Carta a D.

Carta a D. André Gorz
André Gorz
André Gorz
André Gorz




Resenhas - Carta a D.


138 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


@retratodaleitora 15/06/2018

Uma história de amor e dedicação
André Gorz foi um filósofo austro-francês, também conhecido pelo pseudônimo Michel Bosquet no meio jornalístico. Gorz foi um grande teórico político e defendia causas trabalhistas com sua postura existencialista-marxista. Gorz fez um pacto de suicídio com sua esposa Dorine em 2007; um ano antes, ele lhe escreveu uma carta de amor.

Nesta carta a Dorine, André Gorz conta desde o início sobre como se conheceram e sobre a época, no pós-guerra. Dorine, desde o primeiro momento, sempre esteve ao seu lado. Enfrentaram juntos o desemprego, e ela permaneceu por perto nos surtos criativos de Gorz em sua escrita, como também nos de escassez. Ela permaneceu mesmo quando ele se refugiava em silêncio, no apartamento miúdo que alugavam. Enfim, Dorine, uma mulher extrovertida e muito inteligente, ficou ao seu lado em todos os momentos. Mas, em suas obras, o autor quase nunca mencionava a esposa, e quando o fazia, em suas palavras, não lhe dava a devida atenção, sua ajuda no processo de escrita, suas leituras e cuidado... Essa carta foi também uma reflexão sobre isso, quem sabe um pedido de desculpas.

Gorz e Dorine viveram momentos intensos, e passaram juntos por diversas fases. Um não saberia (e não queriam) viver longe do outro, eles eram melhores amigos, tinham um amor bonito, uma relação baseada em muita confiança, em admiração e afeto. Eles se amavam. Como poderiam ver o outro partir? Eles, enquanto vivessem, viveriam um pelo outro. E assim foi.

Em 2007, depois de ver sua linda e amada Dorine presa a uma cama perdendo cada vez mais suas forças devido a uma grave doença, o casal resolve dar um fim aquilo, e se suicidam.

____

Esse livro é lindo! O autor não se utiliza de frases prontas, a escrita é nua e fluida, e ele vai contando em pouquíssimas páginas seus anos ao lado dela, e também seu processo de escrita e vida jornalística. Não é um livro para se debulhar em lágrimas, como esperava que fosse, mas ainda assim um livro que mostra o comprometimento e dedicação de uma vida inteira entre duas pessoas que se amavam profundamente. É um livro lindo, e recomendo muitíssimo!

Nota: 4,5/5

site: https://www.instagram.com/p/BkDDi15HrKk/?taken-by=umaleitoravorazblog
Lilian 15/06/2018minha estante
Esse livro é lindo. Não sei como resenhar.




umalivraria 29/06/2018

Resenha @umalivraria - #resenhasdaelay
❝Já faz cinquenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher.❞

Pureza¹
2. Virtude do que não tem maldade, nem malícia; candura, sinceridade.

É assim que inicio a resenha de “Carta a D.”, uma verdadeira declaração de amor que André fez para Dorine, sua companheira em 58 anos de amor. Eles se conheceram em meio a uma intensidade de coisas e percebemos durante essas histórias contadas por André, o quanto Dorine é essencial em sua vida.

Ela é sua âncora, a mulher que o deixa sem palavras, mesmo quando se tem muito a dizer. Foram anos de alegrias e dificuldades, mostrando que casais que possuem um amor tão grande assim, também passam por momentos difíceis.

O autor mostra na obra, que sua paixão por “D”, mesmo após tanto tempo. Em alguns momentos, ele cita situações políticas que aconteceram na época, coisas que marcaram a vida do casal.

