Larissa 03/01/2022
Isabel Allende, a autora da escrita mais apaixonada q já li
Acabei de terminar o livro e tenho a impressão de que ele poderia ser interminável e ainda sim seria agradável, os personagens seriam interessantes e a narrativa, por mais que simples, permaneceria envolvente. É o segundo da autora que leio e, nesse, foi grande a impressão de que muitas das situações descritas poderiam acontecer no Brasil da mesma forma. A história se passa no Chile, mas os tipos, os cenários, o contexto histórico e político são compartilhados por boa parte da América Latina. Como em "A casa dos espíritos", aqui a autora consegue incluir romance, guerrilha, desigualdade, compaixão, História, luta, opressão e beleza nas páginas do livro com naturalidade. Se em sua obra prima podemos acompanhar uma família, em "Eva Luna" acompanhamos a história de vida de uma mulher, Eva, que esteve longe de fazer parte das tramas de uma grande família influente. Eva é filha de uma empregada doméstica, logo precisa trabalhar em casa de família, as mudanças políticas são observadas de muito longe. Ela esteve entre os tantos outros tipos marginalizados, precisou trabalhar em fábrica e desenvolveu um laço afetivo com um moleque cheio de truques que viria a se tornar o maior guerrilheiro do país. Dessa forma, ao longo das páginas, iremos acompanhar a história de vida de Eva Luna.