Auto da Barca do Inferno

Auto da Barca do Inferno Gil Vicente
Laudo Ferreira




Resenhas - Auto da Barca do Inferno


677 encontrados | exibindo 331 a 346
23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 |


Alê 18/03/2022

A alegoria do juízo final
A primeira peça presente no livro, e a mais importante, é o "auto da barca do inferno", também chamada de auto da moralidade. Nela Gil Vicente nos apresenta uma alegoria religiosa em que critíca a sociedade da época. Os personagens presentes na peça representam classes da época em sua passagem entre a vida terrena e a vida eterna. A segunda peça é a "Farsa de Inês Pereira" em que fala sobre uma mulher a procura de um casamento que lhe sirva para que não precise mais passar pelo perrengue dos afazeres domésticos com sua mãe. Nessa procura acaba encontrando um marido que não a deixa muito satisfeita. Aqui nessa peça ele retrata a máxima da socidade da época com o ditado "mais vale um asno que me leve do que um cavalo que me derrube". Primeiramente, Inês se vê entre dois pretendentes, onde acaba escolhendo o que lhe parece mais apessoado, porém o casamento é só decepção e ela então acaba a história ficando com o que menos lhe agradou primeiramente, confirmando o ditado popular da época citado anteriormente.

Esse foi o primeiro livro que li do Gil Vicente e também o primeiro que li em forma de peça. Gostei do livro, só achei um pouco difícil de ler por causa da linguagem, mas depois das primeiras páginas peguei no embalo por ser curtinho. Achei que Gil foi extraorsinário ao retratar a sociedade portuguesa da época tão criticamente e ainda assim, receber o apoio da corte. Quando li, achei inacreditável os reis gostarem dele e aprovarem as peças sabendo que eram uma crítica.

Enfim, o livro é bom e um clássico, merece a leitura.
comentários(0)comente



Henriques Chacôto 15/03/2022

Auto da Barca do Inferno
Simplesmente perfeito!
Uma obra originária na Idade Média que tinha de início carácter religioso, e depois tornou-se popular, para a distração do povo.
Foi Gil Vicente o responsável por introduzir este tipo de Teatro em Portugal.
O "Auto da Barca do Inferno" representa o juízo final católico de forma satírica e com um forte apelo moral. Conta com o cenário de uma espécie de porto, onde se encontram duas barcas, a barca com o destino ao Inferno, comandada pelo Diabo, e a barca com o destino ao paraíso, comandada pelo Anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são almas que ou seguirão para o paraíso ou para o inferno.
O "Auto da Barca do Inferno" faz parte de uma trilogia, é escrito em versos de sete sílabas poéticas, e possui apenas um ato, dividido em várias cenas. A linguagem usada é coloquial (ou seja semelhante a uma conversa), onde através das falas podemos classificar a condição social de cada um dos personagens.
A obra conta ainda com o lema que é "rindo, corrigem-se os defeitos da sociedade" , ou seja a mensagem final da obra por detrás dos risos, é um tanto pessimista.
Recomendo muito a leitura da obra.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Maiah 07/03/2022

Resenha
*resenhando por que estou sendo obrigada*
É só um paradidático entendi nada e tava em portugues de Portugal.
comentários(0)comente



Marcyy0 04/03/2022

Ele é bom, li por causa da escola, a leitura é contada em forma de peça, recomendo. Ela é bem rápida
comentários(0)comente



de_demendes 28/02/2022

Eu rachei de rir
Gostei muito da história, a começar é uma grande crítica social para a época em que foi escrito, tecendo comentários ácidos a classes muito privilegiadas da sociedade, como religiosos e homens do direito. Pessoas que normalmente imaginamos que irão para o céu, na verdade são corruptas em vida e por isso tem passagem garantida na barca para o inferno, mesmo não aceitando de início. Mas o que eu mais gostei dessa leitura é que eu me diverti horrores (mesmo com a leitura difícil), o Gil Vicente é o rei do deboche e isso reflete diretamente nos seus personagens, principalmente no Diabo que é engraçadíssimo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Cosmonauta 27/02/2022minha estante
???




Bastos 22/02/2022

Um livro com uma critica atual, acompanhamos a hipocrisia dos personagens que fingem ser santas e acham que já tem uma vaga no paraíso garantida, é maravilhoso ver a decepção dos ricos e cristãos condenados ao inferno. O diabo é o melhor personagem do livro, extremamente sarcástico e irônico com todos que chegam.

No final foi uma leitura curta e prazerosa.
comentários(0)comente



Giovanna 21/02/2022

O livro é ótimo!! Mesmo que a linguagem por muitas vezes atrapalhe dá pra compreender bem a história
comentários(0)comente



Demes0 21/02/2022

A obra prima: Auto da barca do inferno, de Gil Vicente!

É um clássico e ao mesmo tempo bem atual. E é bastante explorado nos estudos escolares.

