douglaseralldo 20/10/2024
10 Considerações sobre O senhor dos anéis - O retorno do rei, de J. R. R. Tolkien
1 - Como já o dissemos antes, O senhor dos anéis não é uma trilogia, mas uma romance único publicado em três volumes e hoje fechamos nossa leitura deste último volume que fecha a saga (vocês podem ler aqui as resenhas de A sociedade do anel e As duas torres). Neste terceiro volume os livros V e VI da saga em que se desenrolam os atos finais da saga do anel e seu portador. O volume ainda apresenta seus apêndices com muito material sobre a Terra Média, contudo, essa é uma parte que deixamos para qualquer outra hora. Dito isto, na presente resenha trataremos não só dos acontecimentos do volume, mas algumas considerações que levam em conta elementos do romance por inteiro;
2 - O volume principia com certa multiplicidade de focos narrativos, mas com alguma ênfase em Aragorn. O Livro V concentra-se nas diversas movimentações de guerra em Gondor, Rohan e às portas do Portão Negro. O volume final conforme está estruturado, aliás, reforça a ideia de logro do mal, ou logro do demônio. Suas duas partes evidenciam isto, pois enquanto Sauron volta-se para a guerra contra homens, elfos e ents, seu destino está sendo traçado secretamente com os dois hobbits que se encaminham até a Montanha da Perdição. É neste livro que temos a ascensão de Passolargo e as principais batalhas da guerra do anel, assim como as perdas relevantes do lado de cá do confronto. Há neste momento muitas idas e vindas no tempo, bem como o espichar descritivo da narrativa, mas curiosamente, algumas passagens, como a batalha nas proximidades do Portão Negro nos entregue de forma tão rápida que ficamos com a sensação de ter perdido algo;
3 - Se no livro V seguimos uma das frentes de batalha, o Livro VI além de trazer a frente "secreta" da batalha, a jornada do portador-do-anel e seu parceiro Sam Gamgi por túneis de orques, montanhas pudendas e ao íntimo de suas próprias almas já que teremos muitos monólogos interiores, tanto de Frodo quanto de Sam que tentam entender os seus respectivos papéis na demanda, demanda esta, para eles, cada vez mais sem esperanças de modo que apenas a resignação ao destino e ao senso de missão estabelecidos que os impulsiona sempre à frente;
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