Tendo como pano de fundo umas das mais virulentas epidemias vividas pelos Estados Unidos - a gripe de 1918 - este primeiro e magnífico romance de Thomas Mullen é uma história sobre moralidade social.
nas profundezas das florestas cobertas pela névoa do Noroeste do Pacífico, há um pequeno povoado de madeireiros chamado Commonwealth, idealizado para ser um refúgio para trabalhadores cansados de serem explorados. Para Phillip Worthy, filho adotivo do fundador do povoado, trata-se de um outro tipo de refúgio - o primeiro lugar em sua vida onde teve uma família de verdade.
Entretanto, os ideais que caracterizam esse ponto fronteiriço estão sendo ameaçados. existe uma guerra mundial em andamento e com o medo desenfreado da existência de espiões, a lealdade de todos os norte-americanos está sendo posta à prova. Enquanto isso, uma outra sombra se abate sobre a região na forma de uma doença mortal que ceifa vidas em comunidades vizinhas.
Commonwealth decide isolar-se, decretando quarentena como meio de evitar o contágio. Guardas armados são colocados na única estrada que dá acesso ao povoado, e Phillip Worthy está entre eles. Por azar, ele está em seu turno quando um soldado enregelado, faminto e exausto - e aparentemente doente - aparece na entrada da cidade implorando por abrigo. O encontro que se segue e os tiros dados terão enorme repercussão em Commonwealth, tomando vastas proporções até que todos os valores humanos -amor,patriotismo, família, vida em comunidade, amizade -, para não mencionar a própria sobrevivência do povoado, ficam abalados.
Inspirado em uma parte não muito conhecida da história das cidades que se colocaram em quarentena durante o epidemia de gripe de 1918, O último povoado da terra é uma estréia extraordinariamente emocionante e bem acabada