Na obra é uma peça teatral que faz uma dura crítica à sociedade da época e à igreja. Por meio de diversos personagens que são confrontados pela dicotomia céu e inferno!

Entre os personagens explorados na peça são provocativamente e irônicos:

Um fidalgo (nobreza), onzeiro (usurário), um parvo (pessoa rude e ignorante mas de bom coração), o frade (esse já se achou garantido que já estaria na barca do céu), Brisidia (cafetina - isso mesmo!!), corregedor e procurador (que em vários momentos foi rebatido pelo parvo), o enforcado (que já se achava salvo e apto para ir ao céu), o judeu (!!!) e os quatro cavaleiros!

O legal é que surpreende (ou previsível também) sobre qual barco cada um imaginava que ia e para qual eles foram, ao final. Não vou contar para qual barco foi cada um para provocá-lo a ler esta belíssima obra, do precursor do teatro português, Gil Vicente!

Deixa eu perguntar: e você? Acha que vai para a barca do céu ou do inferno?
comentários(0)comente



LemonSama 17/02/2022

Um roteiro interesante
Esse livro foi uma boa leitura. Gostei do modo que foi feito, é como se você estivesse lendo o roteiro de uma peça teatral, me deu vontade de ver um filme ou até mesmo a encenação da história de tão cativante que é.
Dei várias risadas lendo os diálogos, mesmo sendo difíceis de entender algumas coisas (e olha que ainda foi traduzido de uma forma para fazer mais sentido) tive um pouco de dificuldade mas nada de extremo, consegui entender boa parte do conteúdo.
comentários(0)comente



naturomdemont0 15/02/2022

"Todo mundo me chama de Brisida Caldeirão"
Eu meio que fui obrigado a ler esse livro pra dirigir uma peça da escola, portanto devido a obrigação, eu acabei não gostando tanto. Só li pra poder fazer o roteiro e ganhar ponto, no fim deu certo, tiramos a nota máxima :D
comentários(0)comente



Danily 14/02/2022

Muito bom! A narrativa em estilo de procissão nos faz vê-lá passar enquanto acompanhamos as diversas críticas à sociedade. Antigo, porém atual
comentários(0)comente



Sidney.Prando 14/02/2022

UMA BARCA ESTÁ SAINDO, QUAL O RUMO? O INFERNO
📕Auto da Barca do Inferno tem como cenário fixo duas embarcações, num porto imaginário para onde vão as almas após a morte. A primeira barca é a do paraíso, que é comandada por um Anjo, e a outra é a barca do inferno, comandada por um Diabo, o qual tem um Companheiro. O desenrolar da peça se dá com a chegada dos personagens, os quais buscarão passagem para a vida eterna, mas para isso terão de ser julgados pelo o que fizeram em vida.
A medida que os recém mortos chegam as barcas, tem o contato primeiro com a do Diabo e sabendo em seguida o destino que aguarda quem nela embarcar, voltam-se a barca do Anjo. O julgamento moral é predominante nessa obra, sendo indiferente hierarquias terrenas que antes os separavam. É uma peça que leva a pensar o pós-morte.

🙋‍♂️Para mim, a obra serviu de introdução as peças de teatro que estão estacionadas na minha estante.
A diferença entre o Anjo e o Diabo é marca por sua completa antítese. Enquanto o Anjo é sério e calado, o Diabo é extrovertido e irônico. Isso serve para que o diabo se torne facilmente o personagem mais carismático nessa obra.
O Fidalgo, o Judeu Rejeitado e o Enforcado Testa-de-Ferro, são um dos mortos que passam pelas barcas, mas nenhum foi tão icônico quanto o Parvo. Quando o Parvo, Joane, quase se deixa ser iludido pelo diabo a embarcar em sua barca, desfere uma sequência de xingamentos ao Diabo. Fica difícil não rir.
A obra de Gil Vicente é avaliada sobretudo em seu impacto histórico e cultural, e em um grande aspecto por criticar o clero, a nobreza e os burocratas. Essa edição do Estadão leva outra de suas peças, Inês Fantasiosa, que não menos importante que Auto da Barca do Inferno, também leva a genialidade do dramaturgo português.


site: https://www.instagram.com/p/CQrHPFeNfqB/?utm_source=ig_web_copy_link
nicnicole 14/02/2022minha estante
Ótima resenha


nicnicole 14/02/2022minha estante
Já fiz uma peça na escola sobre essa sobra incrível e engraçada, inclusive eu interpretei o "diabo"




Brubajhas 12/02/2022

Interessante
Achei a história muito legal, com referências aos sete pecados capitais e a falsa sensação de salvação dos crentes que cometem barbaridades. Traz reflexão e algumas patadas engraçadas do diabo hihihi.
comentários(0)comente



677 encontrados | exibindo 331 a 346
23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR