O Homem que Sabia Javanês

O Homem que Sabia Javanês Lima Barreto




Resenhas - O homem que sabia javanês


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érica 22/07/2024

Li esse conto para uma avaliação de português e foi o primeiro contato com o autor Lima Barreto, e confesso, que me surpreendeu positivamente, pela sua escrita humorada, repleta de críticas e também rebuscada, mas que ainda sim conseguiu passar a mensagem com clareza. amei a crítica aos intelectuais brasileiros elitistas fraudulentos!! vale frisar, que tal problemática ainda está presente, afinal, é nítido o reconhecimento dado às pessoas que usufruem da mentira e dos seus privilégios elitistas para chegarem aonde querem, mesmo não possuindo conhecimento algum sobre o que aborda.
bebebeb 21/08/2024minha estante
Pq ce deu 3 estrelas?


érica 22/08/2024minha estante
eu gostei da mensagem da obra, mas a leitura acabou sendo bem maçante por conta da linguagem mais rebuscada, por isso a nota


bebebeb 22/08/2024minha estante
Hmmm att




Sr. Quadros 23/04/2023

Uma crítica brilhante aos pseudointelectuais
"O Homem que Sabia Javanês", escrito por Lima Barreto, é uma obra fascinante que aborda de forma brilhante a crítica aos pseudointelectuais da época. Publicado originalmente em 1911, o livro é uma sátira social que revela a hipocrisia e a superficialidade de certos membros da elite intelectual do Brasil do século XIX.

Uma das principais qualidades do livro é a forma como Lima Barreto aborda a questão do conhecimento superficial. Ele retrata a figura de um personagem que supostamente domina a língua javanesa, mas cujo conhecimento é apenas superficial e baseado em estereótipos. Através de uma narrativa irônica e perspicaz, o autor questiona a validade do conhecimento adquirido de forma superficial, sem a devida compreensão e aprofundamento.

Lima Barreto expõe a falsa erudição e a arrogância de certos personagens que se consideram superiores intelectualmente, mas que, na verdade, são vazios e ignorantes. O autor denuncia a hipocrisia de uma elite intelectual que se orgulha de seus conhecimentos, mas que é incapaz de compreender a realidade e as pessoas ao seu redor.

A escrita de Lima Barreto é envolvente e cativante. Ele utiliza um estilo literário acessível, com um tom sarcástico e irônico que mantém o leitor interessado do começo ao fim. Através de diálogos inteligentes e personagens bem construídos, o autor consegue transmitir sua crítica social de forma poderosa e impactante.

"O Homem que Sabia Javanês" é uma obra-prima da literatura brasileira que merece ser lida e apreciada. Lima Barreto, com sua genialidade literária, nos presenteia com uma narrativa inteligente e provocativa, que nos faz refletir sobre a superficialidade do conhecimento e a hipocrisia dos pseudointelectuais. É uma leitura indispensável para aqueles que desejam entender as nuances da sociedade brasileira e refletir sobre as questões sociais e culturais ainda relevantes nos dias atuais. Altamente recomendado!
Marcelo Leite 23/04/2023minha estante
A biografia do Lima escrita pela historiadora Lília Schwarcz também é muito boa!


Sr. Quadros 24/04/2023minha estante
Vou pesquisar e me aventurar, obrigado pela dica




Aline.Rosa 22/11/2021

Atual
Primeiro contato com o autor.
Crítica mordaz com humor refinado.
Uma leitura atual e muito interessante.
Paloma 22/11/2021minha estante
Se gostou então super indico a leitura de Triste Fim de Policarpo Quaresma. Maravilhoso!


Aline.Rosa 22/11/2021minha estante
Muito obrigada, Paloma. ??




Letícia 05/06/2021

Qual o Javanês que você acreditaria?
Leitura leve e divertida, como diz Ariano Suassuna: ?Eu gosto do mentiroso que mente por amor à arte?, mas do contrário, a narração de Castelo é parecida como a de um distinto estelionatário. Um conto antigo, mas que demonstra uma crítica velada aos grandes intelectuais brasileiros que se aproveitam da ignorância humana como a oportunidade perfeita para se sobressair.

Hoje, Castelo seria desacreditado facilmente por quem tem acesso à internet, mas aos ingênuos e ignorantes que ainda tomam -infelizmente- uma parcela considerável no país, são sujeitos aos homens que carregam ?opiniões? sem base alguma ou que simplesmente acreditam que sabem e proliferam conhecimentos do além, e nada surpreendente, que tais pessoas consigam ir tão longe como Castelo foi com o Javanês.
Erinaldo Santos 05/06/2021minha estante
Perfeita você ??




