charlesnascimento 28/03/2023
SETE ANOS - Fernanda Torres
Crônicas é um dos "gêneros"? literários que mais gosto, isso se deve muito a Clarice Lispector que não escrevia crônicas, aliás, como ela mesmo disse "não entra em gênero, gênero não a importava mais". Em Sete Anos vemos a mesma Fernanda de FIM e A GLÓRIA E SEU CORTEJO DE HORRORES, com a escrita afiada, inteligente, sarcástica, mas dessa vez um tanto real dosada de ficção, talvez.
Fernanda se debruça em histórias de sua mãe, Fernanda Montenegro, de seu pai, Fernando Torres misturado a realidade de seus dias, a política, O PT, a Dilma, lembra de histórias de Dercy Gonçalves, Jorge Dória e João Ubaldo Ribeiro as lembranças de sua infância e do período de ditadura militar que o país enfrentava à época. Fernanda como diz Antonio Prata na orelha do livro é tão boa atriz quanto escritora, Deus foi generoso ao lhe aspergir talentos, ela fala de tudo um pouco e um pouco de tudo, mas é quando trata de teatro, de cinema e atuação que seus textos mais prendem a minha atenção.
Ela diz que as letras tem feito grande companhia a ela, e a mim também Fernanda. Continue nos brindando com seus escritos por muito tempo.
As artes em geral me chamam e me hipnotizam, estar em contato com a arte é essencial para minha existência para o ser que eu sou e galgo a ser, livros, textos como o da Fernanda são um momento de suspensão da vida (cruel) e real.
Viva Fernanda!
* Resenha editada em Novembro de 2019