Luciana Mara 24/09/2010O terceiro livro da saga conta a história de Zsadist, o irmão mais casca dura e fechadão da Irmandade da Adaga Negra, e de Bella, a vampira sequestrada no final de Amante Eterno.
Z. está desesperado. Mesmo após seis semanas de desaparecimento ele não aceita que Bella esteja morta e continua procurando-a. E eu fiquei louca junto com ele. Esperava que ele a encontrasse logo e o romance começasse rápido. A espera só foi menor do que a do retorno do Edward em Lua Nova.
Bella estava sob poder do Sr. O, um redutor que a toma como esposa. E só contando os fins, mas não os meios para não soltar spoilers demais, os irmãos surgem para libertá-la. Z. se arrisca, mas a resgata. Ela estava toda machucada. Seus olhos estavam... Sinto uma sensação ruim só de lembrar (irgh...).
Ele a leva para casa e cuida dela (a cena da banheira foi ótima!). Não conseguindo enxergar, ela grita e acorda todos na mansão da Irmandade. Eles entram no quarto e se deparam com uma situação constrangedora. Z. está como veio ao mundo (ui) aos pés da cama. Por não confiarem nele, os irmãos acham melhor transferi-la para o quarto de hospedes perto do quarto de Phury, irmão gêmeo de Z e bem mais simpático, racional e domesticado (detalhe: desde Amante Eterno se sabe que o Phury tem uma queda pela Bella, OMG!). Mas ela não se dá por satisfeita. Escondida, volta para o quarto de Zsadist e alega que precisa dele (safadona). Mas ele não admite tocar e nem ser tocado por ninguém. Ele se sente impuro e indigno. Todas as suas lembranças o atormentam e durante o livro conhecemos toda sua história e enfim compreendemos o porquê de seu jeito carrancudo e introspectivo. Pela Virgem Escriba, quanto sofrimento e desespero! Z. foi roubado de seus pais quando bebê e tornou-se escravo de sangue de uma vampira que além de tudo abusava dele (daquele jeito mesmo que vocês estão pensando).
Assim, enquanto Bella está de quatro por Zsadist e ele por ela, ele tenta empurrá-la para o irmão dele. Impressionante como os relacionamentos podem ser complicados. Porém, eles não resistem. E aí tem aquelas cenas para maiores de 21 anos, como nos dois primeiros livros, ou seja, este também é aquele tipo de livro para ler com inclinação menor que 90 graus.
Desta forma, a história gira em torno das inúmeras declarações da Bella e das fugidas do Z., a procura desesperada do Sr. O por Bella, a caça dos redutores pelos membros da Irmandade, as viagens de Phury em meio a fumaça vermelha de seu ‘cigarro’, a introdução de novos personagens como Revh, irmão de Bella e protagonista de Amante Vingado - livro 7, e a exploração de outros já conhecidos como John (protagonista de Amante meu - livro 8). Deparei com uma morte desnecessária e morri de rir com o estado interessante pelo qual as fêmeas passam em seu período fértil e do comportamento dos machos nestes episódios (esse negócio de macho e fêmea ainda me incomoda). E para as mais românticas, há uma grande surpresa do final, que fica mais fofa ainda quando se lê o texto do Compêndio (livro lançado após o volume 6, não resisti e li esta história em e-book. Quem quiser é só pedir).
E a declaração no final? Fofíssima!
Admito que, mais do que se derreter por aquele vampiro imenso, com tatuagens em forma de algemas nos pulsos e no pescoço (que identifica seu passado obscuro), uma imensa cicatriz no rosto que deforma seus lábios (fora as várias outras nas costas), e piercings nos mamilos e orelhas (feitos por ele mesmo – e sem anestesia, claro) várias vezes me dava mesmo é vontade de pegá-lo no colo e o consolar. Definitivamente Z. é o meu irmão preferido.
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