O enfermeiro Charlie Cullen sempre foi uma pessoa de múltiplas facetas. Foi um filho exemplar, um pai querido, um amigo confiável e um profissional admirado por seus colegas. Também viria a ser o serial killer mais letal da história dos Estados Unidos, com envolvimento na morte de cerca de quatrocentos pacientes.
Sua trajetória assassina durou dezesseis anos, ao longo dos quais ele pulou de hospital em hospital para apagar seus rastros e continuar matando. Quando o “Anjo da Morte” — como foi apelidado pela imprensa — recebeu a sentença final e foi levado para a viatura da polícia em março de 2006, parecia que os segredos sinistros de sua vida, carreira e captura desapareceriam com ele.
Então, em um trabalho instigante que levou dez anos para ser concluído, o premiado jornalista investigativo Charles Graeber contou a história completa pela primeira vez. Baseado em centenas de páginas de registros policiais sigilosos, entrevistas e gravações, bem como conversas exclusivas com Cullen diretamente da cadeia e com um informante que ajudou a detê-lo, O bom enfermeiro tece uma trama urgente e sombria de assassinato, amizade e traição.
Seguindo a tradição de clássicos como A sangue frio, o livro-reportagem de Graeber vai além da descrição dos assassinatos de Cullen e dos esforços para capturá-lo. Obra-prima do true crime, O enfermeiro da noite pinta um retrato vívido da loucura e oferece um vislumbre penetrante do sistema de saúde norte-americano.
No último trimestre do ano, a adaptação cinematográfica de O enfermeiro da noite chega à Netflix. Estrelado pelos vencedores do Oscar Eddie Redmayne (Animais Fantásticos) e Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye), o filme é um dos mais aguardados da plataforma de streaming.
Crime / Literatura Estrangeira / Não-ficção