Milena | @aspaceforbooks 21/04/2020Não é um livro ruim, mas também não marcou minha vidaNOCTURNA | Editora Seguinte | Maya Motayne
Sendo primeiro volume de uma trilogia inspirada em cultura latina, conta a história de um reino repleto de magia, onde cada pessoa nasce com um poder único.
Dez - príncipe herdeiro - foi assassinado em um golpe contra a família real. Alfehr, seu irmão, acredita que ele ainda pode estar vivo, mas ao sair em busca de respostas, se depara com uma magia perigosa e uma ladra sem rosto.
Graças a sua habilidade de mudar de aparência, Finn está sempre tentando fugir de seu passado e de qualquer um que se meter em seu caminho.
Quando seus destinos se cruzam, eles libertam uma magia poderosa e maligna, e juntos, eles embarcam em uma missão repleta de sacrifícios, tentando a qualquer custo, detê-la.
_
Não é um livro ruim, mas também não marcou minha vida.
A escrita da Maya me deixou aquela sensação de que falta algo, aprofundamento, talvez; deixando passar várias oportunidades de desenvolvimento, além do enredo apresentar muitas repetições de pensamentos (e palavras) tornando a leitura um pouco cansativa.
Quanto a cultura latina, apesar da autora abordar a escravidão e libertação do reino de Castallan no início do livro, mais uma vez, não teve aprofundamento. Além de umas palavras soltas em espanhol que em alguns momentos me incomodaram por parecerem desconexas.
Em relação aos personagens, não me apeguei e nem me vi torcendo por ninguém. Alfie é o típico personagem que faz besteira e mais besteira ainda quando tenta consertar, e por mais amável que seja, faltou desenvolvimento e carisma. Mesmo a Finn, que teve um crescimento na história, amadurecendo ao longo dos capítulos, não me cativou.
Outro detalhe que me incomodou, foi a tentativa de romance, que aconteceu de repente em um solo que não foi “preparado”, deixando as coisas meio sem química.
Além de tudo, me perdi um pouco na passagem do tempo, e ao longo da leitura não senti muita coisa nova na história, tornando as coisas meio previsíveis, e em alguns momentos, montando cenas apenas para que os protagonistas tivessem tempo de fugir.
Embora pareça que não tenha gostado nenhum pouco do livro, ele não é de todo mal, a escrita da autora evolui um pouco depois da metade do livro, além de que, não posso negar, que essa mulher sabe escrever cenas macabras - me via fechando os olhos e afastando o livro, tentando apagar a cena agoniante da mente.
⠀
Apesar dos pesares, o livro ainda levou nota 2.5, e tenho esperança que a escrita da autora cresça nos próximos volumes - embora, particularmente, não prossiga com a leitura trilogia.
⠀
No mais, indicaria Nocturna para quem está começando no gênero.
site:
https://www.instagram.com/p/B4yCDpjDplz/?utm_source=ig_web_copy_link