Percebemos durante a leitura, que o intuito do livro é realmente que esses sentimentos sejam gravamos e jamais esquecidos, lidos por todos. É uma obra delicada, fluída e inspiradora.


site: https://www.instagram.com/umalivraria/
comentários(0)comente



Julia G 12/07/2018

Carta a D.
Embora já tivesse visto um exemplar de Carta a D. História de um amor na edição da Cosac Naify, não tinha muita ideia sobre quem era André Gorz ou sobre o que o livro tratava. Quando recebi em casa uma cortesia da Companhia das Letras, em nova edição, simples, mas extremamente bonita, como uma caixinha externa que dá um toque todo especial, senti minha curiosidade aumentar.

A leitura é bastante curta, mas carregada de sentimentos. Trata-se de um livro fininho e em tamanho menor que o comum, por isso, embora tenha mais de 100 páginas, provavelmente não teria 50 em um tamanho normal. Isso não significa que seja superficial, porque o relato de André Gorz é extremamente sincero e ele despe sua alma de uma forma como poucos homens têm coragem de fazer.

"O capítulo deveria marcar a principal reviravolta da minha vida. Deveria mostrar como o meu amor por você - ou melhor, a descoberta do meu amor por você - por fim me levaria a querer existir; deveria mostrar como a minha relação amorosa com você iria se tornar a razão de uma conversão existencial."

Gorz foi um filósofo austríaco, radicado na França, que se tornou conhecido por suas reflexões sobre sociedade e existencialismo. Embora seu trabalho e seu pensamento político estejam nítidos em Carta a D., eles estão longe de ser o ponto principal da obra. O livro é dedicado a Dorine, esposa do autor, e ele tenta refletir nessas poucas páginas o quanto sua mulher foi importante para ele, não só em relação ao que ele sentia, mas no quanto ele dependeu dela para ser o que era.

O autor conseguiu mostrar, ao narrar a vida dos dois desde que se conheceram, o quanto sua perspectiva de vida foi influenciada por Dorine, a única mulher que amou. É claro que nem tudo era perfeito, afinal se trata de uma história e de um depoimento real, mas foi no comum que esse amor foi construído. Um relacionamento que durou quase 60 anos sem dúvidas foi construído com muita parceria, amizade e amor.

"A base sobre a qual a nossa relação se erguia mudou no curso desses anos; nosso relacionamento se tornou o filtro pelo qual passava minha relação com o real."

Gorz consegue mostrar também que, embora o nome em cada trabalho fosse o dele, na verdade tudo o que fazia era vinculado a Dorine. Era ela quem lhe dava suporte, quem lhe trazia reflexões e lhe fazia ver por outras perspectivas. Tanto que, sem a esposa, ele não viu mais sentido em viver. Dorine e Andre abdicaram da vida juntos, em 2007, um ano depois da publicação desse livro.

site: https://conjuntodaobra.blogspot.com/2018/06/carta-d-andre-gorz.html
comentários(0)comente



Diane Ramos 13/07/2018

CARTA A D - HISTÓRIA DE UM AMOR (André Gorz)
Sabe aquela expressão que diz que tamanho não é documento? Então, Carta a D - História de Um Amor representa muito bem essa questão, por se tratar de um livro bem pequenino, com pouco mais de 100 páginas, mas que tem um conteúdo tão emocionante, sensível e carregado de sentimento que é capaz de desbancar qualquer livro grandalhão por aí... Quando a Companhia das Letras me enviou esse exemplar nunca imaginaria que me tocaria tanto e não exagero quando digo que foi uma baita surpresa!
O livro é escrito em forma de uma carta do autor a sua esposa, onde já está sendo considerado uma das declarações de amor mais conhecidas e emocionantes de nosso tempo, este livro é também uma afirmação comovente de companheirismo entre duas pessoas apaixonadas."Você está para fazer 82 anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que 45 quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz 58 anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca." Assim André Gorz inicia sua carta de amor a Dorine, mulher ao lado de quem ele passou a vida e que há alguns anos sofria de uma doença degenerativa incurável.
Como um dos principais filósofos do pós-guerra francês, Gorz escreveu inúmeros livros influentes, mas nenhuma de suas obras será tão amplamente lida e lembrada quanto esta carta simples e bela, em que ele rememora tanto a história de companheirismo, amor e militância do casal como a trajetória intelectual que percorreram juntos.Um ano após a publicação de Carta a D., um bilhete encontrado na casa onde moravam fez as vezes de pós-escrito à narrativa: André e Dorine tiraram a própria vida juntos, numa renúncia comovente a viver sozinhos.