Fábio 28/02/2012

é muito legal, pois conta a história de homem que nao estava se dando bem na vida e encontrou um jornal com o seguinte anuncio:
precisa se de um professor de javanes.
e ohomem chamado Castelo resolveu tentar aprender a tal lingua javanesa.
ele descobriu era uma lingua malaia, e decorou todo o alfabeto e algumas palavras. e foi no endereço.
conheceu o velho que queria aprender javanes, foi aprendendo e ensinando o velho.
o velho antes de morrer o havia mandado para um lugar para que ele subisse na vida.
e assim foi.
lene 06/07/2013minha estante
me ajudou muito




Ruth Aparecida 03/01/2015

O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS // Lima Barreto
É a minha primeira leitura desse autor e acabei gostando do seu modo de es-crever. Trata-se de um conto. Castelo - nosso personagem - vivia pelas ruas do Rio de Janeiro andando sem rumo, fugindo do dono da pensão, quando lendo um jornal se deparou com o seguinte anúncio: "Procura-se um professor de javanês". Mal sabia Castelo que esse tal de javanês o tiraria da miséria!

Sabendo da vaga de emprego, Castelo foi pesquisar mais em uma biblioteca. Durante suas buscas, finalmente ficou por dentro que "javanês" era uma língua nativa da Java, uma ilha no arquipélago de Sonda, colônia holandesa. Ele ficou tão entusiasmado com o novo 'idioma' que em poucos dias achou que dominaria a nova língua.

Já na casa do Barão de Jacuecanga - homem muito influente - Castelo conhece seu futuro 'aluno'. Mas a intenção do Barão era outra: ele iria contratar Castelo para ensinar o javanês para poder entender um livro que foi passado de geração em geração que pertencia o avô do Barão. Custou muito o velho saber o "bê-a-bá" e logo acabou desistindo. Então Castelo "traduziu" do seu jeito o livro que o Barão tanto estimava.

Só que o que ele não esperava é o sucesso repentino do seu javanês. Rapidamente ele ficou reconhecido pelo Rio e foi e recebeu vários créditos pela sua façanha.

********

A mensagem que o conto quis passar é que tem pessoas por aí que 'pensam que são espertas' e por pura sorte ou safadeza 'se dão bem'. É o caso do nosso personagem Castelo. Ele vive saindo de problemas e quase foi desmascarado! Um livro fundamental que retrata "os falsos doutores" do século XX e faz críticas a sociedade brasileira.

Quote: "Sabes bem que até hoje nada sei de javanês, mas compus umas histórias bem tolas e impingi-as ao velhote como sendo do crônicon. Como ele ouvia aquelas bobagens!..." (Castelo)

"O Homem que Sabia Javanês" merece 3 estrelas!
Davi.Dias 15/05/2016minha estante
Eu achei muito boa sua historia eu até usei ela num resumo que eu tinha que fazer?Obrigado pela a história?




cecilivros 09/06/2022

um prenda-me se for capaz clássico
um conto muito divertido, li em poucos minutos por ser obrigatório pra uma prova e acabei amando!! pensei o tempo todo na relação com o filme ?prenda-me se for capaz? e isso só aumentou o quanto eu gostei de ler. Enfim, indico muito!!
Caro leitor 09/06/2022minha estante
OI?! PRECISO DA SUA AJUDA PRA ACHAR UM LIVRO.

Vi uma pessoa pedindo ajuda pra saber o nome de um livro na caixinha de perguntas de um perfil literário nos storys do instagram! Essa pessoa descreveu esse livro e me fez ficar interessado! Mas até hoje eu nunca descobri qual o nome! Essa pessoa descreveu esse livro assim:

"O livro era o seguinte: o rapaz 1 (não sei o nome dele) gostava muito de ler! Um certo dia a autora preferida estava em sua cidade autografando um dos seus livros favoritos. Então ele decidiu ir até esse evento. Na fila para pegar o autógrafo, um rapaz 2 (que eu também não me lembro o nome) esbarrou nele, derramando café em seu livro... o rapaz 2, pediu desculpas ao rapaz 1, pelo acidente.

Mas não para por aí! Plot twist é que o rapaz 2 era filho da autora que o rapaz 1 estava preste a conseguir um autógrafo. E o rapaz 1 amava esse livro, pois ele se apaixonou pelo personagem. Mas o que ele não sabe é que o personagem que ele tanto amava foi inspirado no rapaz 2."

Então é isso, se por acaso você leu até aqui, e souber o nome, por favor me fala! Obrigado desde já! e desculpa pelo incômodo. ??




