O ano é 1758, e Matthieu Zéla resolve abandonar Paris e fugir de barco para Dover, depois de testemunhar a morte horrível da mãe pelas mãos do padrasto. Com apenas quinze anos, ele leva consigo o meio-irmão caçula, Tomas, criança que se vê impelido a proteger.
Em uma jornada marcada pela morte e sempre em busca de redenção, Matthieu descobre que possui uma característica incomum: antes de o século XVIII acabar, seu corpo para de envelhecer. Sua aparência é a de um homem de cinquenta anos, mas o tempo passa e seu físico continua imutável. Ele simplesmente não morre - e não faz ideia de qual seja a razão para isso.
Ao final do século XX, ele resolve olhar para o passado e rememorar sua experiência de vida, incomparável à de qualquer outro ser humano. Da Revolução Francesa à Hollywood nos anos 1920, do renascimento das Olimpíadas na era moderna à quebra da Bolsa de Nova York, Matthieu transitou por muitos lugares, exerceu diversas profissões e conheceu pessoas notáveis, além de ter se apaixonado por muitas mulheres. Entretanto, mesmo depois de duzentos anos, ele continua certo de que seu verdadeiro amor foi Dominique Sauvet, uma jovem que conheceu no barco que tomou com o irmão para escapar da França. O trio se uniu para começar uma nova vida na Inglaterra e Matthieu se viu totalmente encantado por Dominique, com quem teria um relacionamento conturbado, que terminaria de maneira trágica.
Com o passar dos anos, todas as pessoas próximas a Matthieu acabam morrendo. Mas seu irmão Tomas deixará um estranho legado, que se multiplicará por todas as gerações seguintes; ele morre quando está esperando o primeiro filho, e o bebê recebe seu nome. Matthieu irá então se ocupar de proteger toda a linhagem de Tomas que nascem, produzem um novo herdeiro e fenecem.
Nesta história encantadora de amor, morte, traição, oportunidades perdidas e esperança, John Boyne já anunciava seu talento de contador de histórias.
Ficção / Literatura Estrangeira