Lilian 19/04/2011Aprendendo a seduzirDurante um baile, Lady Caroline Linford abre a porta de um dos cômodos e flagra seu noivo, o marquês de Winchilsea, nos braços de outra mulher (ou melhor dizendo, nas pernas de outra mulher...). Para a sociedade vitoriana do século XIX, tais escapulidas masculinas eram normais, e cancelar o casamento seria impensável. O jeito, decide a jovem, é aprender a ser, ao mesmo tempo, a esposa e a amante, para que o marquês nunca mais tenha de procurar outra mulher fora do lar. Por isso, resolve tomar lições – teóricas, claro – sobre a arte do amor com o melhor dos professores: Braden Granville, o mais notório libertino de Londres.
Logo nas primeiras aulas começam a voar faíscas e as barreiras entre professor e aluna caem. Escrito por Meg Cabot, sob seu pseudônimo, esse romance vai mostrar que o amor escolhe seus próprios caminhos, sempre imprevisíveis.
"Aprendendo a Seduzir" ( Educating Caroline), é o segundo livro deste gênero da Meg Cabot. Nele nos esbaldamos na história de Lady Caroline, uma moça ingênua mas altiva da alta sociedade inglesa, cujo casamento está marcado com o marquês "falido" de Winchilsea - Hurst Slater. Um homem que por traz da boa ação do salvamento de Tommy - o irmão de Caroline, esconde suas tramóias e o apego por um bom rabo de saia sob a superfície de bom cavalheiro.
Caroline acaba descobrindo que o fogo ardente de seu noivo está reservado para outras mulheres quando o encontra fazendo "aquilo" com a despudorada Lady Jacquelyn durante um dos luxuosos jantares da nobreza. Petrificada com tal descoberta, afinal meninas recatadas daquela época não tinham à mínima idéia do que seria "um ato entre quatro paredes", ela não cria escândalo e sai dali sem ser vista. Mas no meio do caminho encontra Braden Grandeville, um novo rico ( ou historicamente, um burguês) pouco aceito nos círculos da alta sociedade dado a sua fama de Lothario de Londres, ou seja, o nome bonito para a fama de garanhão da praça. Braden, além de uma infância pobre e sofrida, hoje é um famoso armeiro que tenta se inserir neste mundo fechado da sociedade provinciana através do noivado com Lady Jacquelyn (a mesma que estava com o noivo de caroline...). No entanto, o tempo mostrou que por melhor que fosse ter seu nome ligado ao título de Jacquelyn, aturar seu gênio e sua predileção às compras não era nada comparado ao fato de saber do amante que a jovem mantinha em segredo.
Na época vigorava uma lei, que quando um noivado era quebrado sem justa causa, a parte prejudicada podia entrar com um processo de quebra de compromisso. Braden vindo de "Deals" um bairro pobre de Londres não estava feliz em abrir mão de parte do seu dinheiro (ganhado no duro trabalho) em um processo do tipo, por isso tentava de todas as formas encontrar provas concretas do adultério.
E a partir deste encontro, um "acordo profissional" entre Caroline e Braden está forjado, pois Caroline, após tomar conhecimento de cenas tão quentes, decide que precisa tomar aulas para aprender a ser sedutora e assim, digamos “prender” seu noivo ao seu lado. E para isso, ela procura ninguém menos que Branden Granville para ser seu professor. Em troca, ela se propõe a testemunhar na corte o tal adultério que Branden deseja provar (deixando de fora, claro, o nome do amante).
Lí esse livro num fôlego só. Na verdade, estou meio que “encalhada” com “O mundo de Sofia” e como a leitura estava ficando cansativa, resolvi tirar um fim de semana de folga dele. Então tirei da fila “Aprendendo a seduzir”, que eu já havia comprado há umas semanas. Pois bem, o livro é diferente e parecido aos mesmo tempo com os outros romances históricos que eu já li. A semelhança está nas cenas, digamos, hots, alem é claro do romance proibido. Já a diferença está no humor, pois ele tem vários trechos bem divertidos, que encantam ainda mais a leitura. Inclusive a cena em que Caroline chega para sua primeira lição de como fazer amor, com Branden e ela simplesmente tira de sua bolsinha um óculos, uma caderninho de anotações e uma pena, deixando Branden com cara de tacho... Simplesmente digna de aplausos.
O livro tem uma leitura rápida, fácil e bem gostosinha, apesar de eu ter ficado com sensação de que havia perdido algo na trama a certa altura da história, pois a autora fez um suspense que na minha opinião, acabou por confundir o leitor, porém nada que não fosse remediado, a medida que se continua lendo. Outra critica, é que nesse livro, encontrei vários errinhos de português na edição, um inclusive, de concordância. Porém isso não tia o brilho do livro. A história é muito bonita e bem escrita. Um livro que, para as fãs de romances históricos, se torna leitura obrigatória.
Abaixo está um link com o primeiro capítulo do livro, mas já adianto que o livro começa realmente a “esquentar” depois dessa parte.