Carta a D - História de Um Amor é escrito em forma de uma carta do autor André Gorz para sua amada esposa Dorine e, na minha humilde opinião, sem dúvida esse livro é uma das maiores demonstrações de amor e, por se tratar de uma história real, tudo fica mais emocionante e sensível e mostra muito sobre companheirismo e amor verdadeiro. Além de uma belíssima história de amor, a obra tem também alto teor histórico, já que a história do casal se confunde com a própria história da França. É muito interessante acompanhar como André e Dorine passaram juntos pelos momentos mais relevantes do país, e como a atuação política de ambos se entrelaça à relação amorosa entre eles.
Carta a D - História de Um Amor foi seu último livro, escrito em homenagem a sua esposa Dorine, com quem viveu por quase sessenta anos. Acho que podemos considerá-lo uma carta de amor e também uma carta de despedida. Nele, André Gorz faz uma análise de toda sua vida, relembrando os momentos mais difíceis e importantes de sua carreira apenas para constatar que nada do que fez ou produziu teria sido possível sem sua esposa, e que talvez ele não tenha dito isso com todas as letras em seus trabalhos. Ficamos sabendo como os dois se conheceram, de como ele se sentia em relação ao mundo e à sua família, ressaltando essa relação de amor e de companheirismo que se estabeleceu entre os dois no decorrer de suas vidas. E ficamos sabendo também que Dorine teve um papel fundamental em toda a produção teórica, filosófica e política desse autor, tendo o encorajado durante toda sua vida.
A edição da Companhia das Letras está simplesmente belíssima, com direito a caixinha externa que dá um toque especial e enche os olhos de qualquer colecionador de livros. Os demais detalhes são bem simples, mas, combinam e condiz com a proposta do livro. Gostaria de falar mais e mais dessa obra tão especial, mas, creio se me estendesse muito por aqui poderia estragar a leitura de vocês, acho que o mais legal de tudo é deixar que esse pequeno livro te surpreenda sozinho, então, aqui deixo meu apelo: Leiam, por favor, leiam!


site: http://coisasdediane.blogspot.com.br/
@retratodaleitora 13/07/2018minha estante
Esse livro é muuito amor mesmo




Camila Lobo 13/07/2018

Resenha: Carta a D. (Por Livros Incríveis)
Uma das declarações de amor mais conhecidas e emocionantes de nosso tempo, este livro é também uma afirmação comovente de companheirismo entre duas pessoas apaixonadas."Você está para fazer 82 anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que 45 quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz 58 anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca." Assim André Gorz inicia sua carta de amor a Dorine, mulher ao lado de quem ele passou a vida e que há alguns anos sofria de uma doença degenerativa incurável.
Como um dos principais filósofos do pós-guerra francês, Gorz escreveu inúmeros livros influentes, mas nenhuma de suas obras será tão amplamente lida e lembrada quanto esta carta simples e bela, em que ele rememora tanto a história de companheirismo, amor e militância do casal como a trajetória intelectual que percorreram juntos.Um ano após a publicação de Carta a D., um bilhete encontrado na casa onde moravam fez as vezes de pós-escrito à narrativa: André e Dorine tiraram a própria vida juntos, numa renúncia comovente a viver sozinhos.

