O Tratado sobre a tolerância é um libelo a favor da tolerância religiosa e também a favor da reforma da justiça penal.
A obra é dividida em vinte e cinco capítulos, redigidos em linguagem simples e estilo agradável. Os textos apresentam grande variedade, reunindo relatos históricos, diálogos teatrais, cartas e até uma oração, na qual o autor pede a Deus que a tolerância seja estendida a todos os povos.
No inicio da obra, Voltaire relata os processos em que esteve envolvido no caso Calas. Calas era um comerciante de Toulouse, protestante, que foi acusado de ter assassinado seu filho. Dizendo-se inocente, foi perseguido pelo fanatismo religioso, que influenciou os juízes. Calas recebeu a sentença de morte. O caso é relatado como um exemplo da força do fanatismo.
Depois dessa abertura, o autor traça uma história da tolerância, considerando seu valor moral e sua congruência com os valores cristãos.
A todo momento e por uma grande variedade de meios, o filósofo busca convencer o leitor da importância da tolerância, apontando exemplos históricos e usando argumentos morais.
O tom do livro também é bastante variado, indo do solene ao cômico. Toda a obra é projetada para agradar, divertir, emocionar, mas também para provocar, indignar e conquistar a adesão do leitor para a causa que está sendo defendida.
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