Em 2010, Fernanda iniciou colaboração com o caderno Poder da Folha de São Paulo. Sua missão era escrever sobre as eleições para presidência. Muitos dos textos sobre política incluídos em Sete Anos tiveram origem nesse período. Passadas as eleições, Fernanda passou a manter uma coluna mensal no caderno de cultura do mesmo jornal. Mas há um texto inédito. É o pungente Despedida, que trata da morte de seu pai. Por pudor, Fernanda preferira não publicá-lo na época, mas agora decidiu compartilhar a experiência dolorosa com seus leitores. "As crônicas aqui reunidas foram escritas ao longo de 7 anos e contam a história do meu noviciado", diz a autora na apresentação do livro.
"Desenvolver uma ideia dentro de um espaço determinado de linhas, falar de temas de interesse comum sem abrir mão do tom pessoal e dar valor à concisão são algumas lições que tomei do jornalismo. Um ator, mesmo que a sós, em cena, carece de um aparato custoso para exercer seu ofício. Não é o que ocorre com o escritor, cujos limites são impostos apenas por sua capacidade de imaginar. Poder escrever que vinte elefantes entraram em um quarto é uma libertação para alguém acostumado à rotina teatral", diz Fernanda
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