A narrativa de "Macunaíma" nasce e vive da necessidade de expressar o Brasil, seu povo e sua fala, o Brasil brasileiro capaz de se auto-exprimir na sua língua geral, vinda de todos os regionalismos.
Descrevi essa obra outro dia com a expressão "samba do criolo doido" e alguém me disse não se usa mais isso - que é politicamente incorreto. Tive vontade de rir.
O que pode ser mais politicamente incorreto que o heroi sem caráter de Mário de Andrade?
Nessa mistura de lendas indígenas e crítica social, Andrade tece a realidade de Macunaíma cujo único preceito ético parece ser a Lei de Gerson (ou a lei da vantagem). Em pouco menos de duzentas páginas, o personagem rouba, mata, ment...
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