Quando a editora Companhia das Letras avisou que enviaria este livro ao blog, fiquei um tanto curiosa. Afinal, eu não conhecia o autor, nem nunca tinha ouvido falar da obra, que segundo a sinopse, trata-se de "Uma das declarações de amor mais conhecidas e emocionantes de nosso tempo". Ao chegar, fiquei de coração mole. Um livro miudinho, dentro de uma caixinha rosa choque em formato de carta. O livro, dentro, rosa claro e estampando uma foto do casal.
Como a sinopse diz, André Gorz foi um grande filósofo do pós-guerra francês. Por trás dele, Dorine, uma mulher fantástica, que infelizmente veio a ser acometida por uma doença degenerativa.
A história de ambos pode terminar de forma feliz ou trágica, depende do ponto de vista, já que ambos, já idosos, resolvem cometer suicídio juntos.

Essa é uma carta de mais ou menos 100 páginas, dedicada à história dos dois juntos. Relato apaixonado, Gorz percorre todo o caminho desde que ele e Dorine se conheceram, em momento conturbado, e como eles parecem virar um só, sendo companheiros para a vida inteira. Todas as dificuldades são narradas, com o autor sempre enfatizando o suporte dado por Dorine.
A partir da metade do livro, porém, conforme a carreira de Gorz como escritor alavanca, ele passa a dedicar muitas páginas também a política e ao ponto de vista dos dois, tornando-se bem interessante para quem gosta do assunto e quer lê-lo de forma intimista. Apesar disso, por ser uma carta à esposa, ele nunca esquece de mencioná-la.

Confesso que achei que a doença degenerativa de Dorine fosse ser abordada ao longo de todo livro, mas isso não acontece. Estranhei e fiquei um pouco incomodada com isso, porque é um ponto da história do casal que me interessou, mas tal motivo é explicado ao leitor quando André Gorz passa a versar sobre: a doença a acometeu muitos anos a frente.

Portanto, Carta à D. trata-se de um relato não ficcional cheio de intimidade e tanto pessoal, onde é possível que o leitor sinta o amor em cada palavra, podendo sentir-se tocado sobre como uma relação precisa, além do amor, de extrema cumplicidade.

Leia mais resenhas em:

site: https://porlivrosincriveis.blogspot.com/2018/07/resenha-carta-d-andre-gorz.html
comentários(0)comente



Desireé (@UpLiterario) 21/07/2018

Mais que uma simples carta de amor. (@UpLiterario)
Carta a D é um relato emotivo, intenso e, por vezes, melancólico da bela história de amor entre André Gorz e Dorine. Como forma de se redimir pela construção imperfeita de Dorine, presente em seus antigos textos, André Gorz nos conta como o amor deles mudou sua vida, desde o momento em que a conheceu.
.
"Eu escrevo para entender o que vivi, o que vivemos juntos."
.
"Com você, eu podia deixar de férias a minha realidade."
.
Suas palavras dançam pelas páginas, retratando memórias, anseios e seus pensamentos mais profundos, revirados e analisados sob uma ótica mais madura e realista, sem apegos aos receios da juventude. Pela narrativa do marido, Dorine se mostra uma mulher forte, determinada, amigável e a melhor companheira que o escritor poderia ter. Ela entendia os altos e baixos da vida de um escritor e jamais deixou de manifestar seu total apoio à profissão e à paixão do marido pela escrita.
.
"Até onde consigo lembrar, eu sempre procurei não existir. Você deve ter trabalhado anos a fio até me fazer assumir minha existência."
.
Uma ode singela e belíssima sobre uma vida comum e ao mesmo tempo incrível, de um amor que foi mais forte do que as amarras sociais, os preceitos doutrinários, os empecilhos teóricos e os percalços da vida adulta.
.
"Eu não posso me imaginar escrevendo se você não mais existir. Você é o essencial sem o qual todo o resto, importante apenas porque você existe, perderá o sentido e a importância."
.
Uma obra memorável que aquece a alma em tempos ruins. Recomendo!
.
Um último adendo: Dorine sofria de uma doença degenerativa incurável. Em 2007, depois de quase 60 anos vivendo juntos, André Gorz e Dorine se suicidaram.

