, estraga. Não, estraga MESMO: eu só li a contra capa e as orelhas antes de começar o livro, e a cada página eu estou mais intrigada. Poisé, não terminei de ler, e na página 200, não estou nem perto de chegar na metade (faz a gente se sentir um pouco menos pior por ter desembolsado 73 contos por ele), mas até aí tem tantos segredos, que acho que já teria soltado várias revelações se houvesse lido mais. Detalhe: essas 200 páginas foram lidas em um dia. O livro é envolvente mesmo.

O Devorador de Sonhos se divide por capítulos do ponto de vista dos personagens, muitas vezes repetindo o mesmo encontro ou evento de várias facetas diferentes, e é impressionante como isso funciona. Graças ao passado dos personagens, muitas vezes um detalhe só é revelado sob um outro olhar. A srta. Temple, por exemplo, é um tanto ingênua, embora corajosa, e não entende muito da situação. Assim, seus capítulos são vagos e ambíguos sobre o que ela está presenciando. Já o cardeal e o doutor são bem mais perspicazes, mas cada um tem um defeito que deixa a história ainda mais complicada: o cardeal é quase cego, dado a um golpe de chicote no rosto, e o doutor, por ser estrangeiro, não tem suporte algum dentro da cidade (além de ser atrapalhado, despreparado para situações de risco e combate e morrer de medo de alturas).

Apesar dos defeitos, cada personagem tem também uma qualidade única, além de serem todos curiosos o suficiente para serem colocados em apuros: Dr. Svenson tem suas habilidades médicas e científicas, Cardeal Chang é um exímio lutador, e a srta. Temple tem sua honestidade como principal arma: apesar de inocente, ela é a personagem que conseguiu enganar a todos porque ninguém esperava uma jovem provinciana mergulhada em investigações e mistérios (que ela entrou totalmente por acaso!).

Eu não costumo ler livros com personagens principais femininas, como vocês podem ver dando uma olhadela nas minhas outras resenhas, porque o que mais se vê hoje em dia são chick-lits disfarçados de mistérios, fantasias e outros tipos de literatura. Nada contra o gênero em particular, mas eu prefiro minhas aventuras menos melosas, e a srta. Temple me surpreendeu. Ela é bem o tipo daquela personagem ingênua e certinha, mas com um ar espirituoso, que costuma ser irritante. Apesar disso, ela conseguiu se virar muito bem na situação que ela mesma se colocou, se revelando uma personagem forte e decidida. Suas indagações quanto ao motivo do seu pretendente tê-la abandonado, assim como sua empolgação com a perseguição, são tão engraçados! Ela realmente coloriu o livro pra mim e se mostrou, até agora, como minha personagem favorita.

É realmente um livro surpreendente que está me deixando curiosíssima, embora o valor tenha sido um pouco caro… (me senti roubada pela Saraiva!)


site: http://www.fantasticaficcao.com.br/
Alexandre 26/02/2014minha estante
To na pagina 100 e to amando,fazia muito tempo que um livro não prendia assim,comprei o meu tem uns 10 dias e paguei R$5,25 na Americanas


Jessica 25/01/2015minha estante
oi Stephanie... vi q esse é o livro 01. Ele termina sem um desfecho?




