Carla Martins 02/01/2013Clássico que vale a penaO livro foi escrito em 1862 e continua sendo um exemplo do puro romance que agrada mulheres de todas as idades. Cheio de tragédia e sofrimento, o livro é leitura obrigatória para quem vai prestar vestibular ou para quem quer conhecer melhor os clássicos da literatura portuguesa.
Ao pesquisar sobre a obra, soube que, segundo Castelo Branco, o livro foi escrito em 15 dias em 1861, quando ele estava preso na cadeia da Relação, na cidade do Porto, por ter se envolvido em questões de adultério. Ou seja, dom é dom! :)
O livro trata de um assunto muito recorrente nos clássicos românticos: dois jovens apaixonados que pertencem a famílias rivais. O livro é narrado por um sobrinho do personagem principal.
A história se passa em Viseu, no século XIX. Lá, as duas famílias, os Albuquerques e os Botelhos, tornam-se inimigos por conta de um litígio em que o corregedor Domingos Botelho deu ganho de causa contrário aos interesses dos Albuquerques. Simão é um dos cinco filhos do corregedor e apaixona-se por Teresa, filha do inimigo de seu pai.
A partir daí, Simão, que começa a história como um jovem explosivo, encrenqueiro e que chegou até a ser preso torna-se um herói, com nobres atitudes e temperamento perfeito, tudo por causa do amor que sente por Teresa.
O drama começa quando as famílias descobrem o namoro. Aí entram em cena o sofrimento, as correspondências, a obrigação de Teresa casar-se com um pretendente ou ir para um convento e até uma apaixonada por Simão que, de tanto amor que sente, prefere ajuda-lo a ficar com Teresa do que vê-lo infeliz.
Não vou contar detalhes da história, mas o nome já diz que o amor, pelo menos no livro, leva somente à perdição de todos que o sentem. É drama da maior categoria, exagerado ao extremo, carregado de dor e desespero. Mas, eu adorei! Adorei me transportar para aquela época e lembro que, quando comecei a ler, não consegui desgrudar do livro até chegar à última página.