A cada livro, Ronaldo Correia de Brito expande os limites de sua ficção, e da própria literatura brasileira. Já no primeiro conto, duas irmãs velhas estão presas a uma casa antiga e se recordam de tragédias passadas enquanto, do lado de fora, caminhões e escavadeiras varam a noite à procura de um casal de namorados que se jogou numa represa. O sertão, aqui, é outro. Violento, urbanizado pela metade, que se conecta de forma precária ao mundo de consumo e às ambições das grandes cidades. O autor volta aos temas explorados em seus outros livros, ao falar de traição, repressão, segredos e linhagens assombradas por uma herança de violência. Porém, a cada conto, a cada personagem, ele revela algo novo, sempre buscando um caminho distinto.
Contos / Ficção / Literatura Brasileira