Stephanie214 06/11/2024

Um conto humorado e crítico
Neste conto de Lima Barreto temos o protagonista chamado Castelo que conta para um amigo de quando se tornou professor de javanês, tudo começou com um anúncio que dizia " procura-se professor da língua javanesa", então ele resolveu estudar javanês por conta própria e só aprendeu 4 palavras ao todo e mesmo assim ele procura a pessoa do anúncio que era um senhor idoso que era conde e queria ter aulas de javanês para assim conseguir ler um livro de seu pai. Mesmo não sabendo quase nada de javanês ele continuou com o fingimento e traduziu o livro e acabou caindo nas graças do conde conseguindo assim um bom dinheiro e continuou enganado muitas outras pessoas e chegando até a trabalhar em altos cargos do governo por conta de seus "conhecimentos em javanês".
Acredito que esse conto bem humorado seja uma crítica as pessoas que fingem ser uma coisa que não são e os falsos intelectuais.
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Zéh 22/06/2009

É uma história interessante que nos faz pensar um pouco sobre, como já li em outras resenhas neste site, os falsos intelectuais e como eles conseguem se destacar como verdadeiros intelectuais e conquistar um espaço considerável na sociedade
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Paulo 04/03/2012

O homem que sabia javanês
Castelo não gostava de trabalhos que tinha de cumprir orários e só fazia malandragem, um barão queria aprender javanês. O barão iria-o enviar para um congresso em Paris como um sábio intelectual, mas ele foi parar em uma seção de tupi-guarani, depois que voltou foi visto pela sociedade como um sábio.
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Izabela 27/07/2012

Te prende muito, tem um humor inteligente e ao mesmo tempo muito simples.
Um livro que depois de começado, impossível de abandonar.
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Américo 02/03/2015

Lima Barreto em sua melhor forma
Um livro curto, de rápida e agradável leitura, e igualmente brilhante. Um daqueles livros "obrigatórios" de literatura brasileira, mas que por incrível que pareça, é genial e muito interessante, nada monótono ou rebuscado. Um dos livros mais divertidos (ao lado de O Auto da Compadecida) que já li.
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Phelipe Guilherme Maciel 03/03/2017

Crítica bem humorada à Sociedade Brasileira e aos falsos intelectuais.
Lima Barreto é filho de pai e mãe negros, escravos, que após a abolição da escravatura trabalharam respectivamente como tipógrafo e professora, dando assim ao filho total acesso à educação. Lima Barreto cresceu com olhos vorazes para criticar a sociedade brasileira, que considerava racista, preconceituosa e hipócrita.
No conto "O Homem que Sabia Javanês", o escritor conta de um malandro que sobrevivia de pequenos golpes, muitos deles desaparecer sem pagar a pensão, contar mentiras e que gostava da vida mansa.
Numa situação que estava enrascado, viu o anuncio que buscava-se um professor de Javanês para ensinar um poderoso conde. Ele sem saber mais que 4 palavras da língua, que pesquisou previamente à entrevista que dar-se-ia na casa do Conde, ludibriou-o como grande mestre de Javanês, filho de Javanês nato.
Não apenas enganou o Conde, mas virou membro do governo brasileiro como Consul e Diplomata, indo inclusive ao estrangeiro para representar o país.
Uma crítica excelente à uma sociedade hipócrita que valoriza tantos falsos intelectuais, contada com humor excelente e irônico.
Cabe lembrar que Lima Barreto, grande intelectual escritor de romances como Clara dos Anjos, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, entre outros, foi um grande crítico de sua época, que não pode terminar os estudos devido a falta de apoio da intelectualidade brasileira, negado na Academia Brasileira de Letras simplesmente por ser negro (Instituição essa fundada por um mulato, Machado de Assis), que morreu desiludido e pobre, sem ver a maioria de seus romances ser sequer publicada, a grande maioria veio a ser impressa postumamente.
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Brunov 03/03/2017

Como se livros apenas fossem calços, melhor, muletas
História curta e engraçada, porém seu doce à boca torna-se amargo no estômago. Não posso dizer que hoje em dia estejamos nesse nível de filisteus da cultura generalizadamente, quer dizer, de pessoas que se eivam pelo quanto sabem sobretudo cientificamente, outrossim aquém; o mais próximo seriam os Nerds. Homólogo é a diplomalatria em detrimento do empirismo, em sentido vulgar - até pela sua inconsistência essencial.

E, essa demanda pelo canudo move uma máquina que corrompe o ensino, nota-se que efeito colateral aos programas de maior inserção escolar em todos os níveis, tem-se a redução geral da qualidade, o que tem aspectos positivos, como uma ascensão sensível na qualidade de vida das classes mais pobres, por outro lado não se reflete na produtividade geral, inclusive no nível de qualidade da produção acadêmica nacional, a qual se mantém com um mesmo número aproximado de obra de impacto a despeito do crescimento exponencial da produção fordista.

Carecemos, enquanto sociedade, de um processo de metacognição social, o conhecimento de como conhecemos ser senso comum. Que comecemos com a particular.

(Acho que Nietzsche diria outra coisa, não?)
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Geh 05/10/2017

Ótimo
Uma crítica até hoje para nossa atual realidade.
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