UTOPIA 14 / Revolução no Futuro (Player Piano ©1952). Uma sociedade hiper-tecnologizada e industrializada, onde máquinas inteligentes realizam praticamente todo o trabalho produtivo, e a população em geral foi reduzida a um artigo inútil. Após duas revoluções industriais (a primeira tornando desnecessário o trabalho manual/muscular, a segunda tornando prescindível o pensamento de rotina), os mega computadores assumem as principais funções sociais e cuidam de pensar (muito mais eficazmente, para alguns) pelos homens. Vonnegut focaliza os acontecimentos do romance em Ilium, Nova York, futuro não muito distante. A cidade está dividida em dois reinos quase incomunicáveis: de um lado, a elite de dirigentes e engenheiros, de alto Q.I., reduzidos a meros vigilantes e reparadores de máquinas; do outro lado fica Homestead, onde vivem os homens comuns, agora condenados a escolher como ocupação ou o Exército ou os Grupos de Saneamento e Reparação.
Paul Proteus, o personagem principal, é filho de um dos mais poderosos homens de Ilium e tem uma posição bastante privilegiada no status quo. É um empregado exemplar do sistema, mas que será influenciado por sua amizade com Finnerty, um rebelde revolucionário, e vai se transformar lentamente num adversário não-declarado do poder. Procura só uma ocasião adequada para "mandar tudo ao inferno" e voltar à vida campestre, longe das máquinas e dos computadores, onde sonha encontrar os prazeres simples do camponês em comunhão com a natureza.
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Vonnegut escapava aos rótulos conhecidos e apreciados quando começou a escrever na década de 1950.
Revolução no Futuro, uma obra de contundente crítica social, onde o Autor destrói o mito do progresso baseado exclusivamente na tecnologia e mecanização. . .
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