Ele foi de tal modo um entre tantos, na vulgaridade de Nazaré, durante trinta anos, que os seus concidadãos, e até os seus parentes foram apanhados de surpresa quando, um dia, se afastou deles e começou a falar e a agir. «Não é Ele o carpinteiro?» Muitos ouvintes ficaram atónitos, e diziam: «Não é este o filho de José?» «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Essas e outras exclamações mostram claramente até que ponto deve ter sido rotineira e obscura a sua vida, e que não há título mais exato para Cristo do que este: o Grande Pobre. Jesus Cristo, sendo perfeito e acabado em si mesmo, é sempre, para nós, incompleto e inesgotável. Mas que aspetos do Cristo eterno deveremos acentuar agora para que os homens de hoje e de amanhã encontrem respostas para as suas perguntas e sentido para as suas vidas? É essa a reflexão que Ignacio Larrañaga nos propõe através dos vários temas desenvolvidos no presente texto.
Religião e Espiritualidade