A Rainha do Ignoto

A Rainha do Ignoto Emilia Freitas




Resenhas - A Rainha do Ignoto


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alesspereira 12/07/2023

Clássico lendário de Emilia Freitas, autora cearense que foi pioneira ao inserir na literatura fantástica elementos da cultura brasileira, tecendo críticas sobre a sociedade patriarcal e escravocata de 1899.

Os capítulos são bem curtinhos e instigantes, não dá pra parar de ler: a narrativa é levada pelas paladinas, mulheres que unidas a uma sociedade espalhada por todo o Brasil, acolhem pessoas marginalizadas, resolvem problemas judiciais e de saúde, e acolhem os renegados. É aventura misturada com mistério, tem romance histórico atrelado a autobiografia, e ouso até dizer que é uma história distópica, pois nos leva a imaginar como seríamos enquanto sociedade se fossemos liderados por uma mulher braba que nem a rainha do ignoto.

Recomendo pra quem ama literatura brasileira e quer conhecer mais da cultura ceanrense (costumes da época, nomes antigos das ruas e personalidades contemporâneas a publicação do livro).

A edição da Wish, além de linda, trás várias referências que complementam a leitura.

Já quero reler essa preciosidade ??
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Gabrielle.Cardeal 27/06/2023

Fantasia e mistério
"Joselino Veleda sentiu-se imediatamente preso pelo encanto magnético dos olhos da bela.. desde aquele instante perdeu o sossego, não pensou mais em outra coisa.. Mulher atraente que lhe pareceu uma feiticeira, uma fada, uma deusa do paganismo"

"Assombra! Realmente, essa mulher assombra! Quem poderá conhecer a vastidão se seus planos? Só Deus, porque Deus é infinito!"

Pra quem gosta de livro de fantasia, vai gostar de se aventurar pela misteriosa gruta do Areré.

Livro de leitura fácil e com muito mistério!
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Vanessa Santos 24/06/2023

Páginas Setenta e dois
Só posso dizer que és um livro fantástico, a autora trabalhou com uma utopia incrível, e depois desconstruir todo o sonho foi sensacional. Amei a forma de seus argumentos. De todos os trechos, gostei desta página, nos leva a adolescência. Não sei como pode está literatura ficar escondido, pena que são poucos q conhece. Destaco os temas que me chamaram a atenção, o amor, a abolição, casamento e a mulher! Leitura fluida, agradável. Com certeza entrará no meu quadro de releitura!
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Lory fada 06/06/2023

Foi tudo pra minha carreira de leitora.
Essa mulher cearense extremamente lendária macetou demais quando escreveu essa obra prima.
Pode entrar, Emília Freitas!
Deveriam panfletar esse livro loucamente, deveria ser uma "leitura obrigatória" na escola. Como que eu só soube da existência desse livro aos 23 anos?
Esse livro é um ícone injustiçado e fala sobre a causa abolicionista e sobre feminismo já naquela época. A bicha era pra frente viu.
Foi um prazer conhecer um pouco do trabalho autora.
A Rainha do Ignoto é uma riqueza, tem muito do Brasil mas tem muito cearenseis ali também.
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Layla.Ribeiro 20/05/2023

Para quem não conhece, esse foi o primeiro romance de fantasia publicado no Brasil, no final do século XIX por uma mulher, professora e cearense. Um romance que não foi valorizado por seus conterrâneos e que ficou e ainda está esquecido pela literatura e editoras brasileira, confesso que não sou muito de ler elementos pré-textuais de um livro, mas a curiosidade sobre a história desse livro foi tão grande para mim que li tudo e até as notas, quem for ler nessa edição independente recomendo que leia, a introdução, que é muito boa e explicativa, mostra como foi dificultoso para os editores encontrarem essa obra e traze-la para nós leitores adaptando algumas palavras que perderam o uso e para a reforma ortográfica atual, além de mostrar alguns dos comentários da época sobre o livro e o possível motivo de ele ter sido esquecido. O livro conta a estória da misteriosa Rainha de Ignoto que circunda e assombra os moradores de uma pequena cidade do Ceará, na qual um doutor recém instalado nessa cidade se interessa pela narrativa e tenta descobrir quem é essa figura misteriosa. Apesar de não ter uma divisão clara, eu enxerguei a narrativa em duas partes: a primeira que é antes de descobrir quem é a rainha, na qual temos um núcleo de personagens e um enredo secundário que lembra muito um romance da época, a história desse núcleo secundário me prendeu mais ao livro que a estória principal. E a segunda parte que se passa após a descoberta do reino de Ignoto, formado por mulheres, as paladinas, muito delas salva de algum tipo de violência e a partir dai o leitor do século XXI vai perceber o quanto a Emília foi visionária e progressista em sua época, ela aborda temas como igualdade de gênero, abolicionismo, a hipocrisia da religião e desigualdade social, a autora foi brilhante na construção do antagonista de Ignoto, afinal quem seria contra a uma sociedade formada por mulheres independentes e contra o sistema? O defeito do livro para mim foi na rápida finalização dos núcleos e de alguns personagens que achei muito apressado e não condizente com o enredo que ela propõe. Se você é fã de livros de fantasias ou de literatura clássica nacional esse livro é de leitura obrigatória pra você.
Renato375 20/05/2023minha estante
A melhor resenha até agora.


