O Medo à Liberdade (1983), originalmente publicado nos EUA, em 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, pelo filósofo, sociólogo e psicanalista Erich Fromm, é uma das mais importantes críticas psicossociais do autoritarismo, da destrutividade e do conformismo típicos do séc. XX. Para a visão profundamente humanista do autor, a razão capaz de explicar esses fenômenos é uma mescla de observações dos aspectos psicológicos da neurose com os fatores sociais que a impulsionam e a alimentam. Tudo sob o princípio filosófico existencial de que, nas escolhas da vida, a liberdade humana entre evoluir ou regredir é uma obrigação, uma responsabilidade que ninguém pode se furtar. SOBRE O AUTOR ; Erich Fromm (1900 - 1980), um dos mais destacados teóricos da psicanálise contemporânea, alemão, tornou-se cidadão norte-americano em 1938. Sua formação sociológica, aliada à visão psicanalista, conformou suas doutrinas de que o homem é fruto de fatores psicológicos, intrínsecos, acrescidos de outros, extrínsecos, sociais. Pode-se dizer que Fromm foi o primeiro pensador a estabelecer um ponte entre Freud e Marx, sem contudo abandonar os pressupostos psicanalíticos sobre o mecanismo de formação das personalidades. Sua visão psicos-social , profundamente humanista, permitiu avaliações políticas originais, como nos casos dos regimes autoritários, examinados num contexto amplo em que se mesclam observações sobre a origem das neuroses autoritárias com outras sobre os fatores sociais que as estimulam. Autor fértil, Fromm tem grande aceitação nos meios universitários da Europa, EUA e Brasil. Sua obra mais famosa é a trilogia constituída de "O Medo à Liberdade", "Análise do Homem" e "Psicanálise da Sociedade Contemporânea", traduzida para grande número de línguas, inclusive para o português, e impressa em sucessivas edições.
Psicologia / Sociologia