Canção para ninar menino grande

Canção para ninar menino grande Conceição Evaristo




Resenhas - Canção Para Ninar Menino Grande


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Valcomlivros 19/11/2024

Diferente e ousado
Ameiiii o livro se passar na perspectiva do masculino na sua essência.

O personagem principal é muito irresponsável e traumatizado, ignora seus atos apocalípticos. Sobre as mulheres do livro, pena, apenas pena para descrever cada pobre coitada.

Enfim, é um bom livro. Retrata a sexualidade de um homem negro e como ele se relaciona afetivamente com as mulheres que conhece.
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Beto 19/04/2023

Um pouco de todos nós
Conceição Evaristo dá forma àquilo que é latente. Esse livro materializa questões sentimentais e de relacionamento que vi ao meu redor, ao longo da vida. Há um pouco de Fio Jasmin em muitos homens que vi passar. Há um pouco dele em mim. Há muito de todas as mulheres do mundo nesse livro, em todas as mulheres aqui retratadas. Criadora de mundos, Conceição manipula a linguagem de tal maneira que nos conduz através da história sem ser excessivamente didática e sem despreocupar da forma, apesar a importância do conteúdo. Conceição é mestre, doutora, é escritora. Como diria o samba da Beija-Flor de Nilópolis:

"Versos para cruz, Conceição no altar
Canindé, Jesus, oh, Clara!
Nossa gente preta tem feitiço na palavra
Do Brasil acorrentado ao Brasil que não se cala"

Conceição no altar!
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Inspirações Literárias 27/04/2023

Conceição Evaristo potência na literatura nacional
Conceição Evaristo potência na literatura nacional da contemporaneidade.

A autora nos presenteia com uma narrativa que apresenta a força e potência das mulheres ao trazer as histórias de amor e paixão de Fio Jasmim.

Uma história que nos conduz as vivências da masculinidade e feminilidade do âmago das singularidades emocionais e pessoais.

Um livro que poderia ser a história de muitas mulheres na vida real.
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Gabriella.Gardin 22/04/2023

É mesmo tudo aquilo que dizem
Conceição é um acontecimento. Não tem como não se emocionar, se apaixonar, se doer ao lê-la. Esse livro é tão poderoso pra mim, em tantos níveis. Ela consegue imprimir pautas sociais, que ficam em sua maioria no debate superficial, de forma tão profunda porém sútil, que você finalmente entende que balbuciar e repetir o que sempre está sendo dito é uma insanidade quando se pode pensar estruturas a partir da humanização, do afeto e das suas devidas complexidades. Fiquei com vergonha da feminista que já fui um dia e que Conceição me apontou com tanta sabedoria as incoerências que eu carregava. Eu amei esse livro, eu agradeço Conceição por ser tão generosa em nos disponibilizar um pouquinho do seu entendimento do mundo. Nunca tinha conseguido elaborar verbalmente o que eu achava sobre algumas masculinidades, mas a rainha o fez com tanto discernimento.
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Bia 22/04/2023

Inebriante!
Evaristo merece toda a fama que tem. Que dom de contar histórias! Que dom de deixar tudo bonito! Não tenho palavras pra descrever a profundidade que essa obra atingiu em mim!
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Scaldini 22/04/2023

Conceição Evaristo deusa da literatura
A autora é simplesmente uma mágica, ela te transporta pela narrativa. Definitivamente a maior escritora da atualidade deixando esses livros hype dos pelo tiktok no chinelo
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nsantos06 21/04/2023

“Queremos ser cúmplices e testemunhas de histórias de amor, enquanto vivemos as nossas.”
A história conta a vida de Fio Jasmim, um homem negro, mulherengo, que na sua meninice foi impedido de ser um príncipe negro por uma professora, e que o lugar fora tomado por um garoto branco.

Ao crescer, Fio Jasmim se espelha no trabalho do Pai, Máximo Jasmim, na ferrovia. Como ajudante de maquinista, ele atravessa várias cidades com mais dois colegas de profissão. Se aventura por diversas cidades desconhecidas até então, e como não podia faltar para um homem mulherengo, Fio se interessa por várias mulheres ao percorrer de sua aventura.
No entanto, um ponto se destaca no relacionamento de Fio para com as mulheres. Além do fato de este já estar embarcado em um relacionamento, prestes a se casar, utiliza-se o corpo de outras mulheres negras como objeto sexual, sendo assim, reduzindo a humanidade delas, tendo em vista que só serviam para o prazer dele. Para além disso, as mulheres as quais Fio se relaciona amorosamente, são deixadas por ele como corpos prontos para parir. Poucas são as que não engravidam.

Durante sua infância e adolescência, o pai, Máximo, ensinou ao filho a performar sua masculinidade e virilidade, ensinando-o a se relacionar com o máximo possível de mulheres “Fio cresceu ouvindo as proezas do pai. Aprendera com ele que ser homem era ter várias mulheres. E o mais certo era escolher, dentre elas, uma mais certa ainda para o casamento.”