Derso 21/05/2023minha estante
Achei esse livro curioso, já vou colocar na fila de leitura.




Lala 18/05/2023

Como faz pra virar Paladina e ir morar numa ilha mágica?
Gostei bastante do livro. A ideia geral é muito interessante e inovadora, ainda mais pra um livro do século XIX. As Paladinas são personagens muito diferentes umas das outras, mas todas são fortes a sua maneira, seja nas artes ou no combate, e todas elas são muito carismáticas. A mitologia da Ilha do Nevoeiro é muito legal, ainda mais pra quem gosta de fantasia sobre terras ocultas, como eu.
Um destaque são as causas pelas quais as Paladinas lutam, sempre em busca de cuidar daqueles que sofrem e não são ouvidos e lutando contra a escravidão e a favor da república. Cara, como é legal ler livros do século XIX em que o autor é sensato kkkkk, é maravilhoso ver as Paladinas chutando a bunda de véio escravagista.
Uma coisa que me incomodou foi a parte inicial da obra, que é bem enrolada, focando muito na vizinhança e perdendo um pouco o ponto. Em certos aspectos, isso é bom, principalmente no retrato riquíssimo das tradições e costumes cearenses da época, mas em outra, é um pouco maçante quando se trata de certos episódios cotidianos (Carlotinha e suas lamentações, estou falando com vcs!). E é muita lamentação, tanto da Carlotinha como da Rainha do Ignoto, no início vc acha legal, mas depois começa a cansar.
O que mais me incomodou foi o vilão, Probo. Eu passei o livro todo ansiosa pra ver um caso de intriga épico entre ele e as Paladinas e não deu em nada. Do nada ele meio que esquece as motivações e deixa tudo pra lá, o que foi frustrante demais!
As aventuras, porém, são muito boas. Minhas favoritas foram a do soldado morto e a da libertação do engenho que é a melhor, sem dúvida. É muito legal que a hipnose aparece aqui como algo do fantástico, o que faz muito sentido, já que no século 19, ciência, psicologia e magia eram um emaranhado muito louco que se confundiam, o que me lembrou das obras de Poe em que a hipnose também aparece como algo no limiar do fantástico.
A Rainha do Ignoto é uma personagem que chama muito atenção e os mistérios em torno dela vão crescendo cada vez mais. Me decepcionei um pouco com certos rumos em relação a romance que deram a ela, porque acho que ela seria mais interessante sem todo esse apelo de sofrência por amor.
Gostei do desfecho final e de como ele deixa um mistério no ar naquela cena da Ilha do Nevoeiro.
Enfim, é um livro essencial pra você que é brasileiro e fã de fantasia, pois esse livro é um dos pioneiros no gênero e tem uma importância imensa. É muito legal ver o como a autora usa de folclore, tradições regionais e causas sociais da sociedade brasileira da época para compor uma obra de fantasia, trazendo muita personalidade a cada detalhe do universo construído.
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Perdida_nas_Estrelas 03/05/2023

A perfeição resgatada por fadas
Esta obra me conquistou logo no primeiro capítulo, traz aspectos de paisagens de um Brasil longínquo, é de uma escrita poética e não deixa a desejar na fantasia. Tem um mistério pairando durante todo o enredo sobre a Rainha do Ignoto, aos poucos podemos descobrir mais sobre essa mulher e sobre o que ela faz junto de suas paladinas. Algo bem marcante a partir de certo ponto da estória é o pensamento abolicionista da autora, há passagens maravilhosas acerca disso.
Eu me apaixonei inteiramente por essa relíquia da literatura brasileira, e nunca esteve tão marcante em mim o pensamento sobre o quanto de literatura boa já perdemos. A autora me causou interesse, pretendo saber muito mais sobre ela, favoritei esta obra antes mesmo de terminá-la. E sim, temos aqui uma sociedade feminina, há homens também, mas o que vemos são as mulheres fazendo o trabalho todo da restituição de vidas brasileiras. O que me causou muito impacto foi esse enredo ser um pouco semelhante (nada de cópias, apenas um tema parecido) com "Terra das Mulheres" de Charlotte Perkins Gilman, obra a qual foi publicada 16 anos após esta de Emília Freitas, ou seja, a brasileira caiu no quase total esquecimento, enquanto a norte-americana é um clássico aclamado há muito tempo. Amei ambas, mas o que de fato me causou incômodo foi esta excelentíssima obra não ter seu devido reconhecimento.
Finalizo recomendando aos fãs de fantasia esta obra magnífica e esperemos que ela seja cada vez mais lida, e que nunca mais caia no esquecimento
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Taci.Souza 23/04/2023

A Rainha do Ignoto é um verdadeiro tesouro! Não apenas pelo fato de ser um livro escrito a mais de 100 anos, mas por todo o contexto no qual a trama foi desenvolvida. Foi surpreendente e gratificante identificar, ao longo da experiência de leitura, ideais e pensamentos tão importantes e defendidos atualmente, sendo expressados de forma tão clara em um livro centenário. E mais revolucionário ainda, escrito por uma mulher.