site: www.instagram.com/upliterario
comentários(0)comente



Ane 22/07/2018

Particularmente eu gosto bastante de biografias. Gosto de conhecer as histórias de outras pessoas e de aprender um pouco com elas, seja através de suas alegrias ou tristezas. Por esse motivo quando recebi a Carta a D. de André Gorz, pseudônimo do filósofo austro-francês Gérard Horst, fiquei encantada com a premissa da obra. Afinal, nada mais delicado e poético do que uma carta de amor. Porém, logo na primeira página percebi que antes de ser de fato uma declaração de amor, a Carta a D. era um pedido de desculpas de um homem que só pareceu se dar conta do que sentia por sua esposa ao final da vida de ambos.

Além disso, fiquei com a sensação que a todo momento Gorz se esforça para convencer não somente a si mesmo, mas qualquer um que venha a ler sua obra que seus sentimentos e sua relação com Dorine está acima do que consideramos um relacionamento “normal” que muitas vezes seus argumentos acabam por contradizê-lo. Outro ponto é que não acabe a mim ou ao qualquer outro leitor julgar a forma como Gorz e Dorine mantinham a sua relação. É perceptível que da forma deles, eles se amavam e tiveram um relacionamento cheio de altos e baixos, mas acima de tudo do que para eles era amor, respeito e companheirismo.

A Carta a D. é uma leitura fluida, mas que decepciona um pouco quem espera encontrar em suas páginas um relato mais romântico. Embora André Gorz consiga passar a mensagem que tinha em mente se desculpando com Dorine por não ter mostrado ao mundo o quanto ela era importante em sua vida durante os anos de casamento, faltou ao filósofo, ao menos em meu ponto de vista ter encontrado uma forma mais terna e até mesmo simplista de dizer, - eu te amo.

Resenha completa no blog:

site: https://goo.gl/wsNLtJ
comentários(0)comente



Fernanda 03/08/2018

Carta a D.
Resenha disponível no blog:

http://modoliterario.blogspot.com/2018/08/resenha-carta-d-andre-gorz-companhia.html

site: http://modoliterario.blogspot.com/2018/08/resenha-carta-d-andre-gorz-companhia.html
comentários(0)comente



Laís 09/08/2018

[#resenhamaniadelivro] Carta a D. – André Gorz
[#resenhamaniadelivro] Carta a D. – André Gorz

André Gorz (um dos pseudônimos adotado por Gerhart Hirsch) foi um escritor, jornalista e filosofo austríaco-francês. No ano de 2006, ano anterior a sua morte, André escreveu “Carta a D.”, uma homenagem a sua esposa Dorine, que sofria de uma séria doença degenerativa que havia avançado para câncer.

Com as suas apenas 112 páginas, a carta só serve pra deixar a gente com gostinho de “quero mais”. Foi assim que eu me senti – querendo entender melhor o relacionamento deles, o porquê ele parecia tão culpado ao escrever tais palavras, entender como a Dorine, que pareceu ser uma mulher tão a frente, ao mesmo tempo parecia ser tão resignada.

O “livro” é uma carta de amor, mas não é só amor que a gente encontra nele. André também conta um pouquinho sobre o contexto social em que viviam, fala bastante sobre a sua vida em particular, como chegou a se tornar, de fato, escritor e, claro, fala também sobre o seu relacionamento com Dorine, tanto a parte boa como a triste.

Difícil julgar uma carta dessas porque, sendo uma demonstração de amor, não cabe à gente decidir o que está certo ou errado. Eu só gostaria que ele tivesse falado mais sobre a Dorine, de fato. Quis conhecer mais essa mulher que pareceu ser uma verdadeira luz por onde passava. Em minha opinião, faltou colocar mais dela no texto, trazer mais dessa personalidade que ele tanto amava.