Um sintoma de masculinidade tóxica aqui se reflete, perpassando até como se entendia os afetos e emoções que homens negros eram permitidos sentir. Somente a raiva e o ódio, e seu oposto, o amor, o choro, eram negados como sentimentos, cristalizando uma figura de um homem viril, que não se permite ser abatido por nada que seja feminino. “Aprendera, desde cedo, a engolir o choro e deixar de lado qualquer sentimento que parecesse dor ou tristeza. [...] Só as fêmeas podem dar vazão às suas agonias, às suas aflições, das menores às maiores.”

Como fruto dessa masculinidade tóxica, enxergava a felicidade na quantidade de mulheres a qual se relacionava. “A cada encontro, se pensava mais macho e, portanto, mais feliz.”

As mulheres negras partem de lugares diferentes e carregam consigo histórias diferentes, mas que se uniam na falta de esperança e na solidão em relação a relacionamentos amorosos. A masculinidade de Fio recaía completamente nas moças, deixando-as ora esperançosas de sua volta, ora tristes com sua partida, e com um fruto dentro de suas barrigas. Transparecia também como as mulheres lidam ao serem mães solteiras. Como é possível criar a imagem para seu filho(a) de um pai que não foi presente nem na vida da mãe? É possível imaginar esse pai?

Foram necessárias mulheres que não se interessavam no amor de Fio, e nos homens, para que ele pudesse enxergar a mulher para além de ser um objeto meramente sexual. A partir daí, pôde desfrutar de outros prazeres que lhe foram proibidos pelo pai quando jovem, como, por exemplo, o afeto não-sexual. “Fio Jasmim, pela primeira vez na vida, talvez tenha percebido que o mais sagrado de uma mulher pode se encontrar para além de seu corpo”.

De sua colega, Tina, que surge “a canção para ninar menino grande”. Uma coleta de histórias de amor ouvidas por Tina contadas em voz e carta por várias outras mulheres, e transformadas em canção.

Um livro que debate a masculinidade tóxica sem as refletir em uma figura heroica do homem, afetando e contribuindo para a solidão da mulher, especialmente, a mulher negra. Além do que, sem reduzir unicamente como objetos para dar prazer ao homem, e parir suas sementes que jorravam dentro delas.

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Licia Maria 16/04/2023

Cheias e vazantes
Ô mulher pra fazer doer bonito ??

Os Fios, as Pérolas, as Tinas, as doidas do rio, as sem nome, sem passado... todos temos solidões e amores.

"Era preciso acontecer tudo, antes que a vida se esvaísse"
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Manu 02/04/2023

Canção para ninar menino grande ? Conceição Evaristo
Estou apaixonada pela escrita da Conceição Evaristo. A obra em si nos atravessa ao ponto de pensar um pouco em suas entrelinhas e refletir um pouco mais sobre o mundo que nos cerca, mas, principalmente, como as coisas que recebemos em vida ou fomos negados, no fundo, permanecem nos afetando.
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Virginia.Laurindo 10/03/2023

Sem palavras...
É um livro que você finaliza e não consegue verbalizar de tão bom. Conceição Evaristo merece todas as honras por ser uma escritora que nos tira da zona de conforto.
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Anderson.Coelho 08/03/2023

Canção para ninar menino grande!
Demorei pra lançar a resenha, pois esse livro me atravessou em vários lugares.
As vezes a reflexão é o melhor lugar!
Cheguei a mandar um e-mail pra Conceição Evaristo falando sobre a minha perspectiva da leitura, diversos pontos que me acertaram em cheio, ainda mais em um momento de turbulência, digamos assim.
Homens, principalmente nós negros, precisamos ser menos FIO JASMIM?
Deixo o convite a leitura desse livro que com certeza vai fazer você olhar pra dentro de si !
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Books da Sue 07/03/2023

Histórias de amor e suas vivências
Uma história de amor contada já desperta curiosidade. Quando são muitas as histórias então? é o caso deste livro, com poucas páginas e no qual você quase se perde diante de tantas histórias. Um menino grande e suas mulheres - seus amores, seus vazios e suas dores. Conceição Evaristo poetizou e encantou neste livro: não deixou de lado algumas reflexões importantes sobre histórias possíveis, mas evitou aprofundar demasiadamente, deixando para o leitor o desejo, ou não, de posicionamentos morais ou julgamentos pessoais.
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Luiz 30/01/2023

Conceição é poesia
Conceição é poesia, né?

Esse vai entrar para a pequena lista de livros em que consigo ver refletida a minha dor. Eu sou Fio Jasmin, o garoto que queria ser príncipe. Quanta sensibilidade a de Evaristo - ao mesmo tempo em que mostra as crueldados do personagem ela também consegue tratá-lo com um carinho e com um respeito que quase nunca recebemos. Isso é lindo demais.
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Beatriz.Alves 26/01/2023

Canção para ninar menino grande
Mais um livro genial, terno, doce, envolvente, feminino e peculiar da nossa diva Conceição Evaristo.
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