As mudanças pelas quais passamos quando nos tornamos responsáveis pelos cuidados de um bebê são enormes e variadas. Nesta investigação rigorosa e acessível, a jornalista Chelsea Conaboy mostra como nosso cérebro se transforma para se adaptar às novas demandas -- e como a romantização da maternidade é, na verdade, um perigoso mecanismo de controle social.
A chegada de um bebê provoca uma verdadeira revolução. As modificações que acompanham o nascimento aparecem não apenas na rotina, mas também no corpo e na mente das pessoas responsáveis pelo cuidado.
Embora as recomendações e os conselhos frequentemente recaiam sobre a relação entre mãe e filho(a), essa capacidade não é específica ao gênero feminino. Atribuir a responsabilidade unicamente à mulher ignora que aquele pequeno ser, vulnerável e não verbal, é fruto de um contexto maior - familiar, social e político.
Ao aliar sua experiência como jornalista e mãe de dois meninos a uma extensa pesquisa nas áreas de ciências, psicanálise e parentalidade, Chelsea Conaboy faz uma análise profunda e surpreendente sobre os impactos científicos que o nascimento de um bebê traz para os cérebros dos adultos. E, ao refletir sobre como nossa sociedade se estruturou num modelo nocivo -- que relega a tarefa do cuidado às mulheres, como se fosse um destino biológico --, nos mostra a urgência de repensar esse formato.
"Neste livro, ao apontar que a narrativa do instinto materno é equivocada, Chelsea Conaboy nos entrega a chave para deixarmos de achar que o erro está em nós, mães."
-- Carol Pires
Não-ficção