André e Dorine foram encontrados mortos em 2007 por uma amiga do casal. Ambos cometeram suicídio pois um não imaginava viver sem o outro. Que intenso! É legal conhecer a história do casal, mas acho bacana também a gente tomar cuidado em relação a romantizar o suicídio.

Decidi não dar nota nesse livro em especial justamente por ser uma carta de amor. Eu não me emocionei como pensei que aconteceria, mas o amor é singular demais pra gente classificar.

-Livro cedido em parceria com a Companhia das Letras.

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
comentários(0)comente



Beta Oliveira 30/08/2018

O design que lembra uma carta faz com que ele pareça delicado e algo a ser preservado e entrega o principal sentimento deste livro: uma intensa, profunda e inigualável história de amor entre duas pessoas que pareciam destinadas a se encontrarem. Sem mundo cor de rosa, sem fofurices. A narrativa de André deixa bem claro que ele não teria sido quem foi sem Dorine. Gostei da experiencia de ver como este sentimento – que inspira tantas histórias, livros e músicas – foi vivido de forma tão plena por duas pessoas reais

O texto completo está no Literatura de Mulherzinha.

site: http://livroaguacomacucar.blogspot.com/2018/08/cap-1499-carta-d-historia-de-um-amor.html
comentários(0)comente



naoemprestolivros 17/09/2018

Carta para D. não é o tipo de livro que me chamaria a atenção, não sou nada cult. E assumo ter dificuldade com a escrita. ?? ?? ?
?? ?? ?
Porém não poderia deixar jamais de ler uma das maiores e mais famosas declarações de amor. O livro na verdade é uma carta com pouco mais de 100 páginas, escrita por André Gorz para su amada esposa Dorine, que sofria de uma doença degenerativa.
?? ?? ? ?? ?? ?
Nela conhecemos o desenvolvimento da história de amor e militância que eles viveram e da renúncia final, ao negarem viver um sem o outro.
?? ?? ? ?? ?? ?
O livro/carta ainda traz muito contexto histórico e filosófico, uma vez que Gorz é um dos principais filósofos pós-guerra francês. ??
comentários(0)comente



Maria - Blog Pétalas de Liberdade 03/10/2018

André Gorz foi um filósofo e escritor. Filho de pai judeu, foi enviado pela família da Áustria para a Suíça durante a Segunda Guerra Mundial. Depois, se mudou para a França. No livro, ele conta como conheceu Dorine, como decidiram se casar, como passaram por dificuldades nos primeiros anos, Gorz fala sobre seu trabalho como escritor, sobre a saúde da esposa que foi se debilitando por causa de uma doença degenerativa incurável, mas fala principalmente sobre seu amor e sua admiração por Dorine.

Em 2007, cerca de um ano após a publicação de Carta a D., André e Dorine, ambos com mais de oitenta anos, se suicidaram juntos, pois um não queria ter que viver sem o outro.

Sendo o autor um filósofo, ele coloca algumas reflexões filosóficas na obra. Sendo uma carta de Gorz para sua esposa, é um livro bem curtinho e que pode ser lido em poucas horas. Eu tinha receio de me debulhar em lágrimas com essa leitura, mas não cheguei a esse ponto, talvez pelo fato de ser um livro breve para relatar a história de um casal que viveu mais de oitenta anos.

Ainda assim, há momentos bem fortes na trama, como quando Dorine quis aprender alemão, e Gorz disse "'Não quero você aprenda nem uma palavra dessa língua (...) Nunca mais vou falar alemão'" (página 57), algo compreensível para quem viveu a perseguição nazista contra o seu povo. É interessante observar as menções aos períodos históricos que o casal vivenciou, e eu adoraria ler uma biografia dos dois.

Igualmente interessante é ler os elogios que Gorz faz à esposa. Poder envelhecer ainda amando e sendo amado, ainda sentindo aquela necessidade de estar ao lado da pessoa amada, sem dúvidas é uma dádiva.