Emília Freitas tece, através de uma escrita poética, lírica e elegante, uma trama visionária e revolucionária, idealizando uma comunidade governada por mulheres que acolhem e protegem aqueles que a sociedade condena e abandona. Por muitas vezes, desejei também fazer parte do paraíso bucólico e místico que ela descreve de forma tão envolvente, e compartilhar dos sonhos de suas personagens.

São tantas as nuances e camadas desse livro, que a surpresa não cansa de dar lugar ao encantamento. Lamento ver escritoras tão talentosas passarem despercebidas à sombra de grandes nomes da nossa literatura pelo simples fato de serem mulheres. Autoras como Emília Freitas, são tão importantes quanto nossos Machados e Alencares, e como eles merecem ser conhecidas, reconhecidas, lidas e disseminadas!
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dudínea. 01/02/2023

Lindo, perfeito e maravilhoso!
Não vou mentir, é um livro lento, denso e por vezes meio difícil de ler (principalmente, no começo). Mas, conforme eu fui lendo, a história foi me cativando de uma maneira que não sei explicar.
Só de pensar no contexto que esse livro foi escrito, já é o suficiente para me fazer gostar muito.
Emília Freitas foi, simplesmente, sensacional. Essa é uma daquelas autoras que a gente gostaria de ter a oportunidade de sentar, tomar um chá e pedir que falasse mais sobre as obras e suas ideias. O que, infelizmente, não é possível, mas eu gostaria muito, porque esse foi um dos melhores livros que já li. E me deixa ainda mais contente o fato de ser um livro brasileiro.
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K.Castanheda 05/01/2023

Este livro me chamou atenção por ser uma fantasia escrita por uma mulher em um momento em que as narrativas estavam atreladas ao romantismo.

É um livro que traz aspectos abolicionistas e feministas. Mas quem se aventura nesta obra não pode esquecer que estamos diante de uma obra escrita no século XIX.
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BaYoshiko 28/12/2022

A leitura não é das mais fáceis
A leitura bastante densa e complexa em alguns momentos, mas é incrível notar como uma mulher, em um período tão machista, escravista e complicado da história brasileira, podia ser tão à frente de seu tempo, politizada e com ideias tão revolucionárias.
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rcrismaciel 20/11/2022

Surpreendente
Essa obra maravilhosa foi a primeira fantasia nacional feminina. Publicada em 1899, a autora está bem a frente de seu tempo. Uma fantasia incrível, cheia de críticas sociais e diferente de tudo que eu já li. Uma obra pioneira que deve ter chocado a sociedade de seu tempo.
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Carolina 18/11/2022

Foi um livro um pouco difícil pra mim, foi meio massante demorei um pouco pra terminar, o que me fez ficar um pouco bodeada da história. Mas acredito que a história é muito legal, eu só li ele talvez em um momento errado. Mas a história tem potencial, além de ser uma alta fantasia brasileira.
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Nalva 30/08/2022

Funesta
Que perfeição de escrita.
Uma lástima não ter disponível outras obras da autora que com mestria relaciona momentos históricos vividos por ela com as fantasias que escreve.
A representação da mulher, como um ser ignoto que é, como uma paladina que nos lembra 'amazonas' já vistas em outras fantasias, comandada pela Rainha do Ignoto, uma mulher excepcional, a frente de seu tempo, que com inteligência, astúcia e força, decide sobre seu próprio corpo e destino e age de modo à tornar melhor a qualidade de vida dos marginalizados...
nos trás traços de mulheres guerreiras da vida real que muitas vezes sofrem injustamente com a visão equivocada das pessoas como sociedade que tem o patriarcado instalado de berço.
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Nica 18/08/2022

Clássico
É a primeira obra de ficção/fantasia do Brasil, escrito por uma mulher do século XIX, cearense! Acho que 'só' por isso devia ser leitura obrigatória.
Ele tem vários pontos interessantes como o fato de existir uma ilha comandada e mantida por mulheres, que fazem trabalhos de homens, que viajam o país fazendo o bem em cima de preceitos espíritas.
Tem uma vibe meio Herland, tem a abstração do hipnotismo como elemento impactante na história, tem aspectos da vida regional...
O livro é um marco na Literatura, infelizmente pouco conhecido.
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