Helder 17/01/2012

Livro maluco
Este é um livro completamente estranho e não consigo definir qual o seu publico. Uma mistura de livro de época com ficção cientifica e livro de aventuras. Pela maluquice da estória que beira o surreal, poderia ser um livro infanto juvenil, mas existem partes um pouco picantes demais para este publico. A descrição dos cenários que nos leva ao século XIX pode parecer um romance histórico, mas o autor pega todos estes estereótipos e coloca num liquidificador.
Não é um livro fácil de ler, talvez até pela maneira que o autor encontrou para narrar os fatos. Cada capitulo é narrado por um dos protagonistas, e às vezes eles se cruzam, então vemos a mesma cena por visões diferentes, mas como cada capitulo é enorme (por volta de 60 paginas) , as vezes nem nos lembramos mais do que tinha ocorrido. Se os capítulos fossem mais curtos e misturassem as desventuras dos protagonistas, acho que este livro seria um verdadeiro “vira-paginas”, pois a estória é totalmente maluca e não para um instante.
No inicio conhecemos a Srta Temple, uma típica mocinha vitoriana que foi abandonada pelo namorado. Não se conformando com o termino do romance via um simples bilhete, ela resolve seguir o seu amado, e acaba indo parar numa casa muito estranha, cheia de pessoas mascaradas onde mulheres são submetidas a uma estranha experiência. O que seria aquilo?
Temos também o Cardeal Chang, um matador cruel que vai parar na mesma casa atendendo a uma morte encomendada, mas acaba encontrando seu alvo já morto. Depois, recebe uma encomenda de encontrar uma estranha mulher de botas verdes.
E por fim o Dr Svenson, medico alemão protetor de um príncipe que só se mete em confusões, e que está completamente envolvido com um novo experimento cientifico que nos permite entrar na cabeça de outras pessoas através de cartões de vidros. Qual a importância do principe neste esquema?
Acho que até a metade do livro não temos a mínima noção do que está acontecendo e nossos heróis improváveis parecem estar lutando contra nada. Porém, como o coiote do Papa Léguas, eles nunca morrem, e cada vez vão atrapalhando mais os planos dos vilões. E haja vilões!!
São tantos, que parece que o livro inteiro está contra os três.
Além disso, parece que o livro inteiro sabe o que está acontecendo, menos eles. E para nós, as informações vão chegando em conta gotas.
E será que aquela nova experiência é assim algo tão ruim mesmo? Muitos que estão passando por ela, parecem estar adorando.
Mexendo com fetiches e cheios de cenários surreais, em casa com espelhos falsos , hotéis Vitorianos, prostibulos, príncipes, mocinhas, quadros eróticos, laboratórios secretos, portas atrás de cortinas, mulheres de vidro, dirigíveis, carruagens, pistolas, sabres, espartilhos e cartolas, e muito suspense, o livro vai deixando a imaginação correr solta.
Se estiver a fim de se entregar, vai encontrar uma boa diversão.
Se quiser saber como tudo aquilo foi criado, como os laboratórios foram feitos, etc, vai morrer louco.
Portanto, se tiver um grande tempo vago, vá se encontrar com o Devorador de Sonhos.
Lane 14/10/2012minha estante
Gostei da sua resenha e concordo, o livro tem algumas coinscidências convincentes demais para os herois, além de muita sorte, rs!




Tatiane 18/08/2011

Um bom editor faz toda diferença
Na orelha o autor diz que teve um sonho e começou a escrever este livro sem saber onde a estória o levaria. É, percebe-se.
Este livro é o exemplo perfeito de uma idéia original, bastante promissora, mal utilizada por alguém que não sabe escrever e que tem um editor negligente.
Metade deste livro deveria ter sido descartado, são parágrafos e mais parágarfos repetitivos, totalmente desnecessários e altamente maçantes.
Fica bastante clara a inabilidade do autor em conduzir três personagens distintos, chega a misturar a personalidade de dois deles em determinado momento. E a estrutura criada para contar a estória sob três prismas diferentes não funciona. Você é obrigado a revisitar períodos longos demais e isso é muito cansativo. Mas não dá pra colocar toda a culpa no escritor, ele se esforça e deixa a aventura interessante, mas é inábil na estrutura, coisa que devia ter sido notada pelo seu editor. Um bom trabalho de editoração teria feito deste um bom livro.
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Lane 14/10/2012

O devorador de Sonhos
O livro soa com uma premissa original, completamente oposta a qualquer clichê que a maioria dos livros propõe.

Ambientado em Londres, na época vitoriana do século XIX, o autor Gordon Dahlquist tirou vantagem na condição da sociedade que considerava naquela época os códigos morais mais importantes que os sentimentos.

A sexualidade era sublimada, as emoções reprimidas, e o período eram de instabilidade na politica e a aristocracia dividia o seu poder com a burguesia. Com bastante esmero, devo acrescentar, ele conseguiu criar uma história intrigante, bastante interessante e excitante, cheia de perspectivas e diferentes personagens.

Não consegui classificar o livro em uma categoria específica, ele contém muitos elementos os quais eu aprecio muito: mistério, ficção científica, fantasia, aventura, ação, suspense erótico e elementos góticos, tudo isso somado ao ambiente histórico.

A escrita do autor é minuciosa, ele não tem medo de reunir adjetivos reproduzidos, seu vocabulário é maravilhoso e sua narrativa adorável, entretanto minha crítica para este livro vai por ele ser longo demais.

Mas o que se pode esperar quando se pega um livro com mais de 650 páginas pra ler? Bem, o mínimo uma boa história sem descrições desnecessárias e excessivamente detalhadas, 40% deste livro deveria ser editado.

A estrutura dos capítulos é feita através das perspectivas dos três protagonistas, e isso é algo que eu gosto bastante, porém se estendeu demais e ficou repetitivo.

No meio do livro eu já estava exausta pela leitura, apesar da história inspirar minha curiosidade, e foi a partir daí que eu comecei a ficar descrente e a duvidar se o padrão formidável do inicio do livro seria preservado até o final.

A quantidade de vilões aumentaram consideravelmente durante a leitura, seus nomes e sobrenomes contribuindo para a minha confusão e aumentando o meu ceticismo. As coisas não eram explicadas de forma satisfatória, o que constantemente me colocava na condição de estar impenetrável na trama.

As motivações dos vilões eram incompreensíveis pra mim, às dinâmicas dos suspeitos os colocavam uns contra os outros, perdi as contas de quantos assassinatos teve na história, até tentei tomar nota mentalmente, no entanto desisti porque já estava estressada e, portanto, no meu limite já quase desistindo da leitura.

Por várias vezes cheguei a me questionar se o autor iria conseguir controlar a odisseia turbulenta, cheia de reviravoltas inesperadas da história, no entanto, foi aí que me surpreendi e ele conseguiu me reviver.

Gordon Dahlquist é dramaturgo e depois de saber sobre isso foi que compreendi o motivo dele esmagar o leitor em descrições exaustivas, para depois proporcionar a liberação de suas emoções. Afinal de contas, o livro, este livro fala sobre emoções!

Há um projeto maligno sendo executado, e que permeia todo o mistério do livro, algo que codifica as emoções das pessoas e todas as suas experiências e por trás deste plano existem pessoas ambiciosas e gananciosas, como políticos, donos de indústrias, membros do governo, oficiais militares do alto escalão e aristocratas.

O projeto envolve o domínio das mentes das pessoas e tem âmbito para todas as nações, mais ou menos, considerando todos os aspectos é como o que os políticos fazem para manipularem nossas emoções prejudicando a razão, jogando os medos e receios embora a fim de nos convencer que seguindo os seus planos estaremos seguros.

As pessoas presas na moralidade da época são seduzidas, suas memórias ocultas são despertadas e aprisionadas dentro de um livro de vidro e elas atingem um nível elevado do seu ser depois de passarem por um processo que as transformam libertando suas emoções.

O livro de vidro é mortal. O fascínio que ele proporciona tem efeito emocional muito grande em pessoas alienadas de sentimentos. Ele libera ondas de prazer e não diluí as emoções, os sentimentos são explorados com mais profundidade.

Entretanto, todas as pessoas que passam pelo processo não têm bons interesses no coração, e os vilões deste livro sabem disso e por isso fomentam suas metas.

A conspiração que envolve este projeto é simplesmente fascinante!

A história possui três personagens principais que são os heróis da trama e vários vilões que a alimentam de maneira extraordinária.

O enredo é complexo, repleto de intrigas, fugas e perseguições, cada detalhe é importante.

São tantos os detalhes que nos distraem e nos confunde, que o leitor se torna expectador de uma história com vários acontecimentos que fica difícil lembrar-se de tudo depois.

Celeste Temple, a Srta. Temple é uma moça – não tão jovem assim- solteira e de boa educação, que possui um pouco de dinheiro, herdado pelo pai. Sem motivação aparente ela recebe um bilhete no café da manhã, com um pedido formal de rompimento de noivado pelo seu noivo Roger Bascombe. Orgulhosa e muito mimada, a Srta. Temple decide investigar os motivos que levaram seu noivo a romper com ela.

Cardeal Chang é um assassino de aluguel que usa um casaco vermelho e tem consigo cicatrizes nos olhos causados por uma chicotada dada por um jovem aristocrata na infância, o que dá a ele uma aparência asiática. Sua imagem desfigurada causa receio nas pessoas, mas suas atividades profissionais ocasiona medo. No entanto por trás dessa imagem hostil esconde um homem sensível que gosta de ler poesia. Chang foi contratado para matar uma pessoa.

Dr° Abelardo Swenson é um médico do exército alemão, ligado a uma missão diplomática que tem como sua principal responsabilidade ser babá do príncipe –nefasto- herdeiro do ducado de Macklenburg. O príncipe esta de casamento marcado com Lidia Vandaariff.

A trama se desenvolve a partir de um bizarro baile de máscaras em uma mansão – Harschmort - onde os três protagonistas estiveram presentes, e cada um é envolvido despretensiosamente num esquema excêntrico de suspeitas. De súbito, eles não se encontram na mansão, contudo posteriormente os três são enlaçados pelo perigo de morte.

*Quando os três ficam juntos, pra mim foi o melhor momento na trama.

Os personagens, em especial os protagonistas me ganharam por serem tão antagonistas. Eles transmitem uma forma simultânea com as suas fragilidades emocionais que delimita cada um. Todos eles perderam alguém que amava.

A Srta. Temple querendo resolver uma questão que poderia ter decidido se afastar facilmente, Chang que por força das circunstancias é obrigado a se proteger para sobreviver e o Dr° Swenson que acredita que tem uma responsabilidade com seu país.

Eles não sabem, mas eles também passam pelo processo de transformação, sem experimentarem diretamente os elementos de alquimia (a tal argila indiga), que faz o processo que ataca as memórias das pessoas e controlam suas mentes, fazendo-as ficar tipo fantoches.

*O meu personagem favorito foi a Srta. Temple porque ela literalmente sucumbe aos seus sentimentos, ela faz as coisas com receio dos outros a acharem fraca, e quando se vê completamente quebrada diante dos seus companheiros, ela simplesmente decide provar a si mesma que não é fraca.

Eu achei o livro muito original, e como conclusão eu gostei da leitura. Os personagens –heróis e vilões- são divertidos e bem agradáveis o que fez aumentar a verossimilhanças das circunstancias descritas. O autor conseguiu soar tudo como verdadeiro, apesar do gênero pouco comum.

*O final é triste, porém eu fiquei animada porque tem o segundo volume e descobri que é uma trilogia.

A leitura não é para todos os públicos, porque o livro não é fácil de ser lido. Acredito que com o tempo e por causa da quantidade de páginas as pessoas desistirão de ler este livro e consequentemente, este será um livro que será encontrado somente em sebos.


Avaliei com 4 estrelas. (por causa da edição!)
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Zana 30/03/2012

Luz, Câmara, Ação: O Devorador de Sonhos, de Gordon Dahlquist!

O Devorador de Sonhos, de Gordon Dahlquist, possui um enredo inusitado, uma mistura de cenário surreal, alquimia, experimentos científicos, concepção futurista, e, de forma inesperada, ambientado no século passado.

A história de 'O Devorador de Sonhos' gira em torno de três personagens centrais: Celeste Temple - uma mulher abandonada sem explicação pelo noivo, e que devido a isso resolve investigar; Cardeal Chang - um assassino contratado para matar um homem, e ao tentar cumprir sua missão descobre que alguém já o tinha feito antes dele. Sem confiar em quem o contratou, parte em busca de quem antecipou seus passos tentando desvendar o mistério; Doutor Svenson – médico militar, anfitrião e guardião de um príncipe. Indivíduos isolados, que em ocasiões normais, caso cruzassem na rua, nem dignariam uma troca de olhares, mas que levados pelas circunstâncias e por seus atos aleatórios terminam formando um trio improvável, transformando-se em oponentes formidáveis de uma quadrilha sinistra e de um processo diabólico que tem implicações funestas sobre a mente humana.

Toda a história é desenrolada através de ação contínua e incessante. Luz, Câmara, Ação: mistério, suspense, perigo, perseguição, libertinagem, perversão, violência, assassinato, planos diabólicos e mirabolantes, configurando cenas dignas de uma produção cinematográfica.

Um romance bastante original, tanto na concepção do seu enredo, quanto na forma de escrita desenvolvida pelo autor. Como a história consiste um desenrolar de ações, o autor, construiu cada capitulo através da narração e visão de um dos protagonistas. Desta forma, o mesmo momento é descrito sob a ótica de cada personagem, assinalando a vivencia de cada um na cena descrita e sob o ponto de vista de sua participação.

Os capítulos são longos com parágrafos demasiadamente extensos. Por isso, é preciso ficar atento, muitas vezes, se faz necessário um retrocesso na leitura com objetivo de não se perder o fio da meada. Os mistérios do livro não são explicados de forma simplista, são apenas mostrados no decorrer dos acontecimentos. Algumas passagens do livro se mostram absolutamente desnecessárias, o autor se perde em descrições detalhistas e sem sentido como o momento em que a personagem Celeste Temple toma chá enquanto aguarda uma altercação com seu algoz. No exemplo citado, o autor descreve até a forma como a personagem digere o alimento.

A meu ver, o livro deveria ser mais enxuto, para não cair no risco de se tornar maçante. Não obstante, o enredo e o desenrolar acelerado terminam não deixando que seja rotulado assim. É uma boa história, mas que sem sombra de dúvida cairia melhor em cenas visuais, dentro de um filme de ação. Não aplico cinco estrelas porque, como na maioria dos filmes de ficção que se apresenta em várias partes, o final acaba deixando uma sensação de suspensão ou de algo inacabado. Confira e forme sua opinião!

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Ju 05/09/2015

Ação do começo ao fim
Incrívelmente te pondo dentro do mundo fictício criado, o livro te leva e te faz perder o fôlego com cenas de ação em boa parte do livro. Porém, com um final não tão empolgante.
Mesmo assim, recomendado a leitores assíduos que se importam com o conteúdo total e não apenas com um final.
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