Na edição da Companhia das Letras, o livro vem dentro de uma espécie de caixa, cujo nome acredito ser luva, e tem um tamanho menor que as edições normais. A capa traz uma foto do autor e sua esposa. Não encontrei erros de revisão. As páginas são amareladas, a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho.
"Estou atento à sua presença como estive desde o início, e gostaria de fazê-la sentir isso. Você me deu toda sua vida e tudo de si, e eu gostaria de poder lhe dar tudo de mim durante o tempo que nos resta.
Você acabou de fazer oitenta e dois anos. Continua bela, graciosa e desejável. Faz cinquenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. Recentemente, eu me apaixonei por você mais uma vez, e sinto em mim, de novo, um vazio devorador, que só o meu corpo estreitado contra o meu pode preencher. À noite eu vejo, às vezes, a silhueta de um homem que, numa estrada vazia e numa paisagem deserta, anda atrás de um carro fúnebre. Eu sou esse homem. É você que esse carro leva. Não quero assistir à sua cremação; nem quero receber a urna com as suas cinzas." (página 101)

"Carta a D." foi uma leitura que gostei e que recomendo, acho que a história de amor entre André Gorz e Dorine pode ser inspiradora.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com/2018/10/resenha-livro-carta-d-andre-gorz.html
comentários(0)comente



Liachristo 16/12/2018

Uma Leitura Válida
Quando recebi Carta a D., além de achar a apresentação do livro um primor, também pensei que seria uma tocante e bela declaração de amor, talvez em forma de poesia. Como não é meu costume habitual fazer estas leituras como poesias e biografias, pensei que pudesse não me prender ou mesmo não gostar, mas não foi bem assim... Em Carta a D, o engenheiro, filósofo e jornalista André Gorz, pseudônimo do filósofo austro-francês Gérard Horst, faz uma declaração de amor para sua esposa e companheira de vida. Aquela que a meu ver, sempre esteve presente e atuante em todos os momentos que se fez necessário.

Diferente de tudo que esperava, André não romantiza seus sentimentos, ele simplesmente os expõe de forma a se desculpar e se apaziguar com a sua consciência por tudo aquilo que poderia ter feito a mais por Dorine, a quem apesar de ter amado muito, por muitas vezes a deixava de lado por conta de seu trabalho e de suas introspecções profundas, onde chegava a ficar dias sem falar com ninguém.

Os dois se conheceram no final da segunda guerra mundial. Tiveram um casamento sólido e de certa forma encontraram seu jeito próprio de fazer com que sua relação fosse satisfatória para ambos. Em Carta a D. ele revê sua vida em comum, ao mesmo tempo em que presta homenagem ao papel que sua esposa teve ao longo de sua existência como homem e como intelectual. É uma história de amor que não deixa de lado a autocrítica ou o mundano de compartilhar a vida com outro ente querido.

Resenha completa no Instagram do blog.

