_Gabs_ 24/01/2024Meu primeiro contato com Júlio Verne.Em Viagem Ao Centro Da Terra, acompanhamos a história de dois mineralogistas, Otto Lidenbrock e seu sobrinho Axel, que encontram um pergaminho escrito por Arne Saknussemm, um antigo alquimista islandês, no qual possui coordenadas para chegar ao Centro da Terra. Ambos partem nessa jornada que promete grandes descobertas científicas, mas eles não contavam com as dificuldades que surgiriam pelo caminho e pelas grandiosidades que encontrariam.
O livro é rico em detalhes, sua escrita é fluída, e foi interessantíssimo ver os debates entre os cientistas, seus conflitos de opinião e a forma como defendiam suas teorias, mas devo confessar que me vi perdida em diversos momentos da leitura por não possuir conhecimento sobre mineralogia, geologia ou paleontologia, temas que dão vida à história. O autor menciona repetidamente a presença de rochas e seres vivos que marcaram a evolução do planeta Terra, mas para entendê-lo, precisei interromper a leitura várias vezes para pesquisar, o que fez com que eu me distanciasse um pouco da narrativa e perdesse o interesse pela leitura.
Acredito que por já ter visto o filme Viagem Ao Centro Da Terra, protagonizado por Brendan Fraser, e sabendo que possui diferenças discrepantes do livro, foi o que me permitiu visualizar com mais clareza as cenas narradas por Júlio Verne, e nessa situação específica, acredito que o filme seja melhor que o livro, não só por se passar no nosso tempo, mas por trazer mais leveza e divertimento para as cenas.
O livro é ambientado no século XIX. O Professor Lidenbrock é um homem sério, mal-humorado e que sempre tem a última palavra, enquanto seu sobrinho Axel, apesar de ter razão em metade do livro, vive chorando e reclamando pelos cantos. Nada o agrada, tudo lhe causa medo e desconforto, faz chilique por qualquer coisa, e isso traz um sentimento tão pesado para uma história que promete descobertas e um mundo totalmente novo. O único personagem que vale a pena acompanhar e que merecia mais visibilidade é o Hans, o guia islandês que os segue durante toda essa viagem. O homem não se abala por nada! Ele sempre tem uma ideia e se não fosse por ele, provavelmente o Professor Lidenbrock e o Axel teriam morrido na metade daquela jornada. Claro que por se tratar de outra época, com diferentes vivências e costumes, o livro tenha sido escrito dessa forma para agradar o público em questão, mas para mim, o filme continua sendo meu preferido.