O escritor inglês foi poeta, ensaísta, crítico literário, filósofo e pensador de alta estirpe. A fortuna de seu patrimônio literário é proporcional à relevância do contexto histórico em que viveu, como também à convivência com escritores igualmente profundos. Mestre de estilo, aplicou sobre seus escritos o primado da dialética, enfrentando temas aparentemente difíceis com a sagacidade paradoxal dos contrastes, das frases de efeito, dos juízos polêmicos e, ainda, do humor permanente. Em Um Mundo Melhor: o conservadorismo de G. K. Chesterton, Lucio Antônio de Oliveira expõe um lado cintilante do grande ensaísta britânico: sua filosofia política. Algo não tão aparente como o temperamento cômico, o tema da sociedade desponta em suas ilações como consequência de uma visão de mundo, de uma filosofia da história, como também de uma antropologia específica.
O livro que ora tenho a honra de apresentar procura, em atenção ao modo barroco do ensaísta inglês, costurar as pontas, articulando suas posições sobre a ordem política e as contextualizando historicamente, posicionando-as ante os acontecimentos de nosso tempo. Com sobriedade, Lucio expõe uma visão da filosofia social extraída do emaranhado narrativo de Chesterton, que coincide com a doutrina católica da economia e do poder civil.
Filosofia