site: https://www.instagram.com/p/BrdVYb2gqFO/
comentários(0)comente



litera.liza 24/01/2019

Gratidão ou remorso?
André Gorz foi um filósofo francês, economista, jornalista, escritor e sociólogo. Apoiou Sartre durante muitos anos, no pós-guerra, ao se tratar de existencialismo e marxismo. Gérard Horst, seu verdadeiro nome, já que André Gorz trata-se de um pseudônimo escolhido pelo próprio para assinar seus inúmeros livros, possui uma vasta biografia. Foi uma importante liderança da ecologia política, tendo suas ideias ligadas à crítica do capitalismo.
E foi, também, marido de Dorine.
Dorine e André passaram a vida juntos. 58 anos para ser mais exata. Este livro é uma carta de André para sua companheira. Anos antes de escrevê-la, Dorine já vinha sofrendo com uma doença degenerativa incurável. Por conta disso, o fim de sua vida parece mais próximo. André não quer continuar vivendo sem D., ao mesmo tempo em que a esposa não quer morrer sozinha. Isso é “resolvido” entre os dois através de um pacto. Antes mesmo que a doença, ou qualquer outro motivo leve a vida de um dos dois, o casal comete suicídio, garantindo que não continuarão a viver sem o outro.
“Carta a D.” foi escrito um ano antes desse episódio. O escritor pretendia registrar seu amor pela esposa e, de certa forma, redimir-se por outras maneiras com que já havia mencionado sobre a mesma ou, simplesmente, distorcido a realidade a respeito de D. Página a página, vamos tomando conhecimento de como eles se conheceram, como André se encantou por aquela mulher espirituosa e de “confiança inabalável”. Como o encantamento virou relacionamento. Relacionamento este que vivenciou anos de dureza, e outros de estabilidade plena, sem nunca se deixarem levar pelo consumo e poder de compra.
Dorine desempenhou importante papel na influência do caráter, da vida e obra de André. Foi quem esteve sempre ao seu lado, paciente com o isolamento do marido cada vez que se dedicava à escrita de um novo trabalho. Me pareceu evidente algum remorso do escritor por anos perdidos sem expor publicamente seu amor, admiração e gratidão a D.

site: Instagram: @aquelaepifania
comentários(0)comente



Saga Literária 29/01/2019

Blog Saga Literária
Escrito em 2006 pelo filósofo André Gorz e publicado pela Cosac Naify em 2008, Carta a D. recebe uma nova edição agora nas mãos da Companhia das Letras. Aqui conhecemos a história de André e sua esposa Dorine que no início do livro está para completar 82 anos idade, ela demonstra o avanço da idade. Encolheu seis centímetros, pesa cerca de quarenta e cinco quilos, mas ainda é uma mulher graciosa e bela aos olhos do seu marido que está ao seu lado há cinquenta e oitos anos enfrentando momentos difíceis, mas desfrutando ao seu lado de momentos incríveis.

Aos poucos o autor analisa a sua vida e relembra os momentos importantes da sua carreira, sempre contando com o apoio de sua amada esposa Dorine que mesmo nos momentos mais difíceis permaneceu ao seu lado, ela inclusive abdica um pouco dos seus sonhos e projetos pessoais para que o seu marido possa viver o seu sonho, a escrita.

Opinião: André Gorz escreveu esse livro em homenagem a sua esposa que conheceu em Lausana (Suíça) no ano de 1947 e com quem viveu por quase sessenta anos. Carta a D. trata-se em parte de uma declaração de amor, mas também nos demonstra o companheirismo de André por sua esposa. Em certo momento da leitura é possível percebermos a fragilidade do corpo humano e que muitas vezes a doença é um caminho sem volta e Gorz retrata isso por sua esposa que apresentou uma doença degenerativa.

Carta a D. é uma leitura curta, envolvente e carregada de amor, existe uma alta carga de sentimentos por parte do autor. Gorz demonstra ao longo da narrativa a vida dele e de sua esposa e o quanto Dorine influenciou e foi importante em sua vida. O autor deixa claro que esse relacionamento duradouro foi construído em cima de valores como amizade, amor e compreensão. Ele também nos faz refletir sobre uma frase muito comum em nossas vidas: "Eu te amo" e o quanto nós banalizamos essa frase. Carta a D. é um relato íntimo, não ficcional e tocante.

Sobre a Edição: Esse livro é pequeno e leve, conta com excelente revisão, inclusive há notas de rodapé que nos auxilia na leitura. A diagramação é simples, mas ficou ótima. As folhas são na cor creme, a fonte e espaçamento ficaram confortáveis. Essa edição conta também com uma jacket na coloração rosa, é simplesmente linda. A Companhia das Letras merece os parabéns pela simples e linda edição que elaborou.

site: https://www.sagaliteraria.com.br/2018/09/resenha-541-carta-d-andre-gorz.html
comentários(0)comente



138 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR