Escrito pelo pesquisador Mark Riebling, expert em serviços de inteligência e espionagem, O papa contra Hitler se baseia em transcrições e documentos confidenciais para narrar uma batalha épica e joga luz sobre uma das maiores controvérsias históricas de nossa era: a postura supostamente neutra da Igreja diante do nazismo. Até a publicação de O papa contra Hitler, a história oficial acusava o pontífice Pio XII, ocupante do cargo durante a Segunda Guerra Mundial, de cumplicidade com o Holocausto – chegando inclusive a chamá-lo de “O Papa de Hitler”. Mas uma parte determinante desse episódio ainda não havia sido contada: Pio XII comandou um dos maiores esquemas de espionagem para derrotar o nazismo.
Riebling revirou arquivos para nos apresentar uma história real que abre as portas do Vaticano para revelar um dos eventos mais surpreendentes do passado da Igreja, digna dos melhores thrillers de Graham Greene, Ian Fleming e John le Carré. Além de estar à frente da maior instituição religiosa do mundo e do menor Estado, Pio XII comandava o mais antigo serviço de espionagem. Secretamente, ele desviou dinheiro para pagar mensageiros secretos, que registraram seus encontros com nazistas da mais alta patente e furtaram documentos secretos do Führer. Quando soube do Holocausto, o papa, arriscando a própria pele, se envolveu num jogo duplo – tramando contra Hitler ao mesmo tempo em que enviava ao ditador cartões de aniversário.
O papa contra Hitler documenta detalhadamente cada lance desse embate perigoso ao narrar episódios tão fascinantes quanto o dos jesuítas armados que roubaram plantas das casas de Hitler e o voo de um editor de livros católico que atravessou os Alpes carregando informações secretas obtidas junto à chefia dos guarda-costas do Führer. Até o guardião da cripta do Vaticano se envolveu com atos de espionagem que frustraram planos de guerra alemães, como o envio de uma pasta-bomba que chegou a ferir Hitler. Ainda assim, os atos secretos de Pio XII silenciaram sua resposta pública ao nazismo: temendo que protestos veementes impedissem suas ações, o papa nunca pronunciou as palavras incendiárias que desejava.
Descrito como “poderoso e provocativo” (Washington Post), “emocionante” (New York Times) e “brilhante” (Kirkus), O papa contra Hitler muda a forma como enxergamos a história da Segunda Guerra Mundial.
História / Literatura Estrangeira