Tomás Morus (1478-1535), humanista e jurista inglês, foi chanceler do reino da Inglaterra e um dos pensadores mais destacados de seu tempo. Católico fervoroso, foi decapitado por ordens do Rei Henrique VIII por não reconhecer o rei (que havia se divorciado) como chefe da Igreja. Foi canonizado pela Igreja Católica em 1935. Morus teve a particularidade de ser cultuado também pela revolução russa, que lhe erigiu uma estátua em homenagem às idéias socialistas de sua célebre obra A Utopia.
Essa obra descreve um Estado imaginário sem propriedade privada nem dinheiro, preocupado com a felicidade coletiva e a organização da produção, mas de fundamento religioso. Seu modelo é a A República e As Leis de Platão. Além de lançar as bases do socialismo econômico, Morus, que cunhou a palavra utopia (literalmente o não-lugar de nenhum lugar), deu início a um gênero literário que faria fortna nos séculos seguintes, desde A Nova Atlândida de Francis Bacon e A Cidade do Sol de Companella até os escritos dos socialistas so século XIX, chamados utópicos.
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