Lis 22/08/2021A edição q li traz o Auto da Barca do Inferno e também a Farsa de Inês Pereira. A segunda foi muito alterada para melhor compreensão do leitor, mas o primeiro não. Por exemplo, no Auto tem-se muitas vezes o termo "eramá", com uma nota de rodapé informando que significa "em hora má". Achei interessante a palavra e tudo. Mas na Farsa, o revisor substituiu todos os "eramá" por "em hora má" e precisou fazer alterações significativas no verso para que se mantivesse a estrutura de redondilhos maiores. Bastante desnecessário e demonstra que os dois textos tiveram curadorias bem diferentes.
Sobre as peças em si, são clássicos do quinhentismo, não há o que reclamar. O aspecto que julguei mais interessante foi ver a estrutura da língua e dos vocábulos há 500 anos atrás.