Morfindel 25/05/2013Uma belo curso de história moderna!Gostei muito. No início é meio "lento" demais, mas logo a história começa a ficar interessante.
[SPOILER]
Ficamos com pena da Lucie por sua vida muito sofrida, mas ela consegue obter a felicidade tão merecida junto de seu pai, seu marido e sua filha.
O Defarge deveria ter tido mais pulso firme, ter tentado convencer a sua mulher a perdoar aqueles que nada fizeram. Madame Defarge é muito vingativa e rancorosa, no fim sua sobrinha (pelo menos foi o que deduzi) deu sua vida pelo fervor revolucionário, não que isso seja culpa dela.
Mas é uma lição que nunca o Estado deve vir antes do indivíduo, assim como o indivíduo não deve vir antes do Estado, a vida saudável é um equilíbrio entre forças para o bem do indivíduo e da coletividade.
Mas não podemos culpar o povo por esse fervor revolucionário. Não culpemos os escravos por se revoltarem, mas aos seus senhores que os incitaram para a insurreição. Ou como disse Arthur Young:
"É impossível justificar os excessos do povo ao pegar em armas... Mas é realmente o povo a quem devemos imputar tudo, ou a seus opressores, que os mantiveram por tanto tempo na escravidão? Aquele que escolhe ser servido por escravos, e por escravos maltratados, deve saber que preserva tanto sua propriedade quanto sua vida através da dominação, diferentemente de quem prefere os serviços de homens livres e bem tratados; e aquele que ceia ao som de lamentos de dor não deve, num momento de insurreição, reclamar que suas filhas foram violentadas e mortas, nem que cortaram a garganta de seus filhos. Quando tais males ocorrem,certamente são mais imputáveis à tirania dos grandes senhores do que à crueldade dos servos."
Enfim, um belo livro que eu muito recomendo a quem quiser conhecer Dickens.