Nesse livro, o autor descreve como os egípcios foram a luz do mundo antigo, produzindo instrumentos médicos, projetando as primeiras pirâmides em 2.800 — 2.100 AEC e criando as bases empíricas do raciocínio científico. Além disso, demonstra como o mito popular de Hipócrates como pai da medicina é disseminado a partir do fato de Hipócrates ter estudado as obras de Imhotep [o verdadeiro pai da medicina] e mencionar seu nome [Asclepius], e parte do seu ensinamento em seu juramento.
Desde o século XVIII, a Grécia tem sido anunciada como o berço civilizatório e grandes nomes como Platão, Pitágoras e Tales foram apontados como precursores da filosofia. Mas o intelectual Molefi Kete Asante se empenhou em documentar como esses filósofos aprenderam conceitos criados por Imhotep, Ahmenhotep, Akhenaten e outros intelectuais ao longo de suas jornadas no antigo Egito e, ao retornarem à Grécia, foram intitulados como pioneiros de teorias que antecedem o desenvolvimento da filosofia grega.
Ao longo deste trabalho, onze intelectuais africanos que precederam os filósofos gregos serão apresentados, sendo eles: Ptahhotep, Kagemni, Duauf, Amenhotep, Amenemope, Imhotep, Amenemhat, Merikare, Sehotepibre, Khunanup e Akhenaten. As ideias desses estudiosos serão discutidas em diversos prismas, incluindo o surgimento da educação, ciência, da razão e a ordem moral, demonstrando que a gênesis dos filósofos africanos ao longo do Nilo era a prática de manter Maat [o princípio da verdade, ordem e justiça] em todos os aspectos da vida.
Filosofia / História