Ícone maior do naturalismo brasileiro, a obra "O Cortiço", publicada em 1890, é uma das mais bem acabadas produções literárias dessa vertente. Fugindo das fórmulas prontas da estética, amplia seu olhar para a questão urbana, que crescia de maneira desorganizada, gerando inúmeros problemas sociais agravados pela ótica capitalista e ainda escravocrata da época.
Com foco nos excluídos sociais, o autor apresenta em seu romance uma ampla galeria de tipos humanos marginalizados: operários, lavadeiras, mascates, prostitutas, todos aglomerados num espaço que fervilha, formando um organismo vivo em contínua mutação e crescimento, o cortiço. Ao lado do cortiço de João Romão, tem-se o sobrado de outro português, Miranda.
Obra de incomprarável dinamismo e cenas impactantes, O Cortiço não se impõe apenas como o que de melhor o autor Aluísio Azevedo escreveu, mas, antes, como o que de melhor o naturalismo brasileiro já fez.
Essa publicação reafirma o compromisso literário da Editora Nobel com o leitor, de sempre oferecer obras de qualidade que figuram entre as mais significativas do século XIX.
Literatura Brasileira / Ficção / Romance